Resumo de Essa casa não – Uma virada em Ninfa Sexual de Sol Rodrigues
Essa casa não mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Ninfa Sexual, escrito por Sol Rodrigues. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Eu entrei pela mesma portinha que eu entrava sempre, abri ela cuidadosamente pra não fazer barulho, pois eu queria surpreender o Pietro.
Aparentemente o galpão estava vazio, as vans não estavam lá, e não tinha nenhum armamento na mesa, nem drogas, e também nem sombra do Pietro.
- Que estranho, ele disse que estaria aqui, será que ele foi com o Zuca fazer essa entrega? perguntei pra mim mesma.
Eu caminhei um pouco mais pra frente, pra ter uma visão mais ampla do lugar, quando eu comecei a ouvir a voz de uma mulher, vindo da mesma sala em que a Camile ficou presa.
Eu fui me aproximando lentamente pra tentar ouvir o que ela dizia.
Quando eu cheguei a meio metro da porta, o meu coração ficou acelerado, as minhas mãos começaram a suar, e um sentimento de revolta invadiu o meu coração, a mulher estava gemendo, enquanto pronunciava o nome do Pietro.
"Aaah Pietro, mete com mais força gato, aaaah"...
Eu dei mais um passo e abri a porta de uma vez, e peguei o Pietro comendo a mesma mulher que ele comeu em cima do sofá.
Ela estava de costas pra ele, com as duas mãos na parede, enquanto ele comia ela por trás.
Os meus olhos se encheram de lágrimas, e eu lutei com todas as minhas forças pra que elas não caíssem, mas dessa vez eu não saí correndo feito uma louca desesperada, eu fiquei e olhei pro Pietro, fazendo ele enxergar toda a dor e decepção do meu peito.
Pietro: Jessy, por favor, que droga Jessy, porquê você veio aqui, eu... que merda, não é isso que você está pensando, ela é só uma...Porra, porra, porra!
Ele ficou gaguejando, xingando e tentando justificar algo que não tinha justificativa.
Ele pegou a roupa dele e vestiu desesperado, eu dei as costas e saí andando lentamente, tentando não acabar com o resto da dignidade que eu tinha.
Ele correu atrás de mim, e me segurou pelo braço, mas eu puxei com tanta força, que nem parecia eu.
Pietro: Jessy, você não deveria ter vindo aqui.
- Você tem razão Pietro, foi um erro vim aqui, e você não me deve satisfações de nada, nós não temos nenhum compromisso, você não me prometeu amor eterno, se bem que eu sou puta demais pra merecer o seu amor, agora volta lá e termina o serviço, a mulher tá esperando.
Pietro: Não, espera, vamos por favor conversar.
- Não, esse tipo de conversa não vai existir entre a gente nunca mais, você já deixou bem claro que de todas as mulheres existentes no mundo, eu sou o pior tipo pra você se relacionar, e pra mim tá tudo bem.
Eu continuei andando, e ele me deixou ir, sem questionar mais nada.
Eu fui pro apartamento, deitei na cama e chorei a noite inteira, eu não entendia como ele teve coragem de pedir pra eu não transar com mais ninguém, e ele continuar transando, eu não entendia o motivo de ser tão fácil pra ele transar com outra, e tão difícil transar comigo.
Naquele momento, as palavras que ele havia dito pra mim, não fazia mais sentido como fez quando eu as ouvi.
- Que paixão é essa que arde por outra pessoa e menos por mim? que raios de paixão é essa que magoa, machuca e maltrata? falei pra mim mesma, aos prantos.
O sol nasceu, e eu nem se quer havia pregado os olhos, eu me obriguei a levantar pra ir trabalhar, pois mais do que nunca eu precisava de dinheiro.
Eu fiz a minha higiene pessoal, me arrumei, e pela primeira vez eu não senti o cheiro de café na casa, o Pietro não havia voltado, e eu tive a leve impressão que ele estava fugindo de mim.
Eu tentei disfarçar o meu rosto vermelho com maquiagem, mas foi em vão, de longe dava pra notar que eu passei horas chorando.
Eu olhei pra chave do carro na mesa, e decidi não usar, eu iria dar um jeito na minha vida, sem precisar do Pietro mais pra nada, além da moradia, mas até isso seria provisória, como deveria ter sido desde o início.
Eu saí mais cedo, com a intenção de pegar um ônibus, pois não podia mais tá pagando táxis pra ir pro trabalho.
Eu passei pelo beco, e vi o Pietro com dois cafés nas mãos, ele se colocou na minha frente e me entregou um.
Pietro: Desculpe por não fazer o café da manhã pra você, eu não posso sair daqui enquanto o Zuca não der sinal, então eu comprei esse aqui.
Eu olhei pro café e peguei, depois me desviei do Pietro e continuei andando, mas ele me chamou.
Pietro: Jessy?
Eu parei de andar, e respirei fundo pra não jogar na cara dele tudo o que estava entalado na minha garganta, e olhei pra trás, esperando pelo o que ele iria falar.
A Amanda ligou pra residência dos meus pais, e tentou trocar o horário, mas eles não aceitaram, o que era estranho, primeiro que nós nunca havíamos contratado esse serviço pra nossa casa, pois tínhamos uma pessoa próxima que ia limpar toda semana, segundo que a agência ficava bem distante da residência dos meus pais.
Amanda: Sinto muito Jessy, mas eles já estão esperando você pra limpar o local.
- Isso tá muito estranho Amanda, não faz sentido eles contratarem o serviço dessa agência, eles sabem que eu trabalho aqui, só pode ser isso.
Amanda: Se eles soubessem, eles teriam especificado que queriam você pra limpeza Jessy, mas deixaram em aberto, correndo o risco de ir qualquer pessoa pra lá.
- Se eu for, eu corro o risco de não voltar mais, eles vão me prender em casa.
Amanda: Mas se você não for, você vai ficar sem emprego, pois a Kelly não vai ser tão compreensiva assim quanto eu, e aqui quem manda é ela Jessy.
Eu fiquei parada, pensativa, sem saber o que fazer, eles não iriam me deixar sair, talvez fosse uma armadilha, e mesmo que não fosse, assim que eles me vissem, eu não teria mais como fugir.
- Eu me demito Amanda, eu posso conseguir outro emprego, mas se eu for pra lá, eu não vou ter mais nada, pelo menos até os meus 21 anos.
Amanda: Você tem certeza Jessy? pensa bem, você pode aproveitar o momento e se entender com eles.
- Eu tenho certeza, eu não vou colocar os meus pés lá.
Amanda: Tudo bem Jessy, eu vou ligar aqui pra eles e vou dizer que a moça da limpeza faltou, depois eu ligo pra Kelly e explico a situação, mantenha o seu celular ligado, dependendo do que a Kelly decidir, eu ligo pra você vim amanhã.
- Tudo bem.
Eu guardei o meu material de limpeza no depósito, confiante que eu voltaria no dia seguinte.
Eu fiquei caminhando pela rua, tentando colocar a minha cabeça em ordem, tudo estava saindo do controle, eu não tinha nada além do Pietro pra me segurar, e não sabia o que fazer pra equilibrar a minha vida.
Eu sentei no gramado de uma praça verde e bonita, de frente pra um lago, tirei o celular do bolso e liguei, me dei conta que eu não poderia passar um ano da minha vida fugindo, na semana seguinte eu faria 20 anos, e até eu fazer 21, eu precisaria me entender com os meus pais, então eu decidi fazer uma ligação, que mudaria totalmente o rumo das coisas, eu liguei pro meu pai.
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