Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 497

Luciana fechou o arquivo e jogou-o para o lado.

Jaime dirigia enquanto Tarsila virava a cabeça, perguntando inquieta, "Professora Rocha, o que você acha do conteúdo deste arquivo?"

Um lampejo frio cruzou os olhos de Luciana, "O que você acha?"

Tarsila ficou confusa por um momento, sentindo de repente que Luciana estava irritada.

Lázaro, sempre atencioso, abraçou Luciana, acariciando seus cabelos lentamente, "Calma, não fique irritada."

Luciana não respondeu, seus olhos baixos, perdidos em seus pensamentos.

A GTO estava se estendendo demais.

E aquele verdadeiro infiltrado, estava muito bem escondido.

Escondido a um ponto que eles não podiam alcançar.

Essa pessoa não era apenas uma ameaça à segurança pública, mas também estava tentando comprometer a segurança nacional.

Ela teve a estranha sensação de que a morte de sua mãe poderia não estar relacionada ao chefe da GTO, mas sim que a Delegacia X poderia ser a última peça no assassinato de sua mãe.

Vendo que ela não falava, Lázaro disse com uma voz mimada, "Que tal irmos jantar em grande estilo, hein?"

A voz dele trouxe Luciana de volta à realidade, ela mordeu o lábio, pensando seriamente por um momento, "Vamos."

Depois do jantar, Lázaro levou Luciana de volta para casa.

Observando Luciana entrar em casa, Lázaro voltou para o carro, "Para a sede."

Jaime não questionou, era hora de voltar à sede para resolver as coisas.

Luciana, já em seu quarto, ligou o celular.

Na tela, uma mensagem de um desconhecido apareceu — "Não foi ele."

Na sede, Alexsander e Atílio ficaram de guarda na porta do escritório do vice-diretor, enviando todos os membros da equipe.

Na sede, restavam apenas eles dois como capitães de plantão.

Apesar do trabalho tranquilo, não havia sinal de relaxamento em seus rostos.

Não demorou muito para Lázaro abrir a porta da sede, já vestindo o uniforme da Delegacia X, acenou para Alexsander e Atílio.

Os dois se olharam e saíram, junto com Jaime, guardando a porta para não deixar ninguém entrar.

Lázaro parou em frente à porta do escritório por um momento, depois bateu na porta.

Do interior, Clovis tirou os óculos de leitura e chamou, "Entre."

Lázaro entrou, caminhou até Clovis, seu rosto sério sem mostrar emoção, apenas observando-o em silêncio.

Clovis olhou para ele, "Chegou?"

Sua voz era calma, sem revelar nenhuma emoção.

"Desculpe pela espera." A voz de Lázaro era profunda e rouca, cheia de uma atmosfera pesada.

Clovis soltou uma risada de escárnio, "Você está ficando cada vez mais ousado, chegando a me prender."

Lázaro então se sentou em frente a Clovis, seus lábios se movendo levemente, "Estou te vigiando."

"Então, pergunte o que você quer saber." Clovis pegou sua xícara de chá, bebendo tranquilamente.

Lázaro se inclinou para trás na cadeira, cruzou as pernas, com a mão sobre elas, batucando lentamente, começou a falar de forma calma, "O que você está investigando?"

Clovis parou por um momento, seus olhos cobertos pela névoa do chá mostravam surpresa.

Lázaro parou de tamborilar com os dedos, seus olhos profundos e sombrios fixos em Clovis, "Você me trouxe para a Delegacia X, me entregou ao meu mestre, me viu subir passo a passo, e agora não confia em mim? Chefe."

Clovis ficou em silêncio, algo em seu coração se comoveu.

Lázaro olhou para Clovis, seus olhos cheios de admiração como antes.

Lázaro levantou o olhar. "Fale a verdade."

Clovis suspirou profundamente e passou a mão pela perna. "Ao longo desses anos, havia apenas uma coisa que eu estava investigando, a verdade sobre a morte do seu mestre, meu parceiro Cotovia."

Lázaro ficou chocado. "Você também acredita que a morte do meu mestre não foi um acidente!"

Clovis assentiu. "Sim, Cotovia era uma pessoa tão forte e poderosa, é impossível acreditar que ele cometeu suicídio. A única possibilidade é que ele foi traído."

"Há alguém no quartel-general que queria a morte do meu mestre." Lázaro apertou os punhos, um vislumbre de fúria em seus olhos.

"Exato, e essa pessoa tem uma posição de alto poder, não é alguém que podemos facilmente descobrir. Dez anos se passaram, e até agora, eu só descobri uma fração da verdade. Quando tentei investigar mais a fundo, acabei sendo incriminado."

Clovis sorriu amargamente. Depois da morte de Zilá, ele continuamente reportou aos superiores, pedindo uma investigação completa sobre a morte de Zilá e o fracasso daquela missão.

Mas todos esses pedidos foram em vão, rejeitados sob o pretexto de falta de evidências.

Desde então, Clovis soube que, se quisesse descobrir a verdade, ele precisaria chegar ao coração do poder.

Portanto, ao longo dos dez anos, ele continuou subindo na hierarquia. Sendo incapaz de participar de missões de campo devido a seus ferimentos, sua promoção foi até mais difícil que a de Lázaro.

Mas, finalmente, o destino favoreceu o persistente, e ele alcançou a posição de vice-diretor.

O diretor estava frequentemente fora em missões e não ficava no quartel, então toda a São Verde estava sob seu comando.

Mesmo assim, ele ainda não conseguiu os resultados desejados.

As águas do quartel-general eram muito turvas e profundas.

Felizmente, agora ele tinha Lázaro e também a filha de Zilá. O futuro, sem dúvida, seria muito melhor do que lutar sozinho.

Quando ele viu Luciana pela primeira vez, sentiu como se Zilá tivesse deixado um tesouro neste mundo.

Esse tesouro eventualmente revelaria a escuridão do quartel-general e lhe daria clareza.

Clovis pegou um documento da gaveta. "Lázaro, este é o documento que apareceu misteriosamente no meu escritório no dia em que você foi resgatado da mina. Dê uma olhada."