P.O.V Kelly.
Sentada no chão da sala eu olhava as centenas revistas com os catálogos de vestidos de noivas, acho que Nadia trouxe mais de trinta modelos para eu escolher.
- O ideal seria mandar fazer um especial para você mas vocês quiseram adiantar a data para tão cedo. - Nadia diz olhando uma das revistas.
- Sogrinha eu não quero um vestido feita sob medida, um lindo vestido desse já esta bom. - Digo também analisando um dos modelos.
Nem pensar em adiar o casamento, preciso da Cristina aqui o quanto antes, falando nela eu queria que ela estivesse aqui para escolher meu vestido comigo porém isso não vai acontecer.
- Tudo bem querida, é o seu dia... Você já sabe o que o Gregory vai usar? - Ela pergunta docemente.
- Por que eu deveria saber? - Pergunto com o cenho franzido.
- Como assim Kelly? É claro que você tem que saber o que ele vai usar, se depender do Gregory ele usa um dos ternos do closet e não podemos deixar isso acontecer. - Ela diz e eu sorriu.
Com certeza Nadia é uma ótima mãe quem dera eu tivesse tido uma mãe como ela.
- Tudo bem sogrinha, eu vou falar com ele.
- Você pode fazer isso agora, dependendo do que ele for usar você pode escolher o modelo do vestido mas formal ou mais despojado. - Ela sugere.
- Mais não sei onde ele esta? Ele não deu as caras desde o almoço.
- Deve esta no quarto vermelho. - Ela diz e eu franzo o cenho.
- Quarto vermelho? - Pergunto curiosa.
- Sim, é no terceiro andar, segunda porta a esquerda. - Ela diz despreocupada olhando a revista.
Ainda confusa me levanto deixando as revistas de lado seguindo para cima, eu realmente não sei o que ela quis dizer com quarto vermelho mas estou assustada e ao mesmo tempo curiosa.
Adentro o terceiro andar e sigo até a porta indicada, percebo que em cima da porta tem uma espécie de alarme vermelho que esta apagado, tomo coragem e sem bater adentro o cômodo.
Olho em volta e abro a boca em surpresa por vê o que estou vendo.
- Você realmente não bate na porta né? - Gregory diz de costas para mim.
- Olha quando sua mãe disse que você estava em um quarto vermelho eu imaginei um quarto de corro com algemas e chicotes na parede... Mas um estúdio para revela fotos? Realmente me surpreendeu. - Digo surpresa.
- Ainda posso usar algemas em você quando quiser. - Ele diz malicioso se virando.
- Estou bem obrigada, quer dizer o mafioso insensível gosta de fotografias? - Pergunto olhando em volta.
- Elas não se mexem, não me contestam e não entram sem bater. - Ele me manda uma indireta.
- Elas também mostram belezas, belezas que sinceramente achei que fosse incapaz de percebe-las. - Dou de ombros.
- Estava errada mas não se preocupe ainda vai saber muito sobre mim Kelly. - Ele diz chegando perto.
O jeito que esse homem pronúncia meu nome é quase pornográfico, eu não posso nem descrever o que me causa quando ouço ele sair de sua boca.
- O que veio fazer aqui? - Ele pergunta parando bem perto de mim.
- Vim pergunta o que vai usar no casamento?
- Um dos meus ternos. - Ele diz como se fosse óbvio.
- Errou feio. - Faço uma careta.
- Então o que quer que eu use? - Ele pergunta.
Dou de ombros sorrindo.
- Vamos fazer um joguinho, se eu aceita ganho um beijo. - Ele diz com sorriso de lado.
- Tudo bem, vamos lá Petrov. - Provoco.
- Um smoking?
- Errado.
- Um fraque?
- Nunca vai conseguir ganhar. - Provoco rindo.
Ele me encara com a sombrancelha levantada mas para e me olha.
- Quer que eu compre um terno novo sob medida só para o casamento. - Ele diz e eu o olho surpresa.
- Acertou. - Digo e ele sorrir de lado.
Sem nem dar tempo de eu pensar Gregory me agarra passando a mão na minha cintura colando seu corpo no meu. Sua lingua invade minha boca e eu puxo seu cabelo entrando no ritmo do beijo.
Suas mãos passam pelo meu corpo e param na minha bunda a apertando, arfo com o prazer sentindo seu membro duro roça na minha intimidade que a essa altura já esta molhada, com impulso ele me joga pra cima fazendo eu enrosca minhas pernas em sua cintura.
Cravo a unha em suas costas por cima da camisa branca, ele me costa na parede e eu ouço um clique. Ainda sobre seu domínio ele me leva para cima da mesa e me põe sentada mordendo meu lábio inferior.
Abro meu olhos e percebo que o clique que ouvi foi do interruptor e que agora o cômodo esta sob uma luz vermelha que deixa tudo mais quente. Gregory se separa um pouco de mim e abre o primeiro botão da minha blusa só então percebo o que estamos fazendo.
- Espera... Espera... - O afasto.
- O que foi? - Ele pergunta ofegante.
- Não podemos fazer isso. - Digo saindo de cima da mesa.
- Por que não? - Pergunta me encarando.
- Por que o combinado foi só um beijo. - Digo me virando fechando o botão.
Ouço ele bufa.
- Parece que eu fiz a escolha certa e te tirei da boate, você não serve pra ser prostituta. - Ele diz num tom ácido.
- Como é que é? - Pergunto me virando imediatamente.
- Uma prostituta tem que saber se oferecer e você claramente não sabe, você não é desse tipo. - Ele diz irônico.
Ah então é assim Gregory, tudo bem vamos brincar. Dou três passos lentos em sua direção e fico a milímetros do seu rosto.
- Eu sei que você esta acostumado a ter vadias que se esfregão aos seus pés mas não sou o tipo de mulher que se oferece, eu sou o tipo de mulher que é conquistada...
- Ah é? - Ele pergunta olhando para minha boca.
- Sim. Eu sei que você nunca teve essa sorte e quer muito isso mas vou te dar um aviso, tome cuidado porque o homem que deita na minha cama não é quer mais sair dela. - Digo e lhe dou um selinho me afastando saindo da sala.
Três dias depois...
Estamos em uma festa chata da máfia onde eu tenho que sorrir e parecer uma estatua de porcelana, eu nem sei o motivo dessa. Talvez não tenha motivo e eles só querem uma oportunidade de usar suas joias e roupas caras.
- Então essa é famosa kelly? A nossa futura segunda dama. - Um homem de cabelos brancos para na nossa frente me olhando de cima a baixo.
- Sim, sempre se lembre disso Tomás. - Gregory responde me puxando pela cintura.
Ele sempre faz isso quando estou perto de outro homem, para marca território talvez.
- Quem dera meu filho desse a sorte de conhecer uma mulher tão bonita quanto essa. - Ele diz com pesar.
- Por favor Tomás, seu filho não tem competência para ter uma mulher como a minha. - Ele diz com desdém.
Eu poderia reclamar por ele está falando como se eu não estivesse aqui? Poderia. Iria adianta? Não.
- Eu vou procurar a Hanna. - Digo em seu ouvido.
- Tudo bem, mas tome cuidado fique por perto.
Assinto e saio olhando para os lados, logo a encontro sentada em uma das mesas afastada dos outros.
- Pensei que fosse boa demais pra vir a esse tipo de evento. - Digo me sentando ao seu lado.
- Eu não tinha muito o que fazer e vim acompanhar o Dimitri, mas já estou me arrependendo. - Ela da ombros.
- Não é tão ruim assim.
- Não pra você. - Ela diz pegando uma flor do vaso que decorava o local começando a despedaça-la.
Olho em volta parando em Nadia e Ivana.
- Já reparou nas nossas sogras. - Digo olhando para as duas.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: MINHA
Muito bom. Parabéns...