Negada pelo Destino: Presa nas Sombras do Vínculo de Companheirismo romance Capítulo 21

Hector

Than não me deu a chance de pensar, o que sem dúvida fazia parte de seu plano estratégico. Seus guerreiros permaneceram posicionados longe de nossas fronteiras. Perto o suficiente para manter um olhar atento sobre o movimento dentro e fora dos terrenos da matilha, mas longe demais para que eu considerasse uma ameaça iminente.

Não podia fazer nada sobre ele estar em terras neutras.

Aumentei os números em nossas fronteiras, até mesmo convocando nossas reservas, que eram guerreiras aposentadas ou guerreiras que foram treinadas, mas estavam em uma pausa para ter filhos.

Permaneceríamos em alerta máximo até ele fazer seu movimento.

Ela estava acordada.

As palavras dele continuavam ecoando na minha cabeça.

Ela estava acordada.

Mas, por que ele a deixou e veio procurar Kaia e tentar reivindicar ela? Só faltou ter urinado em cima dela no banquete.

Precisei de toda a minha força interior para manter sua gravidez em segredo. Eu queria limpar aquele sorriso do rosto dele, machucar como ele me machucou. Ah, como eu adoraria que ele soubesse que eu tinha seu filho na minha matilha.

Seu filho, o herdeiro da Matilha Deserto de Âmbar, estava sob meu controle.

Eu estava pensando no jogo a longo prazo agora, precisava me lembrar disso.

Era como um jogo de xadrez, e Kaia era minha Rainha agora. Um herdeiro é a coisa mais importante para um alfa, para que nosso legado continue.

Ele escolheria Kaia, não teria escolha. Teria que escolher.

Não ignorei Kaia, cada segundo do meu tempo tinha sido consumido pela defesa da matilha.

Ela não confirmou que Than era o pai, mas ele tinha que ser. Por que mais ele entraria e colocaria a mão nela, tentando a reconquistar?

Meu lobo continuava frustrado. Para ele, Kaia era uma fêmea solitária, grávida e precisava de proteção. Ele não gostava da ideia de ela retornar à Matilha Deserto de Âmbar, mas que escolha eu tinha?

Precisava salvar ela de alguma forma.

Encontrei Kaia com alguns dos jovens machos e fêmeas no campo de treinamento.

Qualquer jovem macho em idade de acasalamento iria flertar com uma linda fêmea, mas algo em mim não gostava que meus jovens guerreiros em treinamento ficassem interessados nela.

Deve ser o desejo de proteger o bebê. Mesmo que fosse dele.

— Você não me respondeu ontem à noite, quando mencionei o pai do bebê.

— Não tem muito o que dizer.

— Acho que tem. Seus guerreiros permanecem perto de nossas fronteiras e não mostram sinais de que vão embora. Acho que eles estão prontos para atacar a qualquer momento para reivindicar você de volta.

— Reivindicar... — Ela zombou, como se isso fosse a última coisa na mente de Than.

Eu discordava. Ele era possessivo, arrogante e ganancioso. Ele pensaria que ela também é dele.

— Você me surpreende. Não acha que ele te quer?

Ela parou no meio do caminho, me forçando a parar ao seu lado. Ela soltou seu braço do meu, dando um passo para trás.

— Alfa Hector... ele não pode saber sobre o bebê. Terei que contar a ele um dia, mas ainda não. É muito cedo. Entendeu?

— Sim, eu entendo. — Eu sabia o que ela esperava de mim, entendi que ela não queria que Than soubesse. Mas de forma alguma minha resposta se transformou em uma promessa de não contar para Than.

Eu não podia desistir da minha única esperança.