Ninfa Sexual romance Capítulo 24

Eu já havia adiado demais a minha saída do apartamento, mesmo sabendo que algo assim iria acontecer, e que ambos iríamos nos magoar, uma pequena faísca de esperança dentro de mim pensava que poderia ser diferente.

Era pra eu ter ido embora na nossa primeira discussão, na primeira vez que eu me senti humilhada e insuficiente, na primeira vez que me senti evitada.

Eu ergui a minha cabeça, com os olhos vermelhos de tanto chorar e fui pro quarto pegar as minhas coisas, não existia motivo nenhum pra esperar até o dia seguinte, e embora já estivesse tarde, não existia nada no mundo que me convencesse a ficar mais uma noite no apartamento do Pietro.

Eu peguei apenas aquilo que levei quando pedi pra ele me acolher, deixando pra trás todas as coisas que ele havia comprado pra mim.

Só existia um caminho que me levava até um lugar de fácil acesso pros taxistas, e pra mim chegar até lá, eu teria que passar por onde o Pietro sempre ficava de guarda.

Eu saí do apartamento e fui fortalecendo a minha própria mente, pra não tentar nenhum tipo de conversa com o Pietro na tentativa de me justificar, afinal eu não precisa justificar nada pra alguém que não era nada meu, pra alguém que podia transar com quem ele quisesse, mas tirava esse mesmo direito de mim.

- De machista, já basta o meu pai, falei pra mim mesma.

De longe eu vi o Pietro encostado na parede, segurando uma arma, acompanhar de mais dois caras.

Ele só se deu conta que era eu, quando eu me aproximei.

Eu passei por ele e não o olhei nos olhos, eu fingi que ele não era ninguém, mas ele não me ignorou.

Pietro: Jessy...

Eu ouvi ele me chamar, e continuei andando, eu já estava cansada de brigar pelos mesmos motivos e fingir que tudo iria ficar bem depois.

Pietro: Eu estou falando com você...

Eu o ignorei mais uma vez.

Ele correu e se colocou na minha frente, me obrigando a parar de andar.

Pietro: Pra onde você pensa que vai saindo assim tão tarde? eu falei pra sair amanhã Jessy.

Eu o encarei, depois me desviei dele e continuei andando.

Pietro: Você faz as suas merdas e é você que fica com raiva?

Ele falou atrás de mim.

Eu juro que eu tentei ignorar, eu entrei em guerra comigo mesma pra continuar o meu trajeto pra não precisar entrar em outra discussão, mas eu não iria levar essa culpa sozinha.

Eu olhei pra trás, e ficamos nos encarando, em meio a uma tensão que era quase palpável.

- Merda eu teria feito se eu fosse sua namorada, sua esposa, alguém pra você chamar de sua. Eu não devo fidelidade pra você, não devo explicações sobre o que faço ou pra quem eu dou a minha buceta, e mesmo que eu te devesse algo, eu teria toda liberdade do mundo pra continuar agindo como eu agi, levando em consideração que você fudeu uma mulher por mais de uma vez, mulher essa que não era eu, então soca essa hipocrisia no seu cú.

Eu voltei a dar as costas pra ele e segui o meu caminho, porém eu não consegui segurar as lágrimas, estava doendo muito, era uma dor tão grande, que era quase insuportável.

Eu peguei um táxi e voltei pro lugar que eu havia prometido que eu jamais voltaria, eu fui pra casa dos meus pais.

Eu fiquei longos minutos em frente a casa, tomando coragem pra tocar a campanhia, pra mim era humilhante demais ter me esforçado tanto pra no final voltar atrás.

- Coragem Jessy, não tem mais o que se fazer, falei pra mim mesma.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: Ninfa Sexual