Chegar em casa não foi uma tarefa fácil, eu estava totalmente abalada emocionalmente, sentindo que o mundo havia caído nas minhas costas.
Eu estava me sentindo assim não pelo fato de ter me dado conta que eu era uma viciada em sexo, mas por ter sido avisada pelo Pietro que eu iria perdê-lo, por ter sido avisada pela Camile sobre a mesma coisa, e eu simplesmente ter ignorado, como se isso não fosse verdade, como se eu tivesse controle de tudo, a verdade era que eu não tinha controle de nada, nem sobre mim mesma.
Eu cheguei em casa e fui direto pro meu quarto, e fiquei aliviada por não encontrar os meus pais em casa, eu jamais poderia dividir esse problema com eles.
Eu arranquei as minhas roupas como se elas estivessem me sufocando, entrei no banheiro, liguei o chuveiro e deixei a água escorrer sobre os meus ombros, como de isso fosse o suficiente pra me livrar do peso que eu estava carregando.
Eu gemi de dor, com a água se misturando as minhas lágrimas, não era dor no corpo, era dor na alma, daquelas que somente a morte seria capaz de aliviar.
Sem nenhum controle sobre mim mesma, eu levei a minha mão até a minha buceta, e comecei a me masturbar descontroladamente, em meio aos gritos de culpa e decepção, quanto mais eu gritava, mas eu movimentava os meus dedos, como se a masturbação fosse apagar tudo aquilo que estava passando pela minha mente.
- Goza sua puta, goza sua vagabunda, vadia, aaaaah...
Qualquer pessoa que me visse nessas condições, iria querer me internar.
Eu gozei logo em seguida, enquanto cravava as minhas unhas com a outra mão em um dos meus peitos, ao ponto de ferir.
Eu estava sentindo ódio, não ódio das pessoas, mas de mim mesma, por ser uma doente.
Depois de tudo, eu me enxuguei lentamente, como se eu tivesse no modo automático, e deitei na cama, totalmente nua, esperando o meu corpo reagir, e eu ter forças pra cuidar da minha vida.
Depois de um tempo eu me obriguei a me levantar pra comer, a metade do dia já havia ido embora, e a tarde seria de trabalho, e eu precisava estar bem disposta pra nova fase que estava se iniciando.
Enquanto eu me alimentava, eu liguei pra Camile, afinal uma equipe não era constituída apenas por duas pessoas, eu precisava de mais gente, e eu não tinha mais ninguém pra trabalhar comigo além dela.
Camile: Onde você se enfiou que quando eu acordei você já não estava mais?
- Eu tive que vim em casa me ajeitar pra ir buscar meu dinheiro na agência.
Camile: O que você tem que está com a voz fanha? ou você estava chorando ou está gripada.
- É, eu estou me sentindo doente mesmo.
Eu não queria ter que admitir que ela estava certa, já era difícil demais ter que admitir pra mim mesma.
- Eu estou te ligando pra chamar você pra trabalhar comigo, está começando a aparecer casas pra limpar e eu preciso de mais uma pessoa pra me ajudar.
Camile: Eu não gosto de limpar nem o meu quarto Jessy, quanto mais a casa dos outros.
- Pelo menos você vai ter grana Camile, e não vai mais cair na tentação de vender droga pros outros.
Camile: Você vai ficar passando isso na minha cara por quanto tempo?
- Sei lá, ainda guardo ressentimentos, mas e então? vai trabalhar comigo ou não? se eu arranjar outra pessoa pra colocar no seu lugar, não vai adiantar se arrepender, eu não vou demitir ninguém pra colocar você, aproveita a chance se quiser.
Camile: Você vai me pagar quanto?
- Vinte dólares a hora, pego você na sua casa e levo de volta, nos dias que eu não puder, eu pago sua passagem.
Camile: E o almoço?
- Leva marmita de casa por enquanto, não posso pagar almoço agora.
Camile: Tá bom, eu aceito.
- Ótimo, passo aí daqui a 1 hora pra gente trabalhar.
Camile: Como assim? já tem que começar hoje? Agora?
- Sim, tenho que tá na residência do homem as 15:00hrs.
Camile: Minha nossa senhora Jessy, e eu vou limpar a casa dele com o quê? eu nem tenho o material pra isso.
- Eu já comprei material o suficiente Camile, deixa de desculpas e se arruma.
Camile: Ah, tá bom.
Eu finalizei a ligação, e fiquei olhando pro resto de comida na minha frente pensativa, quando o celular começou a tocar.
- Jessy Falando.
"Boa tarde, é a moça que trabalha com limpeza " ?
- Sou eu sim, como posso te ajudar?
" Você tem horário livre pro sábado" ?
Eu fiquei um tempo em silêncio, pensativa se eu deveria ou não trabalhar aos sábados, ou semente de segunda a sexta.
- Sim, apenas pela manhã.
" Que maravilha, então eu vou querer contratar os seus serviços ".
- Como você se chama?
" Milena".
- Envia pra mim o seu endereço por mensagem Milena e o horário que devemos chegar na sua residência.
Milena: Enviarei sim, muito obrigada.
Embora eu não quisesse trabalhar aos sábados, eu não podia recusar clientes, eu precisava fazer o máximo de contatos que eu pudesse, pra ter uma lista grande de casas pra limpar.
Eu saí um pouco mais cedo de casa, passei em uma loja e comprei uma agenda, afinal era preciso se organizar, pra não pegar casas além do que eu podia.
Passei primeiro pela casa da Camile, depois fomos em direção ao Bronx pra pegar a Lara.
Camile: Eu juro que eu te daria uma surra se eu fosse essa garota Jessy.
- Ah Camile, não começa, eu já me desculpei com ela.
Camile: E desde quando desculpa é o suficiente por destruir um casamento Jessy?
- Eu estou dando um emprego pra ela não estou? é uma boa forma de se desculpar.
Camile: As vezes eu tenho medo de você sabia?
- Não deveria, eu sou um anjo.
Camile: O diabo também tem anjos, um anjo do diabo.
- Ah, vai se fuder...
Ficamos rindo da situação, embora eu soubesse que ela realmente tinha medo de mim.
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