Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 1018

Amaury sorriu, "Eu pensei que você não perguntaria."

Luciana franziu a testa, "O que aconteceu com Beatriz?"

Amaury, percebendo que ela estava preocupada, acenou com a mão para tranquilizá-la, "Ele está bem. Temíamos que ele fosse influenciado pelo passado da família Santiago, então seus pais o matricularam em uma nova escola de elite, que oferece internato."

Luciana se surpreendeu, "Ele concordou?"

Amaury assentiu, com um tom de apreço na voz, "Apesar de ter apenas cinco anos, ele entende muito bem o que está acontecendo em sua família. Então, quando foi hora de mudar de escola, ele não hesitou em aceitar."

Luciana pressionou os lábios em sinal de concordância.

A família Santiago não existe mais em São Verde, então mudar de ambiente não seria ruim para Beatriz.

Além disso, como a família Fernandes estava acompanhando-o, mesmo que os outros pais soubessem, eles não mencionariam nada na frente das crianças.

Luciana pegou as cartas que tinha em mãos e se despediu.

Ao ir embora, ela assegurou a Amaury que o tio Nereu não seria mais um problema, pois seu grande tio cuidaria dele e não o incomodaria mais.

Amaury sorriu, mas sentiu um alívio interior.

A família Samaio, sendo a família materna de Luciele e, consequentemente, sua própria família, significava que ele não poderia simplesmente expulsá-los, por mais que causassem problemas.

Lázaro chegou logo após Luciana.

Ela contou a ele sobre a situação com seus pais, mas Lázaro a envolveu em seus braços e a levou para o quarto, dizendo, "O tio Nereu já está resolvido, não é necessário que nossos pais voltem especialmente."

Luciana ficou atônita, "Tio, como você convenceu o tio Nereu?"

Ela conhecia o temperamento de tio Nereu.

Sendo o irmão mais parecido com sua própria mãe, não seria fácil convencê-lo, a menos que a família Fernandes tivesse oferecido algo em troca.

Mas para tio Nereu, nenhum benefício valeria mais que a felicidade de Nair...

O que exatamente o tio tinha feito?

Após trocar de roupa e desinfetar as mãos, Lázaro sentou-se com Luciana no sofá e falou baixinho, "Foi simples, resolvemos o problema pela raiz."

"Raiz?"

Luciana estreitou os olhos, percebendo imediatamente o plano do tio, "Não me diga que você conversou com Nair?"

Lázaro, sem confirmar nem negar, ajustou-se para que Luciana ficasse mais confortável, seguindo seu raciocínio, "Todo mundo tem sua fraqueza, e você sabe muito bem o que Nair mais valoriza."

Luciana, "..."

O que Nair mais valorizava era o bem-estar de sua própria mãe. Para Nair, a felicidade de sua mãe era sua própria felicidade.

Atacar a emoção era uma estratégia astuta.

Mas isso significava que a pessoa que cedesse estaria engolindo o próprio orgulho.

"Isso não é justo com Nair."

Nair valorizava os sentimentos de sua mãe mais do que qualquer coisa, especialmente em assuntos importantes.

Ela mais queria que sua mãe, Luciele, estivesse presente.

Lázaro, entendendo isso, concordou e acariciou gentilmente o ventre ainda não evidente de Luciana.

"Por isso, pedi ao tio Nereu para mudar a cerimônia de noivado para o exterior, no dia em que nossos pais estariam de passagem pela Europa, vindo do Ártico. Assim, todos poderiam comparecer e você não precisaria se desdobrar."

Luciana, "..."

O que mais ela poderia dizer?

Com o tio tomando as rédeas, ela não tinha mais com o que se preocupar.

Não é à toa que o tio Nereu ficou quieto o dia todo; as coisas foram resolvidas a contento.

No momento de distração dela, Lázaro pegou alguns petiscos da mesa e os colocou perto de sua boca, "Luciana, o que você estava tentando me dizer?"

Luciana se sobressaltou, e uma ameixa azeda encontrou seu caminho até sua boca.

A acidez invadiu sua boca, mas surpreendentemente, ela não se opôs.

Após pegar outra da mão do tio, ela resumiu brevemente as informações que havia recebido de Amaury.

Vendo que Luciana gostava, Lázaro segurou o pacote de ameixas azedas na mão, facilitando para que Luciana pudesse comê-las a qualquer momento.

Na manhã seguinte.

Lázaro recebeu da mãe vários ingredientes frescos, preparou um café da manhã simples, tirou o avental e foi para o quarto.

Ainda na cama, Luciana estava dormindo profundamente. Sentindo alguém se aproximar, seu corpo, alerta há anos, reagiu mais rápido que sua mente.

Mas foi apenas por um instante, ela franzindo a testa virou-se, "Tio, deixe-me dormir mais um pouco."

Nos últimos dias, embora seu apetite estivesse fraco, a qualidade do seu sono era excepcionalmente boa.

Dormindo mais a cada dia.

Como se estivesse tentando recuperar o sono perdido dos últimos quinze anos de uma só vez.

Lázaro, não querendo acordá-la, apenas sussurrou gentilmente, "Você só pode dormir mais meia hora, senão o bolo de morango não vai estar bom."

Ao ouvir "bolo de morango", um lampejo de clareza passou pela mente de Luciana.

Vendo a figura do tio se afastando, ela piscou os olhos e perguntou, "Não está me enganando, né?"

Exceto pelo bolo que o tio fez para ela quando começou a tomar o medicamento, ele começou a controlar rigorosamente a quantidade de lanches que ela comia.

Até as coisas que ela escondia no armário da sala foram confiscadas.

Restando apenas os "lanches" que ele escolhia pessoalmente de fora.

Sem aditivos, sem danos ao corpo.

Da mesma forma, também sem sabor.

Exceto pelas ameixas secas azedas que eram razoavelmente comestíveis.

Os outros eram tão ruins que ela chegou a questionar se havia necessidade de produzi-los.

Virando-se para ver Luciana na cama, mostrando apenas uma cabeça, Lázaro sorriu um pouco triste, "Minha mãe trouxe os ingredientes, incluindo morangos frescos e creme. Se não usarmos hoje, não dará para guardar até amanhã."

Luciana sorriu, percebendo os benefícios de ter uma sogra naquele momento.

Pela manhã, Luciana comeu metade do bolo e, olhando para o remédio na frente dela, seus olhos se estreitaram levemente, "Tio, há quantos dias estou tomando este remédio?"