P.O.V Kelly.
Abro os olhos com dificuldade e pisco algumas vezes para me acostumar com a claridade. Sinto um dor na costa e me dou conta que estou no chão.
Com cuidado me levanto sentindo cada músculo do meu corpo dolorido, me sento na cama e passo as mãos pelo pescoço. Parece que estou carregando um mundo nas minhas costas.
Olho em volta suspirando me dando conta de que não foi um sonho ruim e que realmente estou na boate. Ouço um barulho na porta e me levanto assustada.
Vejo Rodrigo entrar pela e o encaro com o cenho franzido, o que ele esta fazendo aqui? Não o vejo desde aquela noite em que conheci Gregory.
- Olá Lorena. - Ele diz sorrindo.
Ouvir esse nome me da arrepios, faz muito tempo que não penso nele. O nome de guerra que escolhi para trabalhar aqui.
- Meu nome é Kelly. - Digo tentando não chorar.
- Aqui não... Aqui você é a Lorena nossa nova aquisição. - Ele sorrir.
Meu estômago embrulha e eu quero gritar sem parar. Ele da alguns passos e para na minha frente levando sua mão ao meu queixo começando a me avaliar.
Ele vira meu rosto de um lado para o outro olhando atentamente como se eu fosse uma mercadoria.
- Que pele bonita, com certeza no tempo que ficou fora usou os melhores cremes... Ótimo, quanto mais bem tratadas nossas meninas tiverem mais dinheiro vamos ganhar. - Ele sorrir diabolicamente.
- Rodrigo, eu estou grávida... - Deixo a frase morrer.
Ele olha para minha barriga e depois volta para mim.
- Tem sorte, um grupo grande dos Estados Unidos chega em dois dias e ouvir dizer que eles adoram uma mulher grávida... Você e sua filha vão nos render milhões.
Fecho meus olhos sentindo a náusea se torna mais forte.
- Eu só vim lhe da as boas vindas e dizer que estamos muito felizes de você ter voltando para nós e dessa vez, não vai mais escapar. - Ele da um último sorriso e se vai.
Não aguento e deixo o grito que estava preso na minha garganta sair junto com as lágrimas e os soluços.
Me jogo na cama novamente e choro sem parar enquanto as palavras nojentas do homem ecoam pela minha cabeça me fazendo ficar atordoada.
Nem sei por quanto fiquei naquela tortura interna mas sou tirada dos meus pensamentos com a porta sendo aberta mais uma vez. Porem agora não era Rodrigo ou qualquer homem mas sim Hanna que me encarava com preocupação.
- Kelly... - Ela joga a bolsa em qualquer lugar.
Me levanto devagar ainda com lágrimas nos olhos.
- Fala comigo...
Abro a boca para fala mas não consigo, apenas vou até ela e a abraço chorando mais.
- O que esta sentindo? - Ela pergunta afagando minhas costas.
- Eu estou morrendo aqui... Não vou suporta. - Respondo entre soluços.
- Kelly, só me diga que sim e eu te ajudo a sair daqui. Odeio a idéia de você longe mas você não tem que passar por isso.
Por um momento meu coração se alegra em considerar a possibilidade de aceitar ajuda mas logo Afasto a idéia.
- Não! Eu não vou te colocar mais problemas... Não agora que você está feliz com Stefan e Dimitri. Foi por isso que eu não te contei do meu plano de fuga, você tem que ficar segura.
- Eu estou bem segura Kelly, você que parece não esta, você tentou me ajudar e agora estou retribuindo. Então aceite a minha ajuda porque você sabe que precisa, vocês precisam... E esse não é um dos casos em que posso tomar a decisão por nós duas, você precisa aceitar. - Ela diz olhando para minha barriga.
- Não, você vai ficar bem longe disso... Eu vou da um jeito. - Digo a última parte num fio de voz nada segura.
- Como? - Ela pergunta desconfiada.
- Eu não sei... - Desabo.
- Muito cuidado com o que vai fazer Kelly, eu posso tenta te proteger de tudo com todas as minhas armas mas existem chances de eu não conseguir. Não quero perde você, melhor viva nesse inferno com chance de reverter do que a morte. - Ela me abraça novamente.
- O que espera que eu faça? Ele disse que vai tirar a Kate de mim... Eu não suporta. - Digo com a voz embargada.
- Ele não faria isso, não tem nada no mundo que ele queira mais que vocês com ele. Por isso é tão louco e possessivo, não vai abrir mão do que ele lutou tanto para manter.
- Eu não vou aguentar ficar aqui...
- Não sei o que pretende fazer mas se precisa de ajuda, eu vou está aqui. E dessa vez não posso fazer isso sozinha, preciso mesmo do seu consentimento.
Minha situação deve realmente esta muito grave, pois é a primeira vez que ouço Hanna pedir consentimento para fazer alguma coisa.
- Só me prometa que independente do que acontecer comigo vai cuidar da minha filha! - Peço com lágrimas nos olhos.
- Kelly... Sempre! Mas garanto que você estará ao lado dela para ser a primeira protetora. - Ela me olha com repreensão mas suspira.
- Obrigado. - A abraço fortemente.
Somos interrompidas pelo segurança que faz a guarda da porta.
- Acabou o tempo senhora, você tem que ir. - Ele olha para Hanna.
Ela fuzila o homem e me da mais um abraço pegando a bolsa saindo.
- Isso vai te custa a vida. - Ouço ela ameaça o segurança antes de sair.
Me permito sorrir por um instante me sentando na cama suspirando.
P.O.V Gregory.
Olho para Rodrigo que vem em minha direção em meio a musica alta e as pessoas dançando.
- Chefe... - Ele me cumprimenta.
- E então? - Arqueio a sobrancelha.
- Fiz o que pediu, ela ficou muito apavorada e amanhã o professor vai até la.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: MINHA
Muito bom. Parabéns...