Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 1014

Ela era capaz de ler ossos, mesmo sem olhar para o rosto, podia identificar problemas apenas observando a estrutura óssea de uma pessoa.

Seu mestre havia mencionado que a Sra. Oliveira possuía uma estrutura óssea que nem mesmo ele conseguia decifrar completamente.

Se isso fosse verdade, a verdadeira idade daquela pessoa permanecia um mistério, ou talvez houvesse outra possibilidade.

A Sra. Oliveira era alguém capaz de alterar sua própria estrutura óssea.

Independente do caso.

Se houvesse qualquer peculiaridade, ela certamente seria capaz de identificá-la.

Lázaro estava ciente da habilidade de Luciana em ler ossos, mas ainda assim hesitava em soltar seu pulso.

Luciana pressionou os lábios um contra o outro, disposta a ceder mais um pouco, “Que tal... senhor, você poderia levantar o lençol branco? Apenas expondo um osso, qualquer parte serve, não importa qual.”

Foi então que Lázaro finalmente concordou de forma relutante.

Mas antes de fazê-lo, ele fez questão de que Luciana não olhasse.

Ao chegar diante do primeiro cadáver, Lázaro escolheu um tornozelo, que devido à ação de animais selvagens, já estava exposto, revelando os ossos alvos.

Luciana estava acostumada com tais cenas e, naturalmente, não tinha qualquer reação diante deste cenário.

Felizmente, sua força mental prevaleceu sobre a física, e ela não demonstrou sinais de enjoo.

Pelo contrário, ela estava mais focada do que nunca.

Retornando ao modo de trabalho em um instante.

Observando o osso atentamente, ela estreitou os olhos, concentrando-se profundamente.

A pessoa tinha mais de trinta anos, mostrava sinais de trabalho árduo, mas não severos, indicando que as dificuldades começaram apenas nos últimos anos, uma pessoa de pouca sorte, propensa a atrair problemas.

Luciana franziu levemente a testa, desviando o olhar.

A identidade da pessoa pôde ser praticamente confirmada.

Era Camila, que naquela situação, havia agarrado firmemente a Sra. Oliveira, salvando indiretamente suas vidas.

Luciana balançou a cabeça, “Ela não é a Sra. Oliveira.”

A sintonia entre os dois já havia sido estabelecida há muito, e com apenas algumas palavras, Lázaro conseguia captar o significado.

Ao se aproximarem de outro cadáver, desta vez revelando um conjunto de ossos da mão.

Luciana apenas lançou um olhar antes de franzir a testa.

Os dedos eram delicados e juvenis, pertencentes a uma garota ainda em fase de crescimento.

Impossível ser a Sra. Oliveira.

No entanto, os dedos daquela pessoa estavam fechados em uma pose estranha, como se tivesse enfrentado um grande medo antes de morrer.

Luciana observou atentamente, suas sobrancelhas se contraíram subitamente, “Deve haver algo nas mãos dela.”

Lázaro, ouvindo isso, também olhou, mas não conseguiu discernir nada de fora.

Se essa pessoa escondia algo na palma da mão, provavelmente era muito pequeno.

Ele colocou luvas e tentou forçar a abertura da mão fechada, mas não conseguiu.

“Deixe comigo.”

Luciana não tocou o corpo, apenas lançou uma agulha de prata, que atingiu o cotovelo do cadáver sobre o lençol branco.

Então, com uma pinça, ela facilmente abriu a mão da pessoa.

Dentro, havia um fragmento.

Embora fosse muito pequeno, Luciana e Lázaro reconheceram imediatamente.

Não por outro motivo, mas porque era um fragmento da armadura de Qianyu.

Lázaro ficou ligeiramente perturbado, segurando o objeto em uma bandeja, certificando-se de não ter visto errado.

“Como isso veio parar aqui?”

Luciana permaneceu em silêncio.

Se ela não estivesse errada, essa pessoa havia sido atacada por trás pela Sra. Oliveira, que arrancou seu coração.

Por isso, em meio à dor extrema, agarrou desesperadamente as vestes da pessoa à sua frente, acidentalmente segurando um fragmento da já danificada armadura de Qianyu, e se recusou a soltá-lo até a morte.

Nesse momento, os pesquisadores entregaram a análise de DNA dos dois.

O DNA de Camila era inquestionável.

Mas quando chegou a vez da outra pessoa, não havia nenhum registro genético correspondente.

Ela era desconhecida.

"Luciana!"

Luciana olhou surpresa para as duas, "Mãe, Clarissa, por que vocês não avisaram que viriam? Eu teria dado a senha da casa para vocês."

Renata Cardoso, ao ver Luciana, não conseguia esconder sua felicidade, mal se lembrando desses detalhes, "Não tem problema, acabamos de chegar. Estávamos com saudades e decidimos vir ver como vocês estavam, e também trouxemos algo que você gosta de comer."

Clarissa Vasconcelos olhou para eles, suspirando resignada ao lado.

Antes do seu irmão se casar, ela só tinha visto cenas de sogras se dando bem com suas noras na televisão.

Nunca imaginou que a realidade poderia ser ainda mais exagerada do que a ficção.

Depois que trouxeram a cunhada para casa, sua mãe quase poderia tatuar a palavra "preciosa" na testa.

Não só seu próprio filho achava aquilo um exagero.

Até ela, sua própria filha, era tratada como uma ferramenta.

Luciana, vendo a caixa de comida que Renata carregava, sentiu-se tocada, "Por sorte, eu ainda não almocei. Que tal a mãe e Clarissa ficarem para comer comigo?"

Os olhos de Renata brilharam, e ela concordou imediatamente, "Claro, sua irmã também estava sendo exigente com a comida ao meio-dia e acabou não comendo muito. Agora ela está dizendo que está com fome."

Clarissa: Você tem certeza?

Renata: Crianças precisam comer bem para crescer.

Conversando, elas caminharam para dentro, e Jaime, que tinha saído do carro para entregar algo a Luciana, encontrou o olhar de Renata e abaixou a cabeça, dizendo, "Senhora!"

Renata assentiu, olhando instintivamente para trás.

Com toda a atenção focada em Luciana antes, ela quase se esqueceu de que tinha um filho, "Ah, sim, Luciana, e aquele rapaz, por que ele não está com você?"

Luciana sorriu, desde que se casaram, o status do tio em casa estava cada dia pior.

"O tio está ocupado, provavelmente vai voltar mais tarde hoje."

Ao ouvir isso, Renata não pôde evitar de torcer a boca, "Ele também, antes de se casar já estava sempre ocupado, agora que casou continua da mesma forma, com mais de trinta anos e ainda não sei no que ele pensa."

Renata não se continha, mesmo com outras pessoas por perto.

Falava do próprio filho sem qualquer filtro.

Jaime, parado ali, não sabia se ouvia ou não, pensando se deveria ir embora antes de falar algo, temendo que Lázaro ficasse sabendo depois e acabasse o culpando por não conseguir manter segredo!

Felizmente, Luciana o livrou da situação, "Mãe, está frio lá fora, vamos entrar para conversar."