P.O.V Gregory.
A madrugada fria estava no seu auge enquanto os homens trabalhavam a todo vapor descarregando no navio que acabará de chegar.
Olho o relógio e vejo que o Rolex dourado cravejado de diamantes marcava três horas da manhã em ponto. O porto estava vazio, essa era a hora perfeita para receber a mercadoria.
- Que frio do caralho. - Ivan vem até mim com as mãos enfiadas no sobretudo.
- Já esta acabando. - Respondo olhando para caixas já no cais.
- Esse carregamento tinha que chegar hoje? A meteorologia esta marcando menos três graus hoje. - Ele bufa fazendo uma fumaça branca sair de sua boca.
- Você sabe que tivemos que adiantar, daqui a dois dias a polícia vai fazer uma batida no porto e esse navio já deve está muito longe daqui. - Digo indo até as caixas.
- Malditos ratos, até nisso eles nos atrapalham.
- Esta de mal-humor hoje? - Pergunto rindo.
Ivan é meu amigo de infância, um piadista nato, esta sempre de bem com a vida.
- Eu tive um encontro hoje, era pra eu estar na cama com uma loira maravilhosa não aqui. - Ele me segue.
- Agora que Dimitri assumiu o lugar de capo, todos nós subimos também... Então eu sugiro que se acostume com as novas responsabilidades. - Digo e ele assente.
- Falando em Dimitri, ele não devia esta aqui?
- Sim, mas ele esta muito ocupado com a noiva para se importa com outra coisa. - Digo revirando os olhos.
Dimitri é meu outro amigo de infância. Ivan, Dimitri e eu sempre fomos um trio de melhores amigos.
- Já vi que não foi com a cara dela. - Ele rir.
- Considerando que Dimitri me fez seguir sua noivinha pela Itália inteira, com certeza não gostei dela. - Digo sério.
- Me diga de quem você gosta? - Ele pergunta rindo.
Já vi que o bom-humor voltou.
- Com certeza não de você mané. - Digo bagunçando seu cabelo.
- Ei não toca. - Ele protesta alinhando os fios.
Balanço a cabeça negativamente rindo.
- Já terminamos chefe. - Um dos homens aparece na minha frente.
- Abra. - Digo olhando para um dos caixotes.
O homem baixinho e calvo rapidamente me obedece, abrindo o caixote revelando as novas aquisições da máfia. Eram belas armas desde pistolas até metralhadoras.
- Que belezinhas em, até estão brilhando. - Ivan diz olhando para dentro.
- Sim... - Não posso termina de fala pois sou interrompido.
Um dos seguranças a aparece na nossa frente, carregando outro homem pelo colarinho da camisa.
- Olha o que encontramos chefe. - Ele diz jogando o homem aos meus pés.
Olho para baixo e vejo o rato assustado tremendo, ele era braco, tinha cabelos pretos e olhos escuros... Usava um moletom surrado e um tênis sujo.
- Não me mate por favor. - O imbecíl começou a chorar.
Reviro os olhos sem paciência, odeio covardia.
- Qual a situação? - Ignoro o idiota e olho para meu homem.
- Ele estava escondido, gravando com o celular. - Explica levantando a mão com o aparelho nas mãos.
Volto a olhar o verme que estava no chão e faço um gesto com a cabeça, o segurança entende e o levanta fazendo o imbecíl fazendo ele ficar de joelhos.
- Eu só vou pergunta uma vez... O que estava fazendo aqui? - Pergunto calmamente.
O idiota tremia tanto que eu podia ouvir os dentes batendo... Não era pelo frio e sim pelo medo.
- Eu... Eu vim... Aqui... Para... Para vê o que estava... Sendo... Descarregado... Eu... Eu achei e que era... Alguma operação... Secreta do... Do governo... - Ele gagueja ta tanto que quase não consigo entender.
- Um conspiracionista. - Ivan diz rindo e todos o seguem.
- Bom, você não devia esta aqui. - Digo calmante olhando para o caixote.
Olho por alguns minutos e escolho a a Glock semiautomática G19X. Coloco um pente carregando e a engatilho.
- NÃO... POR FAVOR NÃO... Eu tenho mulher e filhos... Não faço isso... - O verme de desespera mas o segurança o segura com firmeza.
- Ah que pena, mais uma viúva no mundo. - Sorrio e encosto a arma na sua testa puxando o gatilho.
Os miolos do idiota se espalham pelo chão, sujando o terno que o segurança usava.
- Elas são boas. - Digo olhando para arma.
- Não são tão barulhentas. - Ivan comenta.
- Limpe isso, leve-o daqui e faça parecer um assalto... Afinal essa cidade anda muito violenta. - Digo colocando a arma de volta ao lugar.
Eles assentem e começam a se mexer... Me afasto indo em direção a saída onde meu motorista me aguarda.
- Sabe que hoje tem uma reunião do conselho né? - Ivan pergunta e eu bufo.
Odeio aqueles velhos idiotas, diplomacia nunca foi comigo. Eu sou muito mais da ação e ter que presta contas do que eu faço me irrita.
- Sim eu sei, e eu não vou. - Digo entrando no carro.
- Isso pode te causar problemas. - Ivan alerta do lado de fora.
- Dimitri é o capo por isso, ele lida com os velhos.
- Acontece que agora você é o subchefe.
- E é por isso que vou esta na minha casa, sentado do meu escritório, tomando uma bela Vodka. - Digo sorrindo.
- Gregory...
- Boa noite Ivan... - Digo e dou permissão para o motorista da partida.
...
Adentro a mansão Devan andando rápido até o escritório de Dimitri. Abro a porta e entro sem bater.
- Dimitri sabia que eu tenho coisas pra fazer e não posso vim correndo toda vez que você me chama. - Digo me sentando na sua frente.
Estava na cede da máfia mas tive que lagar tudo assim que ele me ligou.
- Más notícias para você meu amigo. - Ele diz cruzando os braços.
- Eu disse não ia naquela reunião... Você sabia. - Me adianto antes da bronca.
- Você vai ocupar meu lugar, como sabe... Diego mandou que eu te desse a ordem de se casar. - Ele diz de uma vez.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: MINHA
Muito bom. Parabéns...