Minha Noiva É Uma Grande Chefe romance Capítulo 90

Depois de convencer Bruna, Luciana aceitou o pagamento da consulta e dos medicamentos da Sra. Velha Machado e partiu.

Sra. Velha Santos a seguiu.

"Srta. Rocha, já que é hora do almoço, que tal eu te pagar uma refeição?"

Antes mesmo de Luciana recusar, Sra. Velha Santos disse, "Eu sempre quis te levar para almoçar, mas você nunca teve tempo. Se eu não te convidar desta vez, ficarei com remorso."

"Sra. Velha Santos, me desculpe, mas hoje não posso almoçar com você. Eu já disse à minha tia que estarei em casa para o almoço."

Sra. Velha Santos ficou um pouco desapontada, mas de repente ouviu Luciana dizer, "Se você não se importar, pode vir almoçar em minha casa. Nós temos bastante gente almoçando juntos ao meio-dia, é bem animado."

A família Vasconcelos teria quatro pessoas, sem contar com as visitas ocasionais de Alexsander para uma refeição grátis, e com a família Rocha, seriam cerca de nove pessoas à mesa.

Os olhos da Sra. Velha Santos brilharam, "Posso mesmo ir?"

Ela estava entediada e se dava bem com Luciana, não importava onde comesse, contanto que tivesse companhia.

"Claro que pode." Luciana sorriu e disse, "Você vai conosco no mesmo carro ou prefere que seu motorista a leve?"

Ela viu um carro particular estacionado não muito longe, que pertencia à família Santos e que tinha visto antes no hospital.

Sra. Velha Santos só então percebeu Lázaro, "Quem é esse?"

"Ele é meu noivo, Lázaro."

"Então ele é aquele da família Vasconcelos que..." As palavras 'inválido' quase escaparam, mas Sra. Velha Santos engoliu rapidamente o que estava prestes a dizer.

Lázaro sorriu e cumprimentou educadamente, "Sra. Velha Santos, prazer em conhecê-la."

Cordial e respeitoso, não havia como achar defeitos.

"Prazer." Sra. Velha Santos respondeu, e então seus olhos caíram na perna de Lázaro, compreendendo imediatamente algo.

Luciana tinha habilidades médicas tão boas que curar um deficiente provavelmente também seria possível, mas ela não perguntou mais nada.

"Vou no mesmo carro que vocês." Sra. Velha Santos disse e entrou no carro de Lázaro.

Após a saída de Luciana e sua comitiva, Bruna saiu do quarto, ainda não muito acostumada com a luz forte, mas sentindo-se significativamente melhor.

Bruna foi até a sala de estar e disse à Sra. Velha Machado e Catarina, "Vovó, mãe! Desculpe por preocupá-las. De agora em diante, vou colaborar com o tratamento. Mesmo que não cure, não vou mais me afundar na depressão."

Sra. Velha Machado, alegre, exclamou, "Ótimo! Ótimo! Essa é a minha neta! Essa Srta. Rocha realmente tem habilidade. Sua mãe tentou por tanto tempo e não conseguiu te ajudar, e ela conseguiu com algumas palavras."

Bruna sorriu, embora seu sorriso estivesse um pouco feio devido a sua condição facial, "Conversar com a Srta. Rocha é confortável. Ela está certa, o que é feio não é o meu rosto, mas sim o coração de pessoa. Se esconder é algo que apenas os fracos fazem. Eu sou neta da família Machado, filha da família Fonseca, sempre estive entre os primeiros da minha turma, tenho uma origem que muitos não podem se comparar, isso é meu capital."

"Não devo desperdiçar meu capital. Preciso me erguer. Só quando eu for suficientemente excelente é que as risadas e zombarias cessarão. Elas, só poderão me admirar."

"Sim! Está certa!" a Sra. Velha Machado elogiou, "É assim mesmo que se faz, mesmo que o rosto não seja bonito, temos que mostrar para essas pessoas que a neta da família Machado não é alguém que se possa insultar."

Bruna assentiu e logo disse para Catarina, "Mãe, você pode me acompanhar até a livraria mais tarde? Preciso comprar livros, quero começar a estudar."

Bruna estava preparada, mas quando realmente saiu e começou a ser apontada, ela hesitou. No entanto, lembrando-se das palavras de Luciana, ela ergueu a cabeça e encarou os olhares, caminhando com orgulho e confiança.

Havia acabado de dar alguns passos quando ouviu alguém dizer, "Que feia! Como alguém assim tem coragem de sair de casa?"

"É mesmo, se eu fosse ela, preferiria morrer."

As palavras vinham de duas moças da idade de Bruna, com um ar de maldade, falando alto o suficiente para todos ouvirem.

Após elas falarem, várias pessoas começaram a olhar para Bruna.

Catarina ficou furiosa e queria ir lá dar uma lição nelas, mas Bruna a segurou, "Mãe, deixe-me resolver isso."

Então, Bruna se aproximou das duas jovens e disse seriamente, "Eu posso ser feia, mas o coração de vocês é mais feio ainda. Eu nunca prejudiquei ninguém com minha feiura, mas vocês atacam os outros com as palavras mais venenosas. Se eu não fosse forte o suficiente e me suicidasse por causa do que vocês disseram, vocês seriam assassinas. Digam-me, se vocês matassem alguém, sua consciência não doeria?"

"Está maluca? Quem matou alguém?" uma das jovens retorquiu, encarando Bruna.

"Vocês não mataram, mas o que disseram é pior que matar," Bruna respondeu calmamente, "Vocês têm uma mente suja e veem os outros da mesma forma."

Bruna olhou para outra garota após terminar de falar, "Você acabou de dizer que, se ficasse tão feia quanto eu, preferiria morrer. Realmente você não tem coração. A aparência é um presente dos nossos pais. Já pensou nos sentimentos deles ao dizer que quer morrer? Eu posso ser feia, mas não vou morrer. Vou viver bem e as suas palavras maldosas não podem me machucar."

"Porque vocês nunca serão melhores do que eu!"

Embora ela já tivesse pensado em acabar com tudo de uma vez, agora, ela não pensaria mais nisso.

Depois que Bruna disse isso, deixou para trás as duas pessoas furiosas e partiu com Catarina.