Minha Amada Ômega romance Capítulo 50

ZEDKIEL.

Eu me transformei no momento em que saí do castelo. A vontade de esmagar a câmera era tentadora, mas, ao invés disso a pendurei na alça em volta do pescoço, junto com o embrulho das minhas roupas. Só então comecei a correr.

Eu iria encontrá-la e se alguma coisa acontecesse com ela... A floresta era perigosa e não era um lugar onde eu queria Evangeline sozinha.

Tentava não pensar no pior. Certamente, eles teriam pessoas a postos, mas mesmo assim. Já tinha se passado mais de uma hora quando cheguei à floresta e procurei algum vestígio do cheio dela. Corri o mais rápido que pude e embora tivesse chegado ali em velocidade recorde, eu estava começando a me sentir extremamente desconfortável.

Não havia nenhum sinal...

Já estive ali inúmeras vezes. Eu sabia onde ficavam todas as lojas e casas na área. Ia verificar cada uma delas. A cada hora que se passava, minha inquietação só aumentava. Precisava de sangue, mas, ao mesmo tempo, não conseguia me livrar do desconforto crescente. Será que estava exagerando?

Enfim, cheguei à parte mais profunda da floresta e me aproximei de uma pequena cabana que ficava no meio da clareira. Bati na porta, arrancando-a das dobradiças com raiva enquanto olhava para dentro do cômodo. Por um momento, meu coração deu um pulso e meu olhar pousou na blusa que ela estava usando naquela manhã, segundos depois, percebi que não era ela.

A mulher tinha cabelos pretos com um estilo semelhante e usava as mesmas roupas, além de ter o mesmo corpo e o cheiro de Evangeline estar impregnado nela, mas não era Evangeline. A mulher estava sentada na poltrona, de costas para mim e eu me aproximei.

"Onde ela está?" Rosnei na sala extremamente silenciosa.

Tudo o que eu fiz foi em vão? Quando cheguei até a mulher, agarrei seu braço e fiquei tenso... ao notar o que estava faltando na sala silenciosa.

No meio da minha fúria, não tinha percebido que não havia o som de batimentos cardíacos.

Eu dei um passo para trás, agachei-me na frente da mulher, a cabeça dela estava inclinada para o lado e ela olhava fixo. Sua boca estava aberta e havia espuma nos cantos.

Ela estava morta.

"Que p*rra é essa…" Eu murmurei. Verifiquei seu pulso, mas não havia nenhum sinal.

Por um segundo, me perguntei se tudo aquilo fazia parte deste torneio distorcido, mas então percebi que isso não fazia sentido. Ela estava morta...

"Essa mulher está morta. Que p*rra vocês estão fazendo?" Eu vociferei, pois sabia que podiam me escutar através da câmera. "Onde está Evangeline?!"

Eles tinham que me dar uma boa explicação, pois eu precisava de respostas.

Eu examinei a mulher. Ela ainda estava quente, o que significava ela tinha morrido há pouco tempo... mas isso significava que Evangeline estava em outro lugar.

Meu estômago revirou e meus olhos ficaram vermelhos quando saí da cabana, rosnando de raiva. Precisava falar com alguém naquele momento. Algo não cheirava bem e se isso não fazia parte do torneio, o que certamente não fazia, significava que Evangeline estava em perigo, em algum lugar.

Então, me transformei de novo. Ela não podia estar ali... eu só precisava de uma confirmação. Eu continuava a procurar ou será que saía da floresta? Algo mais estava acontecendo e isso estava me afetando.

O farfalhar as árvores me fez parar e eu estava prestes a me lançar contra o que quer fosse, quando dois guardas saíram correndo em minha direção, tive que me conter para não matá-los.

"Príncipe Alfa Zedkiel! Uma mensagem urgente do Rei!" Eles disseram, abaixando a cabeça. Os corações deles estavam extremamente disparados e soube que eles tinham vindo o mais rápido que conseguiam.

Então, me transformei de volta para a forma humana, olhei para eles, odiando o fato da ligação psíquica estar bloqueada. "O que foi?" Eu rosnei.

"Houve um... problema. O rei..." Eles estenderam o celular para mim e eu o peguei. Eles saíram correndo e tinha certeza de que temiam por suas vidas patéticas.

"O que aconteceu?" Eu vociferei, pensei que o uso de celulares não fosse permitido neste torneio de m*rda.

"Zedkiel… vimos você pela câmera e… Evangeline é quem deveria estar na caba. Algo deu errado; enviamos uma equipe para procurar Evangeline..."

"Então ela está desaparecida?" Eu sibilei venenosamente, tentando não perder o controle.

"Sinto muito, Zedkiel, não sei como isso aconteceu, ela deveria ser levada para a floresta..."

"Quem foi responsável por acompanhá-la!" Eu vociferei. "Eu quero que eles sejam presos agora."

"Eles estão mortos, Zedkiel. Nós os encontramos nos campos de treinamento. Foi uma jogada muito bem planejado. Sinto muito e vamos encontrá-la, eu prometo a você." A voz do papai estava calma, mas sabia que ele estava preocupado.

Alguém fez isso... e quando eu os encontrasse...

"Verifique as imagens de segurança – qualquer uma que a tenha capturado a qualquer hora do dia, até ela desaparecer." Eu rosnei. "Estou voltando."

Então, meus olhos faiscaram e eu me transformei, esmagando o telefone na minha mão enquanto me virava para voltar para o castelo. Assim, conseguiria iniciar minhas buscas. Haviam guardas por todo o castelo, ela não poderia ter simplesmente saído sem que ninguém a visse.

-

Voltei ao castelo em tempo recorde, vesti minha calça de moletom e fui direto ao departamento de segurança. Eu não me sentia bem.

Já quando estava bem próximo ao castelo, uma sensação repentina de não conseguir respirar me abateu. Senti um desconforto no peito e um mal-estar.

"Alguma informação?" Eu rosnei, abrindo a porta. A sala ficou em silêncio e notei que papai, o Alfa Aeron e outros membros do conselho estavam presentes.

"Filho, acalme-se..."

Meus olhos faiscaram enquanto estava diante de papai. “Não me diga para eu me acalmar quando é a minha mulher que está desaparecida!” Eu sibilei com um tom áspero, agarrando-o pelo colarinho. Todos ficaram tensos e alguns guardas se levantaram, mas papai fez um gesto para que eles recuassem. Como se eles fossem capazes de me deter.

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