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Negada pelo Destino: Presa nas Sombras do Vínculo de Companheirismo romance Capítulo 41

Ponto de Vista do Than

Não podia acreditar no que via, uma traição completa. Ela não passava de uma traidora.

Não só foi diretamente para a matilha inimiga, como também se enredou completamente no meio da matilha com eles... Com ele.

Não havia como enganar, a leve curva da sua barriga quando se virou de lado.

Ela estava grávida, aquela vadia estava grávida... E por ele.

Se ela achava que a gravidez ia me impedir, estava completamente errada. Na verdade, aquilo só me deu mais motivação para derrubar os dois.

Não perdi tempo e afastei meus subordinados imediatamente... Ela precisava saber a verdade e precisava saber naquele momento mesmo.

Eu precisava separar eles, precisava deixar ela vulnerável... Sozinha.

Ele ficava protegendo ela o tempo todo, mas se ela soubesse que ele só a estava usando, ela ia fugir, do mesmo jeito que fugiu de mim. Mas daquela vez, eu ia esperar. Ia estar preparado.

Ela não iria escapar de mim de novo.

Dirigi sozinho de volta para a Matilha Deserto de Âmbar, Zane fez a escolha certa ao não vir comigo e mandar alguns dos guerreiros de volta. O resto seguiu em outros carros. Eu não esperei por eles. Meu pé estava pressionado no acelerador durante toda a viagem, nem mesmo parando nos sinais vermelhos.

Meu humor estava sombrio, minha aura sufocando até a mim mesmo. Nem mesmo com a janela totalmente aberta o clima se aliviava; estava difícil até de segurar o volante.

O que eu realmente precisava era de uma válvula de escape para minha raiva. Queria me transformar e correr, matar animais na forma de lobo, mas não tinha tempo. Estávamos contra o tempo como nunca antes.

Passei pela porta da matilha em alta velocidade, fazendo a conexão mental com os guardas para me deixarem passar. Eu não queria parar.

O carro derrapou até parar, batendo contra um grande vaso de planta do lado de fora da casa do alfa, porque nem deu tempo de pisar no freio: já era tarde demais.

Saí do carro, empurrei a porta com força e fui direto para a minha casa, nem me preocupando em fechar a porta do carro atrás de mim. Não ia ficar ali por muito tempo.

Entrei furioso na casa do alfa e encontrei Alora no meu escritório, sentada na minha mesa, mexendo no meu computador.

Os olhos dela brilharam quando viu que eu tinha voltado antes do previsto. Em qualquer outro dia, eu apreciaria a reação dela com a minha chegada antecipada, mas não naquele momento.

— Than? — Ela me olhou com hesitação quando não retribuí o sorriso feliz dela.

— Preciso de uma foto dele com você.

— Oi, Alora... Senti sua falta, Alora... — Ela começou a rir sozinha, achando meu comportamento estranho divertido. Até balançou a cabeça enquanto voltava a atenção para o computador.

— Alora... eu realmente não tenho tempo para isso. Você tem a foto ou não?

Saí furioso do meu escritório, à procura de uma fotografia. Eu tinha feito ela destruir tudo, mas ela devia ter guardado alguma coisa... Qualquer coisa que eu pudesse usar.

Tinha me assegurado de que ninguém mexesse nas coisas dela, mas ainda havia algumas caixas desde que ela se mudou da casa dos pais.

— E então Than... O que está acontecendo? — Alora veio atrás de mim, subindo as escadas em direção ao nosso quarto. Mas, de última hora, mudei o rumo. Ela não deixaria nada à mostra ali. Se estivesse em algum lugar, seria nas caixas que sempre deixamos no quarto de hóspedes.

Eu não conseguia me controlar, meu coração estava em chamas... Meus olhos só viam vermelho. Nunca tinha sentido uma raiva assim antes, nem mesmo quando descobri sobre Hector e Alora.

Eu nem sabia quem estava mais furioso com o fato dela estar grávida, meu lobo ou eu.

Primeiro, Hector queria a minha companheira. Naquele momento, ele tinha minha esposa... E a engravidou.

Comecei a rasgar as caixas de papelão, destruindo tudo até que não sobrasse nada aproveitável. Quando terminasse, seriam só pedaços inúteis.

Na minha busca frenética, joguei os pertences da Alora no chão, coisas que eu não conseguia nem olhar enquanto ela estava em coma, lembranças da nossa infância.

Ingressos de cinema, flores secas dos buquês silvestres que eu tinha colhido para ela, cartinhas bobas de amor... Até um pacotinho de balas de coração do Dia dos Namorados que passamos juntos. Mas eu não mostrava nenhum carinho, nenhum valor àquilo, enquanto Alora tentava impedir minhas mãos de fuçar ainda mais caixas.

Foi então que caiu aos meus pés.

Um diário preto, de quando ela tinha 16 anos, antes de beber o acônito.

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