Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 209

Quando Felismina chegou ao quarto do hospital, viu Nicanor deitado obedientemente na cama, ouvindo Edilene descrever como estava a recuperação de seus ferimentos e dando-lhe instruções sobre os cuidados a serem tomados.

Edilene vestia um jaleco branco e usava óculos com armação dourada, aparentando ser culta e atraente.

Ela segurava um tablet com uma mão e, enquanto falava com os olhos baixos, sua seriedade era temperada com uma certa assertividade, exibindo uma aura de mulher empoderada.

O olhar de Nicanor para ela era especialmente suave, até mesmo sorridente, uma mudança drástica em comparação ao seu habitual semblante sombrio e sua disposição para rosnar para as pessoas como um cão raivoso.

Felismina balançou a cabeça, tendo que admitir que até mesmo um homem incontrolável como Nicanor se tornava dócil como um gatinho na presença de Edilene.

"Edilene," disse Felismina com um sorriso ao entrar no quarto, estendendo a fruta que trouxera para Edilene: "Todas frutas são suas preferida, para repor as vitaminas."

"Obrigada," Edilene agradeceu, recebendo-as com uma mão.

"Como está a recuperação de Nicanor?" Felismina lançou um olhar para Nicanor, que imediatamente voltou a ter uma expressão sombria ao vê-la, como se o comportamento amável que tinha na frente de Edilene fosse uma "Alucinação".

"Levantar-se e caminhar normalmente não será um problema," disse Edilene, colocando o tablet de lado e ajustando seus óculos: "Mas ele não poderá mais fazer exercícios físicos intensos."

Isso significava que ele estaria praticamente inutilizado.

Felismina pensou com uma certa satisfação maliciosa que Nicanor não vai ajudar Paula a tramar contra ela.

Se não fosse por Paula incitando-o a provocar Lázaro, ele teria acabado assim?

Nicanor parecia já estar ciente desse resultado.

Ele falou calmamente para Edilene: "Não tem problema, estou muito grato por poder ficar de pé novamente, pelo menos não terei que passar a vida inteira na cama. Isso tudo graças à sua excelente habilidade médica, Dra. Costa, nem sei como agradecer."

"Isso é o que eu deveria fazer como médica, não precisa me agradecer," Edilene respondeu sem muita emoção: "Além disso, a família Rocha já pagou um valor considerável por isso."

Felismina quase riu com algum som ao ver Nicanor sem palavras, engasgado.

O que era uma mulher prática

Edilene era o exemplo perfeito.

Com apenas uma frase, ela eliminou qualquer noção de gratidão.

Vendo que Edilene estava com as mãos cheias por causa das frutas, Felismina se ofereceu para segurar o tablet: "Edilene, deixe que eu leve para o seu escritório."

"Certo," Edilene concordou com um aceno de cabeça, e depois de dar algumas instruções para a enfermeira, sem dar mais atenção a Nicanor, seguiu com Felismina para o seu escritório.

Chegando lá, Felismina começou a descascar as frutas e conversar com Edilene.

Depois de conversae um pouco, ela mudou o assunto para Paula: "Edilene, você sabia que minha prima Paula se envolveu em escândalo?"

"Oh?" Edilene franziu a testa, claramente desinteressada pelos fofocas.

Ela havia visto Paula quando ela veio visitar Nicanor no hospital e já estava ciente dos rumores confusos sobre ela em São Verde.

Ela simplesmente achava Paula uma pessoa superficial e não valia a pena dar mais atenção.

Portanto, ao saber que Nicanor tinha sido agredido por causa dela, Edilene também perdeu o respeito por Nicanor.

"Ela está grávida antes do casamento," continuou Felismina, indiferente ao desinteresse de Edilene, tirando o celular do bolso e mostrando a notícia: "E ainda tem a audácia de tentar atribuir a paternidade do bebê a Lázaro."

Edilene não tinha interesse nem em Paula nem em Lázaro, o suposto inútil e playboy da família Vasconcelos, mencionado nos rumores.

Nos olhos dela, essas pessoas com talentos medianos, incluindo a Felismina aqui presente, não mereciam a sua atenção.

"Atchim!"

Luciana, que estava assistindo à cerimônia de formatura do Ensino Médio com Lázaro, espirrou de repente.

"Será que a temperatura do ar-condicionado no auditório está muito baixa?" perguntou Lázaro com preocupação.

Luciana franzindo a testa, balançou a cabeça negativamente, ela tinha a sensação de que alguém estava falando mal dela pelas costas.

No palco, os discursos já tinham sido quase todos feitos, e o que restava era a apresentação dos alunos.

De repente, alguém bateu no microfone e pigarreou: "Olá a todos, somos os estudantes de Turma C do 3º ano do Ensino Médio. Para esta última apresentação especial, queremos dedicá-la à nossa melhor professora de turma, a Professora Luciana!"

Luciana olhou para cima e viu Vinícius, Ismar, Karina, Bruna e Lília no palco.

Vinícius segurava um violão, Ismar com um baixo, Karina ao lado de um teclado, Bruna estava atrás de uma bateria, e Lília em frente ao microfone, seu olhar encontrando o de Luciana através da multidão.

"Professora Rocha, eu cometi muitos erros no passado, e só tenho a agradecer por você me ajudar a sair daquela situação difícil. Você mudou todos de Turma C e também mudou minha vida! Agora, esta música 'Stronger (What Doesn't Kill You)' é para você."

A música de metal soou instantaneamente, com batidas de bateria claras ecoando no coração de todos.

Lília era a vocalista, e sua voz, acompanhada pela música intensa, ressoava por todo o auditório.

Todos se animaram.

Os alunos abaixo do palco se levantaram e começaram a cantar junto com a melodia.

E os olhares dos cinco no palco estavam fixos apenas em Luciana; ela era a única pessoa para quem queriam transmitir seus sentimentos.