Minha Amada Ômega romance Capítulo 44

EVANGELINE.

Na noite seguinte, eu coloquei um vestido de cetim rosa claro tomara que caia, Zedkiel o escolhera para mim. Fiquei surpresa com a escolha dele, afinal, ele preferia cores escuras... Não sabia ao certo como me sentir ao voltar para a Mansão Welhaven... O casamento seria realizado nos jardins da mansão.

Ainda não tínhamos decidido as duas perguntas que faríamos a Oráculo. Mas precisávamos pensar com muito cuidado.

Enquanto Zedkiel e eu estávamos no banco de trás de um carro bastante elegante, a cada minuto que passava meu nervosismo cresci. O rei e a rainha também participariam da celebração. Fiquei um pouco surpresa que nem todos os membros da família real foram, mas enfim, a importância deles era maior do que o casamento. No entanto, ter o rei e a rainha como convidados, já era uma grande honra. E isso me fez pensar que os Lycans estavam acima de todos os Alfas, assim como Zedkiel estava acima de Sinclair.

Para minha surpresa, quando entramos nas terras da matilha, eu não e senti em casa, afinal, ali já não era mais a minha casa.

Como a vida mudou tão rápido...

"Chateada?" Ele perguntou friamente. Eu me virei para ele e balancei a cabeça.

"Não... simplesmente não me sinto mais em casa." Eu respondi honestamente.

Então, sua expressão se atenuou e ele me encarou. "E nem deveria. Você é minha mulher agora. A minha matilha também sua e não este lugar."

Concordei com um breve aceno e ele pousou a mão sobre a minha coxa, seu polegar acariciou minha perna delicadamente. Eu mordi o lábio ao sentir o formigamento que seu toque provocava enquanto a tentação se espalhava por mim.

Faltavam apenas duas noites para o troneio... Zedkiel ainda não tinha comentado nada a respeito de como iriamos consumar ocasamento, talvez nem fosse falar nada. Era quase como se ele esperasse que eu tomasse a iniciativa, mas se não consumássemos, seriamos eliminados?

Quando carro parou e Zedkiel abriu a porta, emergi de meus pensamentos. Ele saiu primeiro e eu o segui, deslizando graciosamente minhas pernas antes de me levantar. Seu aperto era forte, e ele me puxou firmemente para o seu lado. Mordisquei o lábio enquanto caminhávamos pelo jardim.

O número de convidados era modesto, mas senti vários olhares fixos em nós. Pois, no momento em que entramos, fez-se silêncio, e eu podia sentir a onda de medo que parecia exalar de todos eles.

"Príncipe Alfa Zedkiel, que surpresa agradável." O Alfa Aeron disse enquanto se aproximava. Por um breve momento ele piscou ao me ver e notei um brilho triste em seus olhos.

Então, Zedkiel mostrou o convite. "Nem por isso. Ainda mais quando o remetente disse ao mensageiro para entregar o convite diretamente a minha Luna, que você nem cumprimentou." Ele disse com um tom gélido, jogando o papel no Alfa Aeron, que o pegou antes de se virar para mim.

"Ah… Peço desculpas e, claro, vou dar as boas-vindas a Evangeline." O Alfa Aeron acrescentou dando-me um sorriso gentil. "Bem-vinda, Evangeline..."

"Luna Evangeline, ou Princesa Evangeline para você, Alfa." Zedkiel o corrigiu. "Você pode não ter tratado minha mulher tão bem, quando ela fazia parte desta matilha, mas a partir de agora as coisas vão ser diferentes." Ele completou friamente, pondo um fim a conversa e me afastando do Alfa Aeron, que tinha um olhar de tristeza e culpa nos olhos.

"Isso não é verdade." Eu sussurrei baixinho.

"Hum?" Zedkiel indagou, franzindo a testa para mim.

Então, olhei em volta quando a música que estava tocando chegou ao fim, assim, esperei a próxima começar e conduzi Zedkiel para o outro lado do jardim. "Quero dizer, o Alfa Aeron nunca me destratou. Eu era apenas uma Ômega órfã, além disso eles me deram uma educação e me trataram como um membro da família..."

"E mesmo assim, ele me deram você para salvar aquele filhote... Você está realmente defendendo uma família que sabia que nenhuma mulher sobreviveu a mim?" Ele interrogou com um tom gélido e seus olhos tornaram-se vermelhos.

Meu estômago revirou quando percebi a verdade em suas palavras, e sim, doeu... Olhei para baixo, sem saber o que dizer. Quem eu estava defendendo?

Ele colocou dois dedos sob meu queixo e me forçou a erguer a cabeça.

"Você é minha mulher agora. Não abaixe a cabeça para ninguém." Ele vociferou. "Cabeça erguida, Ratinha."

No mesmo instante senti meu coração saltar e concordei com a cabeça, assim que outra música começou a tocar, me virei e vi os noivos entrarem. Sinclair usava um terno azul-marinho e Celia um vestido marfim, além de estampar um sorriso presunçoso no rosto, mas não senti nada. Era estranho, mas não me importava.

O braço de Zedkiel envolveu minha cintura possessivamente, me puxando contra ele. Eu não resisti, apenas coloquei minha mão em seu abdômen, sentindo cada parte dele pressionada contra mim e tentei não corar, por causa de uma parte em especial. Então, resolvi olhar para ele e o flagrei com a atenção voltada para os meus s*ios quase saltando do vestido.

Lutei para não corar, lembrando de um tempo em que eu nunca usaria algo como aquele vestido. Foi quando constatei um olhar intenso sobre mim, ao me virar vi Sinclair me observando. A raiva e o ciúmes marcava sua expressão, de modo irracional. É ele quem está se casando hoje. Apesar de não gostar de Celia, até tinha pena dela... Pelo menos o meu marido só tinha olhos para mim...

Em seguida, emergi mais uma vez de meus pensamentos e me olhei de novo para Zedkiel. Ele fitava Sinclair, seu rosto era inexpressivo, mas podia ver o brilho frio, perigoso e desafiador em seus olhos.

"Vamos nos sentar para ver a cerimônia." Eu disse baixinho, tirando a atenção dele de Sinclair.

Zedkiel concordou com a cabeça e nos dirigimos para os assentos ao lado do rei e da rainha.

-

A parte dos votos estava quase no fim e acredito que todos perceberam como Sinclair não olhava para sua noiva. Eu não sabia se deveria ficar constrangida ou enojada. Ele me encarava fixamente, até mesmo Celia percebeu. Então, o constrangimento me tomou de assalto, o que me obrigou a ficar repetindo que não era responsável pelas ações dele. Alguns dos convidados, incluindo os pais de Celia, me olhavam com desaprovação, mas ninguém ousou se pronunciar. Afinal, eu era a esposa de Zedkiel Vilkas.

"Você, Sinclair Welhaven aceita Celia Huntington como sua companheira e Luna?"

Sinclair lançou um olhar para mim, mas eu me recusei a olhá-lo. Assim, fiquei sentada e mantendo a compostura, coma as pernas cruzadas e ligeiramente virada para Zedkiel, que mantinha a mão firme sobre minha coxa.

"Aceito." Sinclair disse com um sorriso amargo enquanto olhava para Celia.

"E você, Celia Huntington, aceita Sinclair Welhaven como seu companheiro e Alfa?"

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Minha Amada Ômega