Minha Amada Ômega romance Capítulo 51

EVANGELINE.

Não sabia o que aconteceu, mas eu estava viva. Eu realmente pensei que iria morrer, mas Zedkiel me salvou. No entanto, sua ira foi muito mais do que aterrorizante. Eu tinha acordado com ele parado diante de mim, cheirando a sangue. Seus olhos estavam vermelhos enquanto o Rei, Chasyn, Alcazer e Ragnar tentavam segurá-lo. Não sabia o que ele queria fazer, mas estava furioso. O curandeiro deu um passo para trás, olhando para mim, mas claramente ele temia por sua vida.

"Quero que o lugar inteiro seja revirado de cabeça para baixo até descobrirem quem fez isso." Zedkiel rosnava, libertando-se do aperto de seu irmão e cruzando o braço enquanto se abaixava para pegar minha mão. Então, ele examinou os hematomas nos meus pulsos, os quais foram causados pelas cordas.

Apesar de estar acordada, sentia como se minha garganta estivesse em carne viva e sentia um gosto amargo na boca.

"Nós iremos Zedkiel. Agora vá descansar um pouco também. Você teve um longo dia e precisa acordar cedo amanhã, nós iremos anunciar os resultados." O Alfa Ambros disse, mas Zedkiel fez um som de escárnio.

"É só nisso que você consegue pensar?"

"Este ainda é importante, Zed, na verdade parece que alguém quer você fora do jogo." Chasyn sugeriu franzindo a testa enquanto olhava para mim.

Senti-me um pouco constrangida com todos esses homens juntos e então fechei os olhos.

Se eu não conseguia vê-los... eles não estavam ali...

"Eu me pergunto quem? Mas não é uma surpresa, certo? Você faz inimigos mais rápido do que um cachorrinho suja a fralda." Ragnar comentou zombeteiramente.

Então, escutei Zedkiel responder som sarcasmo: "Não ameacei ninguém... isso apenas mostra que eles sente que sou uma ameaça... Pai, a partir de hoje, guardas irão acompanhar Evangeline o tempo todo. Não quero correr riscos."

"Então como você espera que ela participe? Você sempre a protegerá? Ela precisa ser forte se quiser ser considerada a Rainha, Zedkiel." Alcazer acrescentou friamente.

Foi quando escutei um rosnado baixo e algo batendo contra a parede, fazendo meus olhos abrirem. Ele tinha prendido Alcazer contra a parede e os dois homens se encaravam com raiva.

"Você não precisa me dizer o que ela precisa ser para se tornar Rainha. Ela sobreviveu lá embaixo... ela poderia ter morrido, p*rra." Zedkiel rosnou defensivamente e senti um calor me inundar. Ele sempre me defendia... "Agora deem o fora. Todos vocês."

O Rei olhou para mim e me deu um pequeno sorriso.

"Descanse, querida." Ele disse antes de todos irem embora e eu enfim sentir que podia respirar um pouco. Eu nem tinha percebido o quão difícil era ter tantas auras Alfa num mesmo espaço... Zedkiel trancou a porta do quarto, seus olhos vermelhos se voltaram para mim.

Meu coração bateu forte e forcei um sorriso. "Oi?"

Por que isso saiu como uma pergunta?

Ele franziu a testa enquanto se sentava na cama, afundando-a enquanto ele se inclinou para mais perto, colocando as costas da mão na minha testa. Meu coração acelerou quanto senti um forte formigamento percorrer meu corpo. "Você teve uma concussão?" Ele perguntou, afastando a mão.

Por que seu toque era tão agradável? Quero dizer, mais do que antes.

"Umm, não..." Eu disse, tomando força para me sentar, o corpo pesava. Porém, para a minha surpresas, não foi tão difícil quando pensei que seria. Eu estava bem. Graças à Deusa e ao Zed.

Olhei para mim mesma e notei que vestia uma camisa, umas das de Zedkiel.

"O que aconteceu? Quero saber cada pequeno detalhe desde quando você saiu daquele mezanino." Ele ordenou.

Assim, concordei com a cabeça, tentando recuar mais e me apoiar na cabeceira da cama, mas ele colocou as mãos nas minhas coxas. Em seguida, ele me deslizou de volta, para que eu ficasse encostada, mas isso me fez ofegar, por me pegar desprevenida.

Ele levantou uma sobrancelha e cruzou os braços sobre aquele belo peitoral, e eu contemplei meu seu rosto bonito. Minhas bochechas arderam com a lembrança do que aqueles lábios fizeram comigo, e abaixei a cabeça para esconder o rubor.

Por que minha mente trouxe aquele momento de volta? Foi apenas para o torneio, certo?

"Bom..." Eu comecei, e no meu tempo contei tudo a ele, desde a parte sobre esconder a pista até me mandarem seguir os guardas. Como eles haviam dito para eu trocar as roupas, a mulher no banheiro e depois como me prenderam e falaram uma lista de regras.

Um tremor passou por mim, quando terminei de contar a ele como a água continuou a subir e ninguém apareceu... até eu desmaiar. A única coisa que não mencionei foi a voz que eu ouvi. Ele poderia pensar que era uma louca psicótica.

"Você não se lembra de mais nada? Nada?" Ele perguntou, e eu balancei minha cabeça.

"Não." Eu respondi.

"Os guardas que a escoltaram não tinham nenhum precedente ou qualquer coisa suspeita em seus registros. Na verdade, eles serviram a família Vilkas durante anos, e antes disso a suas famílias. Mas, indo direto ao ponto, acho que eles de fato pensaram que estavam seguindo as regras do torneio."

"Você os encontrou? Se quiser posso dizer como eles são." Eu disse baixinho.

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