A noite chegou, e mais uma vez eu fui traída pelos meus próprios sentimentos, e a minha incapacidade de cumprir as promessas que eu fazia pra mim mesma, me deixava angustiada, por que dentro de mim, existia algo que fazia o meu coração saltar pela boca, todas as vezes que eu sentia a ameaça de não ter mais o Pietro ao meu lado, era algo que trazia dúvidas, e ao mesmo tempo certezas, dúvidas sobre o meu futuro, e a certeza que eu o queria nele, independente do caminho que eu viesse a seguir, eu precisava do Pietro na minha vida.
Desde a nossa discussão, ele saiu, e não voltou mais, eu sabia que ele continuava envolvido com as questões das vendas das drogas, e que ele era uma peça fundamental pro bom andamento do negócio, mas eu não sabia como seria a minha vida, se ele se torna-se meu namorado.
Os meus pais sempre tiveram um certo preconceito com as pessoas menos favorecidas, e por mais que o tráfico enchesse o bolso do Pietro de grana, o local que ele morava, já seria um fator decisivo pra uma recusa da parte dos meus pais, pra abençoar esse relacionamento.
Eu fugi de casa porque nunca apanhei deles, por que sempre tive uma relação de amor e carinho com eles, porquê me senti traída, e por mais que eu soubesse que eu errei, o meu pai não tinha esse direito de me bater, eu o amava, mas ainda não havia o perdoado, embora eu soubesse que teria que passar por cima da mágoa, se quisesse a ajuda dele ou da minha mãe pra comprar um carro, o que não seria uma tarefa fácil, pois eles jamais iriam concordar que eu trabalhasse limpando a casa dos outros.
Pietro: No que você está pensando?
O Pietro entrou no quarto, e me pegou sentada no chão, com as costas escoradas na lateral da cama.
- Em tanta coisa, eu sou tão nova e tão cheia de problemas, eu preciso resolver a minha questão com os meus pais.
Pietro: Tá pensando em voltar pra casa deles?
- Não, mas se eu quiser ter o meu carro, eu terei que voltar lá.
Pietro: Como assim?
- Eu não tenho idade pra ter um carro no meu nome, eu tenho habilitação, mas pra ter um carro, eu vou precisar deles, e lá onde eu trabalho, eu preciso ter um transporte, eu descobri que preciso deles hoje quando fui comprar um pra mim.
Pietro: E como você pretendia pagar por um carro, se faz apenas uma semana que você começou a trabalhar?
- Eu tenho uma grana guardada, não é muito, mas eu iria vender esse cordão aqui pra comprar um melhor.
Pietro: Anda, levanta.
Ele falou puxando a minha mão.
- Pra quê?
Pietro: Vou te levar a um lugar.
- Que lugar?
Pietro: Deixa de fazer perguntas Jessy, anda logo.
Eu me levantei e o segui até uma outra rua, onde tinha vários carros estacionados, a maioria de grande porte.
- Como eu nunca me dei conta desse espaço?
Pietro: Você nunca muda o seu caminho, sempre vai e vem pelo mesmo lugar, tem uma praça muito bonita a uns cinco quarteirões daqui.
Ele tirou do bolso uma chave e destravou um dos carros, era um Chevrolet Trailblazer.
Pietro: Toma, você pode usar esse até conseguir comprar um carro bom pra você.
Eu fiquei parada, de boca aberta, olhando pra chave que ele estava querendo que eu segurasse.
- Esse carro é seu?
Pietro: Sim, esse, aquela hilux ali e duas motos.
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