Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 653

Horácio estava preocupado que Lázaro realmente fizesse mal a Alexsander e apressou-se a empurrar a cadeira de rodas para longe.

Lázaro olhou na direção para a qual os dois fugiram.

Pois bem, haverá tempo para ele ver os métodos de um velho malandro!

"Senhor, encontrou o Severino?" Luciana perguntou ao se aproximar.

De repente, teve a ideia de desenvolver um novo perfume, que seria o irmão da fragrância "homem velho" - "velho malandro"!

Lázaro assentiu com a cabeça, "Sim, bastante triste, nem olhava por onde andava."

"Ah, como é bom ser jovem." Zilá riu.

Após falarem sobre os assuntos de José e Lucinda fora do hospital, quando estavam prestes a sair para comer, o celular de Zilá tocou.

Era Nair Sampaio.

Desde que Zilá retornou à família Sampaio, Nair não havia aparecido.

Zilá também tentou encontrá-la algumas vezes, mas a obsessão de Nair era profunda, querendo encontrar o Cinco Venenos antes de retornar à família Sampaio.

Por isso, Zilá não podia insistir.

Nair tinha suas próprias escolhas.

Esta mensagem foi uma surpresa para Zilá.

Na mensagem, Nair enviou uma foto.

Era o portão de uma universidade estrangeira.

Essa universidade era onde Clodoaldo Vasconcelos havia estudado no exterior!

Ou seja, também era um lugar onde o Cinco Venenos havia estado.

Zilá suspirou, "Nair foi investigar o Cinco Venenos, espero que consiga encontrar algumas pistas."

No País S, Nair olhou para o portão da universidade e entrou diretamente.

O campus estava cheio do espírito da juventude.

Tanto os homens quanto as mulheres tinham sorrisos no rosto, como se estivessem irrigados com néctar.

Nair, vestindo uma jaqueta de couro preta, caminhava pelo campo de esportes, um tanto deslocada em meio a saias curtas e camisetas.

Felizmente, era um campus universitário, onde a liberdade de vestimenta não chamava tanta atenção.

Apenas alguns rapazes interessados em Nair assobiavam, talvez intimidados por sua aparência fria, não ousavam se aproximar.

Nair caminhou, bloqueando todos os sinais ao seu redor, e foi diretamente para um monumento.

Lá, estava o monumento em memória de um tiroteio de anos atrás.

Havia muitos nomes gravados, de várias nacionalidades do mundo todo.

Na frente estavam os nomes próprios, em chinês, inglês, árabe, etc., e atrás, os nomes reais dos que morreram na escola.

Até hoje, ainda havia muitas flores colocadas sob o monumento, em sinal de luto.

Nair olhou para cima e viu, de relance, aquele nome familiar e estranho.

David, nome inglês Cinco Venenos.

Realmente um nome inglês simples e direto.

Ele quase escreveu que era o Cinco Venenos na testa, não é?

Um nome inglês tão ostensivo e provocador, e ainda assim escondido aqui por tanto tempo.

E ainda colocado neste monumento, em luto e memória.

Que descaramento!

Nair fixou o olhar naquele nome, seus olhos revelando sarcasmo indescritível, raiva e um olhar complexo e profundo.

Ela não entendia, como alguém completo como o Cinco Venenos, por que teria filhos com outra pessoa?

O idoso levantou a cabeça, viu o nome de David e sorriu levemente, "Sim, é ele. Um homem muito elegante do Brasil, meu ídolo."

Nair franziu a testa, intrigada. Ele, salvando alguém?

Como isso seria possível?

"Desculpe-me, você poderia me contar mais sobre o que aconteceu naquela época? Estou muito curiosa."

O idoso parou o que estava fazendo e acenou com a cabeça, "Com prazer."

Na cantina, Nair sentou-se em frente ao idoso, ouvindo-o falar sobre as aventuras de Cinco Venenos no exterior.

"Wei não gostava que o chamássemos assim, preferia que usássemos seu nome em inglês. Ele dizia que era um incentivo para ele. Meu alojamento de trabalhador era próximo ao seu dormitório estudantil, ele frequentemente me pedia para deixar a porta aberta para ele. Com o tempo, nos tornamos amigos."

"E depois que ele se formou e ficou na universidade, nossos dormitórios ficaram ainda mais próximos. Ah, sim, ele tinha um bom amigo, também um brasileiro, apaixonado por plantas, muito bonito, adorado por muitos na universidade."

Nair sabia que ele estava falando de Clodoaldo.

O idoso continuou: "Eles eram inseparáveis, às vezes bebiam e conversavam juntos, e de vez em quando me chamavam para se juntar a eles. Eu era apenas o faxineiro, não entendia muito dos termos técnicos deles, então só podia acompanhá-los bebendo. E então, quando o tiroteio aconteceu, foi tudo tão repentino, toda a universidade entrou em pânico."

"Naquele dia, muitas pessoas morreram, estudantes e professores. Eu estava no jardim, e soube do tiroteio quando uma bala passou raspando pela minha perna. Fiquei paralisado de medo, não conseguia me mover, nem gritar, achava que ia morrer."

"Naquele momento, eu não sabia para onde correr ou pedir ajuda, só sabia que provavelmente ia morrer. E quando pensei que ia encontrar com Deus, Wei apareceu."

"Ele segurou minha mão e corremos. O criminoso estava nos perseguindo, e quando ficamos sem saída, ele se colocou na minha frente."

Ao chegar nesse ponto da história, o idoso deixou as lágrimas caírem, "O sangue de Wei espirrou em mim, ele caiu bem na minha frente."

"Faltou tão pouco para a polícia chegar, se tivéssemos resistido um pouco mais, teríamos sido salvos."

O idoso estava visivelmente emocionado, claramente arrependido pelo ocorrido.

Mas Nair continuava a achar, o idoso não podia estar falando de Cinco Venenos.

Ele, que mal hesitaria antes de usar uma arma, como poderia salvar alguém?

Era mesmo um cenário de fantasia.