Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 1015

Renata então concordou com a cabeça e acenou para Jaime, que estava ao lado.

Jaime respirou aliviado e lançou um olhar de gratidão a Luciana.

Dentro da casa.

Renata entrou na cozinha com algumas coisas, dizendo que precisava esquentar algo.

Luciana não pensou muito sobre isso, trocou o casaco e foi para a sala ligar a TV para Clarissa.

Acabou de se sentar quando, de repente, lembrou-se de algo e foi até a cozinha, apenas para encontrar Renata calmamente movendo o remédio chinês que o tio ainda não tinha tido a chance de jogar fora para o lado.

Ela colocou uma nova panela no fogão.

Se não fosse pela pressa com que ela e o tio saíram, deixando a cozinha desorganizada, ela poderia ter pensado que estava tendo "alucinações".

Não viu?

Impossível.

Quando Renata se virou e viu Luciana parada atrás dela, acenou com a mão para que ela não precisasse se aproximar, "Deixa comigo, em um instante termino. Pode ir sentar na sala, não precisa vir aqui."

Luciana, "......"

Lembrando a reação do tio após um episódio estressante anterior, ela sentiu a necessidade de esclarecer as coisas antecipadamente para evitar que o incidente se repetisse.

"Mãe, esse remédio é para mim."

Renata, de costas, deixou a colher cair na panela com um clang.

Ela se virou, seus olhos se arregalaram ao ver Luciana, "Você está tomando? Como assim tem algo errado com você, o médico cometeu um erro?"

A quantidade de informação era demais.

Luciana, por um momento, não pôde adivinhar se era o que ela pensava.

Ela só podia tentar acalmar Renata, que estava assustada, "Eu não tenho conseguido comer bem ultimamente, este remédio é apenas para ajudar com meu apetite."

Embora fosse verdade, ela omitiu o ponto mais crucial.

Ela estava ciente do quanto a família Vasconcelos valorizava ela.

Se a gravidez viesse a ser descoberta, ela supôs que nem sequer conseguiria sair de casa, e mesmo se conseguisse, não sabia quantas pessoas a seguiriam.

Melhor seguir o conselho do tio e esperar mais um pouco para anunciar.

Ao ouvir as palavras de Luciana, Renata assentiu, compreendendo.

Ela não tinha nenhuma suspeita sobre ela, "Faz sentido, você está muito magra, e com todo esse trabalho, como seu corpo aguentaria sem comer mais? Parece que não temos muitos desses remédios, quer que eu pegue mais?"

Luciana sentiu uma pontada entre as sobrancelhas, "Não precisa, já está melhor."

Renata, falando como quem já passou pela experiência, aconselhou, "A medicina chinesa tem efeitos lentos, mas é inofensiva para o corpo. Comer mais algumas doses para fortalecer o corpo também é bom."

Luciana, "......"

Se continuasse a tomar, ela temia ficar impregnada com o cheiro da medicina chinesa.

Esse episódio passou sem maiores problemas.

Quinze minutos depois, alguns dos pratos favoritos de Luciana foram servidos quentes na mesa, e Renata até serviu meia tigela de arroz para Clarissa.

Com a desculpa de fazer companhia à cunhada.

Clarissa, sem opção, sentou-se à mesa e comeu em pequenas mordidas.

Luciana serviu alguns pratos para ela, e o rosto de Clarissa imediatamente se iluminou, colocando uma costela no prato de Luciana, "Cunhada, você também come."

Renata, sentada ao lado, serviu um pedaço de peixe para Luciana, "Luciana, coma o seu, não se preocupe com ela. Experimente este peixe, está fresco, fui pessoalmente ao mercado de frutos do mar comprar."

Luciana assentiu, pegou o peixe para comer, mas pareceu sentir um cheiro estranho e sua expressão mudou.

Ela deixou os talheres e correu para o banheiro.

Clarissa levou um susto, "Cunhadinha, o que aconteceu?"

Renata também ficou chocada.

Olhou na direção do banheiro e depois para os pratos que havia preparado, sem saber onde focar sua atenção.

Quando Lázaro entrou, viu sua mãe e irmã discutindo sobre um prato na mesa.

"Está muito picante?"

"Então, recentemente..."

Lázaro interrompeu, "Mãe, nós fomos ao hospital alguns dias atrás, e o médico disse que Luciana está apenas com um desconforto estomacal, que é só prestar atenção na dieta, você viu os remédios."

Renata fez um som de compreensão, mas sua mente já estava fazendo várias conjecturas.

Também, se tivessem ido ao hospital, seria impossível não descobrir.

Ela estava sendo demasiado desconfiada.

Antes de ir embora, Renata não se esqueceu de instruir Lázaro, "Filho, você e Luciana acabaram de se casar, não fique tão focado no trabalho como antes, entendeu?"

Lázaro acenou com a cabeça.

Vendo-o assim, Renata ficou irritada e lançou-lhe um olhar severo, "Além disso, seu avô está ansioso por um bisneto há tempos, você vai cumprir o que prometeu?"

Lázaro ficou surpreso, pensando na criança no ventre de Luciana, não conseguia conter o sorriso em seus lábios, "Vou dizer ao avô para ficar tranquilo."

Renata resmungou, "Fala bonito, mas quero ver fazer!"

Lázaro apenas sorriu.

Ele já havia calculado o tempo, a chegada da criança seria numa época em que as flores estariam florescendo.

Talvez até fosse uma menina.

Renata, vendo a expressão sem valor de seu filho, ficou sem palavras e não quis discutir mais, "Luciana não está se sentindo bem, cuide bem dela em casa, ouviu?"

Lázaro respondeu, caminhando até o carro para abrir a porta para Renata, "Eu sei, Luciana está comigo, você e Clarissa não precisam vir aqui se não for necessário."

Renata ficou insatisfeita, "Isso não pode ser, se Luciana estivesse bem, tanto faz eu vir ou não, agora que ela está com problemas de apetite, como eu, sendo sua sogra, poderia fingir que não sei?"

Lázaro, "..."

Ele nunca tinha percebido esse lado de sua própria mãe.

Nem mesmo seu pai devia ter visto aqueles pratos antes.

Quando o carro estava prestes a partir, Renata acenou, "Tudo bem, vá cuidar de Luciana. Nos próximos dias, vou a outra cidade para um casamento, qualquer coisa mandem entregar, não se preocupe."