Minha Amada Ômega romance Capítulo 22

EVANGELINE.

Eu mal conseguia respirar, tão pouco sabia o que fazer. O seu toque fez meu corpo reagir, eu não queria aquilo, mas meu corpo gostou. A sensação era boa, mas eu não tinha certeza do que estava sentindo.

O gosto da boca dele era atraente, assim como a sensação de ter seus lábios carnudos dominando os meus. A maneira como seu corpo se moldou contra o meu...

Quando ele chupou meu lábio inferior levemente, eu me perguntei o que aconteceria se eu o beijasse de volta.

Será que ele exibiria minha cabeça em uma estaca na frente do castelo? Ou pior, ele entender como um convite para levar as coisas adiante.

De repente, ele foi para trás, antes mesmo que eu pudesse me decidir. Seus olhos estavam mais uma vez naquele tom de vermelho ardente e cheio de raiva quando agarrou meu pulso, puxando-me pelo corredor. Passamos por algumas pessoas, que mantiveram-se de cabeça baixa e saindo do nosso caminho imediatamente.

Eu sofria com o comportamento dele... Meus lábios ainda formigavam por causa de seu toque e meu coração estava estranho. Foi isso que Josie quis dizer, que as coisas podiam ser boas apenas no aspecto físico? Algo que não precisava ser amarrado pela emoção para sentir prazer... Ainda não entendi isso...

Então, descemos mais dois lances de escada até que entramos no que parecia ser um túnel de pedra. A certa altura, o túnel se dividiu em dois e Zedkiel virou à esquerda, mas meu olhar se fixou no da direita.

O que havia lá? Mas, não consegui pensar sobre isso por muito tempo. Ele logo parou abruptamente na frente de uma porta de madeira escura, me senti aliviada por conseguir recuperar o fôlego.

Ao contrário da maioria das portas do castelo, esta era simples, com uma aparência de velha. A maçaneta era grande e de ferro fosco. Então, pensei que aquela parte do castelo não era utilizada. Contudo, para minha surpresa, pela primeira vez desde que o conheci, ao invés de arrombara porta, ele levantou a mão e bateu.

De quem era esse quarto?

A porta se abriu com um rangido e meu coração acelerou quando olhei para dentro do quarto.

O chão era de ébano e o quarto banhado pela luz fraca das lâmpadas transmitia uma sensação etérea. Não havia janelas, o que deixava vários cantos do cômodo nas sombras...

O lugar era estranhamente familiar... Em seguida, um flash de uma antiga memória encheu minha mente e entendi, eu já estive aqui antes. A vovó Philomena me trouxe aqui!

Arregalei os olhos quando ele entrou e foi abrir mais uma porta, a qual parecia ter se aberto sozinha.

Eu sabia a quem pertencia este quarto.

Eu conseguia me lembrar do chão escuro, da decoração com os mesmo lustres e vitrais que enfeitavam o cômodo, os pingentes... as almofadas bordadas, mas eu não conseguia lembrar dela...

Agora eu podia vê-la sentada no canto do quarto, somente a parte de trás de sua cabeça era visível, pois ela estava sentada na cadeira de balanço. Suas mãos seguraram os braços, enquanto ela balançava lentamente para frente e para trás, junto com o leve crepitar do fogo na lareira.

Ele havia me levado até a Oráculo.

A porta se fechou atrás de mim com um estalo forte, quase senti minha alma sair do corpo. Meu coração batia tão alto que pesei que todos nos castelo podiam ouvi-lo.

"Nos encontramos de novo." Uma voz sussurrante veio.

"De novo?" Zedkiel perguntou bruscamente.

Então, ela ficou em silêncio por alguns instantes. "Claro..." Ela se levantou, quando ela se virou eu estava diante de uma mulher que parecia estar por volta da casa dos trinta anos, mas com certeza ela era bem mais velha. Seu alvíssimo cabelo estava amarrado para trás e seus olhos escuros me encararam intensamente.

Zedkiel não forçou nada, ao invés disso, ele olhou para mim. "Estou reivindicando essa Ômega como minha. Você cria os amuletos que eles usam, mas eu tenho um plano diferente para ela."

Um plano diferente?

Oh, isso não soou nada bem. Meu estômago revirou de nervosismo.

"Quando algo é feito, não pode ser desfeito,Alfa Zedkiel Vilkas."

Ele franziu a testa. "Eu sei."

A Oráculo sorriu, levantando as mãos cobertas de joias e caminhou até a mesa. "Qual é o seu pedido?"

"Você já sabe, mas se deseja que eu a entretenha, tudo bem. Eu quero marcá-la com a minha insígnia."

Me marcar?

Uma sensação desconfortável me assolou quando a Oráculo olhou por cima do meu ombro. "Apenas uma companheira deve usar a marca de seu companheiro no corpo, Príncipe Vilkas... uma companheira predestinada. Dar sua marca a uma Ômega reivindicada, por mordida ou magia, significa a mesma coisa. O que acontecerá se chegar o dia em que você conhecer sua companheira ou outra mulher usar sua marca?"

"Isso não é da sua conta. Apenas faça o que eu pedi." Ele rosnou.

"Eu exijo uma resposta." Ela sussurrou.

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