Minha Amada Ômega romance Capítulo 52

ZEDKIEL.

Eu não sabia o que ela queria de mim. Uma raiva crescente invadiu o meu corpo e eu cerrei a mandíbula, à medida que meus olhos brilhavam. Como ela ousava...

Além disso, eu tentava mostrar a ela que estava ao seu lado, mas ela não queria nem compartilhar algo tão simples como o que iria perguntar a Oráculo. Eu contei tudo a ela! O destino nos pôs nisso juntos.

Então, dei um soco na parede, sentindo a dor subir pelo meu braço, mas estava com raiva demais para me importar. O que mais eu precisava fazer? Eu entendia que não era o marido ou o Alfa ideal... mas pelo menos me esforçava, tentei me esforçar ao máximo com ela.

Eu rosnei e os guardas que estavam do lado de fora de nossos aposentos estremeceram.

"A-Alfa... se você quiser sair, devemos acompanhá-lo." Um deles disse corajosamente. Quase zombei do que ele havia dito. Papai havia colocado alguns dos guardas mais confiáveis na minha porta, e aos seus olhos, seus guardas mais corajosos e forte, pois até parece que alguém quisesse fazer aquele trabalho. Todos eles temia ficar perto de mim e tão pouco confiavam no meu controle... assim como ela não confiava em mim.

Ela podia agir daquela maneira por um breve momento, até mesmo eu pensei sobre seu comportamento, mas ela não confiava em mim. Seria por que ela quase morreu? Mas isso não tinha nada a ver comigo... Bom, na verdade, tinha a ver, pois era eu quem eles queriam fora do torneio...

Assim, passei a mão pelo rosto tentando me controlar. Então, andei pelos corredores em direção aos nossos aposentos, eu precisava limpar minha mente.

Um dos guardas me seguiu, embora eu soubesse que isso fazia parte do protocolo durante o período do torneio, ter uma sombra me irritava. Ao entrar em nossos aposentos, fui até o quarto, ignorando o guarda que me seguia, e andei até a pequena geladeira. Lancei-lhe um olhar frio e ele fez uma reverência.

"Desculpe, Alfa Zedkiel… eu tenho que segui-lo…"

Eu peguei uma garrafa de sangue ignorando-o, no entanto a cor escura da garrafa disfarçava o seu conteúdo, sangue. Mas, eu ainda não gostava de tê-lo por perto. Nem todo mundo sabia o que eu era... Entrei no banheiro e bati a porta atrás de mim. Assim, pude beber a garrafa cheia de sangue, deixei-a na pia enquanto me olhava no espelho, observando meus olhos voltarem ao normal.

A maneira estranha como eu a vi, na água, tinha alguma coisa a ver com o que o Lobo das Sombras me falou na Câmara da Verdade? Deveria descer lá mis uma vez? Eu sabia que aquele não era um lugar para se visitar uma segunda vez... Cada membro da realeza só podia se aventurar lá apenas uma vez, falavam que ninguém sobrevivia retornar para a Câmara, mas por que eu sentia que encontraria algumas respostas lá? O que eu poderia perder? O pior que poderia me acontecer era a minha morte, contudo, não acreditava que uma caverna possuída com algum tipo de entidade pudesse me matar...

Ela era minha companheira, então por que via mata-la e por que o Lobo disse que ela seria aquela que destruiria todos nós?

Precisava de respostas e embora eu fosse fazer uma pergunta a Oráculo, também iria até a Câmara...

Me senti mais calmo depois do drink, então a ideia de sair para uma corrida me pareceu atraente, mas não queria deixá-la sozinha no castelo, não depois do que tinha acontecido e ela estivesse me irritando.

Decidi tomar um banho antes de voltar, então tirei a roupa.

Quando terminei o banho, enrolei uma toalha na cintura e entrei no quarto. Embora eu estivesse mais calmo, ainda estava irritado com a recusa dela em compartilhar o que perguntaria a Oráculo. Isso doía. Ou talvez eu estivesse apenas agindo como um péssimo perdedor...

Ela era minha companheira... minha...

Eu olhei para o guarda. “Saia.” Eu rosnei. Em seguida ele fez uma reverência hesitando, eu sabia que ele estava pensando em ligar mentalmente para alguém. Porém, depois de um momento, ele saiu e abri o meu armário. Entrando, vesti uma cueca, calça de moletom e uma camisa.

Eu precisava voltar…

Depois de disso, calcei um par de chinelos, mas ao sair do quarto hesitei por um instante, lançando um olhar para a porta do meu escritório.

Aquele celular que eu havia encontrado... de quem era? Olhei para a porta entreaberta que levava até o corredor, o guarda estava encostado na parede, mas não prestava atenção em mim. De modo sorrateiro, fui até o meu escritório e mexi na gaveta da mesa para pegar o celular. Aquilo definitivamente não era meu... O jeito como estava dentro do sofá e não embaixo dele, me fez pensar que alguém o tinha colocado lá.

Aquilo tinha sido colocado para me espionar ou algo do tipo? Acho que não... Então um pensamento repentino revirou o meu estômago.

Era de Evangeline?

Meu coração estava acelerado quando liguei o aparelho e olhei para a porta. Se eu fosse pego usando um celular, seria expulso do torneio. Então, peguei uma pasta arquivo para esconder o celular, caso alguém entrasse. Mas logo a tela ligou e estava carregada de aplicativos, em seguida, várias notificações de mensagem aparecem na tela.

Todas as mensagens eram do mesmo remetente. S, era tudo o que dizia, cliquei no chat e li as mensagens.

'Angel – estou com saudades, vamos nos encontrar.'

'Angel, fale comigo.'

'Eu me importo com você, só você. Vou tirar você daí.'

'Como você pode se casar com ele, Angel?'

'Eu sei que ainda não fiz nada, mas prometo, assim como discutimos antes, vou tirar você daí. Já estou planejando como posso ajudá-la a escapar. Em breve você não precisará mais fingir que se sente bem ao lado dele.'

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