Eu me levantei pela manhã, e como sempre eu senti o cheiro do café que certamente o Pietro estava fazendo, eu fui direto pro banheiro tomar meu banho pra ir trabalhar.
Eu estava sentindo um vazio inexplicável no peito, e as lembranças do dia anterior me fizeram derramar algumas lágrimas.
- Se eu tivesse outro lugar pra ficar, eu iria embora daqui, falei baixinho pra mim mesma.
Eu fui pro quarto me arrumar, já que o banheiro ficava separado do quarto.
Quando eu estava pronta, eu fui tomar o café da manhã, eu sentei na mesa e o Pietro olhou nos meus olhos, coisa que ele tinha feito de tudo pra evitar na noite anterior.
Pietro: Você estava chorando?
Eu desviei o olhar dele, e continuei em silêncio, tentando não demonstrar o quanto a atitude dele me deixou mal, mas ele continuou insistindo em conversar comigo.
Pietro: Jessy, se você está assim pelo o que aconteceu ontem, eu...
- Me poupe das suas justificativas Pietro, eu não quero ouvi-las.
Pietro: Por quê você está tão irritada? foi você que saiu daqui ontem e foi se botar pra cima do meu irmão, se tudo aquilo aconteceu foi por sua culpa.
- Culpa minha? foi você que chegou na cama ontem se roçando em mim, dizendo que me queria, me beijando e ficando de pau duro, pra depois ir pro banheiro bater punheta, me deixando plantada na cama sem entender porra nenhuma, falei já explodindo e me levantando da mesa.
Ele se levantou também e continuou falando atrás de mim.
Pietro: E isso é motivo pra você sair daqui e ir se oferecer pro Zuca? eu dei o que você queria não dei? ter sido fodida ontem igual uma cadela não foi bom pra você?
Eu me virei e dei um tapa na cara dele, e as lágrimas desceram pelo meu rosto compulsivamente.
Ele me olhou incrédulo, como se esperasse tudo de mim, menos um tapa.
- Eu não ligo que o seu irmão, ou qualquer outra pessoa, me chamem de puta, ou me tratem como se eu realmente fosse uma, mas você Pietro, você...
Eu pausei minha fala em meio aos soluços, mas depois continuei.
- Você é tudo aquilo que eu nunca tive, você cuida de mim, me protege e se preocupa comigo, você é o tipo de cara que consegue fazer qualquer pessoa se apaixonar por você, e por mais errada que eu pareça ser, você era a última pessoa que eu esperava que me tratasse da forma como você me tratou ontem, você não Pietro.
Eu dei as costas pra ele e ele segurou pelo meu braço.
Pietro: Jessy, espera...
- Por favor, me solta, eu já estou atrasada pro meu trabalho.
Eu puxei o meu braço, e saí do apartamento tentando parar de chorar, mas parece que quanto mais eu tentava, mais lágrimas caíam.
O caminho até o trabalho parecia mais longo do que o normal, e eu fiquei repassando a cena do Pietro me fudendo sem olhar pra mim, e aquilo estava me maltratando por dentro.
- Bom dia Amanda!
Amanda: Bom dia Jessy, o que aconteceu? você estava chorando?
- Não foi nada demais, eu estou bem.
Amanda: Tem certeza?
- Tenho sim, qual casa eu vou limpar hoje?
Amanda: Hoje você vai limpar uma mansão.
- Uma mansão? eu vou sozinha?
Amanda: Não, vai dois rapazes e uma moça, como eles já possuem transporte próprio, eles vão direto pro local, agora pode ir que a Van já está aguardando pra levar você.
- Tudo bem.
O lugar era um pouco distante, ficava em um condomínio fechado de luxo, só tinha mansões, o lugar era magnífico.
Quando cheguei na mansão, os rapazes já haviam começado a limpeza, a moça era uma metida, nem olhou pra minha cara, já os rapazes se apresentaram, e era um mais lindo do que o outro.
Téo: Olá, você deve ser a Jessy, tudo bem? eu me chamo Téo, esse é o Leandro, e aquela é a Lara.
Leandro: Muito prazer, você é nova nesse serviço, não é?
- Sim, eu comecei a pouco tempo, mas já entendi como funciona tudo.
Téo: Os donos da casa estão trabalhando, e querem tudo limpo até a hora que eles voltarem, muito cuidado com as coisas, se quebrar ou sumir algo, será descontando do bolso de todos nós, não importa quem seja o culpado, como a gente já iniciou o serviço nesse andar, você pode iniciar no andar de cima, quando a gente terminar aqui, nós subimos pra ajudar você.
- Tudo bem.
Eu voltei a olhar pra moça, mas a cara dela era de superioridade, eu nem precisei falar com ela pra odiá-la.
Eu subi pro andar de cima e comecei o meu serviço, um tempo depois o Téo subiu e começou a me ajudar, e ficamos conversando enquanto limpávamos uma das suítes, que era muito maior que o apartamento do Pietro.
Téo: Você não é muito novinha pra trabalhar com isso não?
- Sim, mas ignoraram a minha idade, acho que foi porquê estavam precisando muito de alguém pra esse serviço, mas eu agradeci muito por ter conseguido, pois eu estava sem grana pra cuidar da minha vida.
Téo: Você tem a maior cara de patricinha, da a impressão que vem de família rica.
- Sim, meus pais tem boas condições financeiras, não são milionários como os donos dessa mansão, mas eu vivia confortavelmente.
Téo: E porquê tá trabalhando limpando a casa dos outros se você vivia bem com eles?
Eu olhei pro Téo pensativa, e fiquei me perguntando se eu deveria fazer com ele a mesma coisa que fiz com o Bruno, o Téo era um homem absurdamente gato, e a casa era tão grande, que ele poderia facilmente me comer sem ninguém ver.
Téo: Você ficou pensativa, provavelmente você tem alguma história que não pode contar.
- É que toda vez que toco nesse assunto com um homem, ele fica de pau duro.
O Téo me olhou abismado, e ficou totalmente sem reação por alguns segundos, e eu tentei agir naturalmente, como se as minhas palavras não tivessem tido efeito nenhum.
Téo: Eu não sou tão fraco desse jeito, ao ponto de ficar assim apenas ouvindo uma história.
Lara: Que história?
A metidinha apareceu querendo entrar na conversa, mas o Téo ficou estranhamente assustado.
Téo: Nada demais amor, já terminou lá em baixo?
- Amor? ela é sua namorada?
Lara: Namorada não, esposa e eu não gosto de ver ele de conversinha com ninguém, ainda mais no trabalho.
Téo: Não começa Lara, a Jessy é uma colega de trabalho.
Lara: Uma colega que começou hoje, é uma completa estranha, e eu chego aqui e encontro você de papinho com ela.
Eu não me aguentei e comecei a rir, eu já não gostei dela de cara, e eu tinha mais um motivo pra tornar o dia dela em um completo inferno.
Lara: Você tá rindo de quê garota?
- Do quanto você é surtada.
Lara: Você não viu foi nada minha filha, chega perto do meu marido pra você vê o que é surtada.
Téo: Cala a droga da boca Lara, você tá me fazendo passar vergonha.
- Nossa, que falta de profissionalismo, como você consegue trabalhar com essa maluca?
Lara: Maluca é sua mãe sua vadia...ela pegou um balde com água suja e jogou em cima de mim.
Téo: LARA, QUE PORRA VOCÊ FEZ, TA MALUCA? ele gritou.
Lara: Não acredito que você tá gritando comigo na frente dela.
Ela deu as costas e desceu as escadas chorando, enquanto eu estava molhada e suja.
- Eu não acredito que essa louca fez isso comigo.
Téo: Jessy, me desculpa, ela é doente de ciúmes, você não é a primeira que ela age assim, ela faz isso com qualquer pessoa que se aproxima de mim.
- Como você aguenta isso cara?
Téo: Nem eu sei, sei lá, eu gosto dela.
- Gosta? só gosta? não ama? ah, deixa pra lá, não quero saber, eu vou procurar um banheiro social pra eu tomar um banho, mas não sei como vou ficar sem uma roupa limpa pra usar.
Téo: Eu sei onde tem um banheiro social, já limpamos essa mansão outras vezes, eu te levo lá, e você me dá suas roupas pra eu colocar pra lavar e secar.
- Tá, e enquanto isso eu fico como? pelada no banheiro esperando?
Téo: Você pode ficar de roupão, depois a gente lava e seca antes de irmos embora e ninguém vai perceber.
- É, parece uma boa ideia.
Ele foi andando na frente pra me mostrar o banheiro social, e eu já estava cheia de pensamentos pecaminosos.
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