MINHA romance Capítulo 32

P.O.V Kelly.

Termino de passar o batom vinho que deixava minha boca maior que já estava mais carnuda por conta da gravidez.

- Repense, senhora Petrov... Isso não vai dar coisa boa. - Rodrigo andava de lado para outro.

Aliás ele anda assim desde de dois dias atrás quando eu o chamei aqui e disse que ia ser a nova prostituta da boate.

- Ué, não foi você mesmo que disse que eu daria muito lucro a casa e seria uma grande atração? Deveria esta animado. - Olho para ele atrás do espelho.

- Eu já expliquei que aquilo foi um equívoco e também expliquei que essa ideia é uma loucura.

- Que loucura?

- O senhor Petrov, ele vai ficar louco e matar todos nós. - Ele diz respirando fundo.

- Foi ele mesmo que me colocou aqui, ele mesmo que escolheu esse destino pra mim. - Digo sorrindo.

Sim exatamente isso, hoje vou enfrenta o meu pior pesadelo e descer para atender na boate. Na verdade espero que não chegue a tanto, eu quero apenas leva Gregory ao limite.

E assim vamos acabar com isso de uma vez ou ele me mata ou me tira daqui e me leva de volta a minha vida.

Eu sinceramente espero que seja a segunda opção.

- Senhora, não seja maluca... Ele já esta aqui e vai ve-la.

Sorrio com a informação sabendo que tudo esta se encaminhando do jeito que eu quero.

- Que bom, assim ele vai ver que como todos dessa máfia eu também sigo as ordens dele a risca.

Rodrigo soa e passa a mão na testa respirando fundo mais uma vez.

- Já são meia noite, você não vai descer? Com certeza a boate já esta cheia. - O apresso.

Ele me encara mais uma vez e balança a cabeça negativamente antes de sair me deixando sozinha no quarto.

Volto a minha atenção ao espelho e passo a mão na minha roupa parando na minha barriga.

- Só mais essa noite filha e eu prometo que vamos voltar pra casa minha filha. - Digo docemente acariciando o volume sobre o vestido.

Falando nele, caiu como uma luva no meu corpo. Apesar dos quilos a mais que ganhei ele ainda esta ótimo.

Me sento na cama e espero alguns minutos, os únicos que sabem do meu plano é Hanna e Luiz todos os outros me acham louca ou suicida. Gregory nem imagina o que estou preparando para ele que me deixa mais ansiosa e confiante.

Quando o relógio que estava pendurado na parede da 00:30 me levanto e respiro fundo saindo do quarto enquanto o segurança me da passagem. Conforme a ordem do Gregory ele me deixaria sair se caso decidisse descer para a boate.

Combinei com Rodrigo que quando desce o horário ele iria preparar o lugar para minha entrada triunfal. Ouço a música abaixar e enquanto ele me anunciava um filme de tudo que aconteceu até aqui passa na minha cabeça.

Respiro fundo e coloco meu melhor sorriso no rosto descendo as escadas, vejo que todos presentes se viram para mim, me fazendo ser os centro das atenções.

Mas claro que um em especial me chamou atenção, era ele meu carma ancestral mas conhecido como meu marido que tinha no rosto um misto de surpresa e raiva. Acabo o lance de escadas e a música volta a todo volume.

Algumas pessoas voltam para suas conversas ou para seus pares na pista de dança, porém a grande maioria continuava me olhando.

Mas não pude presta atenção neles pois Gregory entra na minha frente tapando a visão de todos. O encaro abrindo o sorriso do gato da Alice.

- O que pensa que está fazendo? - Ele pergunta com o maxilar trincado.

- Que bom que veio, eu estava com medo de você perde a minha estreia... Afinal você é o real motivo de eu esta aqui. - Digo sem tirar o sorriso do lábio.

- Você perdeu a noção do perigo...

Engulo em seco mas não deixo transparecer.

- Não estou entendendo chefe, só estou cumprindo uma ordem sua... Agora eu preciso ir da atenção para os clientes, porque como você disse prezamos pela qualidade do atendimento.

Dou um passo a frente mas ele segura meu braço me impedindo de ir.

- Eu vou matar você. - Posso ver o fogo em seus olhos.

- Cuidado, você só pode me tocar quando pagar uma bebida para mim... Sinto muito mais são as regras da casa, aliás tem que ser sem álcool porque eu estou grávida. - Digo tirando a mão dele do meu braço.

De jeito passivo agressivo vou jogando na cara dele tudo que me falou durante esses dias e espero que esteja doendo como doeu em mim.

- Kelly... - O interrompo.

- Aqui meu nome é Lorena. Eu realmente tenho que ir, caso queira ter uma conversa mais intima comigo fale com Rodrigo primeiro. Espero que tenha trazido a carteira, eu custo caro.

Saio sem olhar para trás confiante, mas por dentro meu coração parece um tambor e eu respiro fundo varias vezes, ele com certeza agora deve esta pensando em várias formas de seca o ar dos meus pulmões e cessar as batidas do meu coração.

Ando pelo local acenando com a cabeça para todos com sorriso, eu já mencionei que odeio boates? Vou até o bar e me sento no mesmo cruzando as pernas.

- Olá. - Ouço uma voz atrás de mim.

Me viro e fico sem reação em ver quem estava ali, já faz muito tempo mais eu nunca vou esquece-lo afinal aquele rosto era o motivo dos meus pesadelos.

Era o velho que eu vi na minha primeira noite na boate, o homem que tocou meus seios aqui mesmo nesse bar. A vida só pode esta de piada com a minha cara.

- Olá. - Sorrio.

- Se lembra de mim? - Ele pergunta se sentando a minha frente.

- Como eu poderia esquecer. - Respondo.

Minha visão se foca por cima dos ombros dele e vejo Gregory nos encarar sem nem piscar.

- Parece que esse tempo foi muito agitado pra você. - Ele aponta para minha barriga.

- Não imagina o quanto. - Respondo vendo ele pedir duas bebidas.

- Não se preocupe, não é pra você beber só quero agilizar as coisas. - Ele diz e meu estômago embrulha.

Foco Kelly!

- Que apressadinho. - Coloco a mão no seu ombro.

Mesmo com a iluminação baixa posso ver ao fundo o rosto de Gregory vermelho, na verdade quase roxo. Acho que veia no meio da testa dele esta pra estourar.

- Da última vez você me escapou, não quero que aconteça de novo. - Ele diz virando o copo de Vodka de uma vez.

Engulo em seco e assinto respirando fundo, é agora Kelly tudo ou nada.

- Vamos subir? - Pergunto e ele sorrir.

- Vou fala com Rodrigo...

- Não... Você fala com ele depois vamos agora.

Ele me encara por alguns segundos, talvez decidindo se aceita ou não mas não demora para se levantar e estender a mão para mim.

Dou a última olhada para Gregory e aceito sua mão deixando ele me guiar para cima. Subimos a escada rapidamente adentrando o corredor das suites de atendimento.

- Vamos procurar um vago. - Ele me puxa.

Ele tentou alguns mas estavam fechados, apenas o último no final do corredor estava aberto.

- Esta cheio hoje mas ainda bem que tem algo para nós. - Sem sobre aviso ele me beija.

Arregalo os olhos enquanto sua lingua esta dentro da minha boca, meu estômago revira e eu quero vomitar. Com dificuldade me separo dele.

- Você não se importa de eu está grávida? - Pergunto andando para trás.

- Não, quando minha esposa estava grávida eu me deliciei com ela. - Ele diz avançando.

Meu espaço acaba e eu sinto a parede atrás de mim, ficando encurralada. Ele me olha e começa a beijar meu pescoço.

- Não espera... - Não acabo de fala pois ouço um barulho e logo o velho cai no chão ensanguentado.

Olho apavorada para o corpo e levanto a cabeça vendo Gregory vir em minha direção com a arma em punho.

Fico parada no mesmo lugar sem me mover e deixo ele chegar até mim parando na minha frente, ele bufava como um touro e em um movimento rápido segurou minha garganta.

- Eu deveria te matar. - Ele diz entre dentes.

- Nós dois sabemos que você não conseguiria. - Digo com dificuldade por seu aberto.

- Eu deveria te matar e depois me matar, assim não haveria culpa.

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