Resumo de Voltando pra casa – Uma virada em Ninfa Sexual de Sol Rodrigues
Voltando pra casa mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Ninfa Sexual, escrito por Sol Rodrigues. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
Eu já havia adiado demais a minha saída do apartamento, mesmo sabendo que algo assim iria acontecer, e que ambos iríamos nos magoar, uma pequena faísca de esperança dentro de mim pensava que poderia ser diferente.
Era pra eu ter ido embora na nossa primeira discussão, na primeira vez que eu me senti humilhada e insuficiente, na primeira vez que me senti evitada.
Eu ergui a minha cabeça, com os olhos vermelhos de tanto chorar e fui pro quarto pegar as minhas coisas, não existia motivo nenhum pra esperar até o dia seguinte, e embora já estivesse tarde, não existia nada no mundo que me convencesse a ficar mais uma noite no apartamento do Pietro.
Eu peguei apenas aquilo que levei quando pedi pra ele me acolher, deixando pra trás todas as coisas que ele havia comprado pra mim.
Só existia um caminho que me levava até um lugar de fácil acesso pros taxistas, e pra mim chegar até lá, eu teria que passar por onde o Pietro sempre ficava de guarda.
Eu saí do apartamento e fui fortalecendo a minha própria mente, pra não tentar nenhum tipo de conversa com o Pietro na tentativa de me justificar, afinal eu não precisa justificar nada pra alguém que não era nada meu, pra alguém que podia transar com quem ele quisesse, mas tirava esse mesmo direito de mim.
- De machista, já basta o meu pai, falei pra mim mesma.
De longe eu vi o Pietro encostado na parede, segurando uma arma, acompanhar de mais dois caras.
Ele só se deu conta que era eu, quando eu me aproximei.
Eu passei por ele e não o olhei nos olhos, eu fingi que ele não era ninguém, mas ele não me ignorou.
Pietro: Jessy...
Eu ouvi ele me chamar, e continuei andando, eu já estava cansada de brigar pelos mesmos motivos e fingir que tudo iria ficar bem depois.
Pietro: Eu estou falando com você...
Eu o ignorei mais uma vez.
Ele correu e se colocou na minha frente, me obrigando a parar de andar.
Pietro: Pra onde você pensa que vai saindo assim tão tarde? eu falei pra sair amanhã Jessy.
Eu o encarei, depois me desviei dele e continuei andando.
Pietro: Você faz as suas merdas e é você que fica com raiva?
Ele falou atrás de mim.
Eu juro que eu tentei ignorar, eu entrei em guerra comigo mesma pra continuar o meu trajeto pra não precisar entrar em outra discussão, mas eu não iria levar essa culpa sozinha.
Eu olhei pra trás, e ficamos nos encarando, em meio a uma tensão que era quase palpável.
- Merda eu teria feito se eu fosse sua namorada, sua esposa, alguém pra você chamar de sua. Eu não devo fidelidade pra você, não devo explicações sobre o que faço ou pra quem eu dou a minha buceta, e mesmo que eu te devesse algo, eu teria toda liberdade do mundo pra continuar agindo como eu agi, levando em consideração que você fudeu uma mulher por mais de uma vez, mulher essa que não era eu, então soca essa hipocrisia no seu cú.
Eu voltei a dar as costas pra ele e segui o meu caminho, porém eu não consegui segurar as lágrimas, estava doendo muito, era uma dor tão grande, que era quase insuportável.
Eu peguei um táxi e voltei pro lugar que eu havia prometido que eu jamais voltaria, eu fui pra casa dos meus pais.
Eu fiquei longos minutos em frente a casa, tomando coragem pra tocar a campanhia, pra mim era humilhante demais ter me esforçado tanto pra no final voltar atrás.
- Coragem Jessy, não tem mais o que se fazer, falei pra mim mesma.
- Eu sei que não sou, mas eu quero ganhar essa liberdade de vocês, eu quero continuar trabalhando como house cleaner, preciso que comprem um carro pra mim, pois nesse trabalho é necessário que eu tenha um, e em troca eu prometo que entro em uma faculdade, me formo e tento ser a melhor filha do mundo até ter a idade certa pra eu viver a minha vida.
Mãe: Limpar a casa dos outros pra quê Jessy? pra quê se prestar a uma humilhação dessas?
- Não é humilhação nenhuma trabalhar dignamente mãe, eu quero ter o meu próprio dinheiro, quero fazer minhas próprias escolhas.
Mãe: Mas não precisa trabalhar limpando a casa de ninguém, nós temos contatos, conseguimos um emprego pra você mil vezes melhor em questão de minutos.
- Você não entende que eu não quero que ninguém facilite nada pra mim? que eu quero conseguir conquistar minhas coisas por mim mesma? eu não estou pedindo muito pra vocês, eu só preciso de apoio, e de um carro, são coisas que estão totalmente dentro do alcance de vocês.
Eles ficaram um tempo em silêncio, e eu estava impaciente com a demora da resposta, mas enfim a resposta veio.
Pai: Você promete que não vai mais fugir e nem vai mais aprontar outra daquelas com a gente? o Marcelo era casado e alguém da família minha filha, aquilo foi algo sórdido e sujo.
- Eu já sei disso pai, e sim, eu prometo.
Pai: Bom, se é pra manter você aqui com a gente, sem essa rebeldia toda e tornar você alguém mais responsável, tudo bem.
- Você jura? perguntei animada.
Pai: Sim, eu juro, amanhã vamos comprar o seu carro, mas você já vai pra faculdade nesse semestre que está chegando, tudo bem?
- Combinado.
Eu me levantei e abracei o meu pai, e depois a minha mãe, que não estava nada feliz com aquela decisão, mas eu ignorei a cara de decepção dela, e me concentrei no futuro, pois esse futuro era meu, e ninguém poderia saber o que era melhor pra mim além de mim mesma.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Ninfa Sexual