Eu estava me sentindo tão exausta emocionalmente que quase não consegui me erguer pra sair do quarto, a Camile foi meu porto seguro, o meu verdadeiro apoio nesse momento, eu cheguei até a porta com muita dificuldade, como se nada mais em mim funcionasse direito, como se o meu coração estivesse em suas últimas batidas de vida.
Descer as escadas foi ainda mais complicado, algo dentro de mim me avisava que aquela seria a última vez que eu pisava ali.
O Pietro havia sumido, eu não vi mais ele e nem a vagabunda da namorada dele.
As pessoas que estavam na festa, olhavam pra mim como se eu fosse uma pobre coitada, enquanto eu ouvia a risada do Zuca esnobando de mim, de todas as humilhações que passei na minha vida, aquela tinha sido a pior.
Camile: Me da as chaves do carro Jessy, você não pode dirigir assim.
Ela me ajudou a entrar no carro e me levou pra casa dela, o meu celular começou a tocar e eu ignorei todas as ligações, eu não queria falar com ninguém, eu queria apenas morrer.
Já estava tarde, e ninguém nos viu entrando em casa, o que foi ótimo, assim evitada novas perguntas vindas da mãe da Camile, ela me ajudou a deitar na cama, tirou minhas sandálias, me cobriu com um lençol e logo em seguida ligou pros meus pais pra avisar que eu estava bem e que apenas havia pegado no sono na cama dela.
Meus pais sempre tiveram uma confiança absurda na Camile, seria terrível pra nós duas se eles descobrissem as coisas que já passamos juntas.
A Camile deitou do meu lado, me abraçou e sem dizer nada me fez sentir que eu não estava sozinha, eu fechei os olhos na tentativa de esquecer o inferno que foi o meu dia, e depois de muitas lágrimas eu finalmente consegui pegar no sono.
No dia seguinte a Camile me acordou pra trabalhar, e a primeira coisa que eu lembrei quando eu abri os olhos, foi da forma como o Pietro havia me tratado na noite anterior.
Eu pulei da cama, como se nada daquilo tivesse me atingido, como se eu fosse uma outra pessoa, como se não tivesse chorado rios de lágrimas na noite anterior.
Camile: Você está bem?
- Eu? eu estou ótima Camile, melhor impossível.
Ela me olhou com uma cara desconfiada, como se não tivesse acreditando em nada do que eu estava dizendo.
- Não me olhe com essa cara Camile, se eu estou dizendo que estou bem é porque realmente estou.
Camile: É impossível alguém que passou pelo o que você passou ontem, acordar tão bem assim, mas se você quer mentir pra si mesma.
Eu sabia que era tinha razão, que eu estava de fato mentindo pra mim mesma, mas eu me recusava a chorar novamente pelo Pietro, afinal ele havia feito a escolha dele, e eu havia acabado de fazer a minha.
- Se arruma que eu volto já pra buscar você, eu vou em casa.
Camile: Tá bom, vê se não demora pois estamos quase em cima da hora.
Quando passei pela sala, a namorada do Bruno estava sentada no sofá, e era uma péssima hora pra ela aparecer na minha frente.
- Bom dia Carolina, dormiu aqui também?
Carolina: Não, eu só estou esperando o Bruno mesmo, nós vamos sair.
A forma como ela me respondeu foi ríspida, como se ela não tivesse gostado nadinha de saber que eu havia dormido de baixo do mesmo teto que o namorado dela.
- Cuidado pra não dormir no sofá, ele é tão confortável que é fácil pegar no sono.
Carolina: Não costumo dormir em sofás.
- Ah, eu também não, mas eu já trepei em cima dele e sei que ele é super confortável.
Ela arregalou os olhos, e visivelmente ficou nervosa, e foi nesse exato momento que o Bruno apareceu, todo desconfiado.
Bruno: Sobre o quê estão conversando?
Carolina: Ela acabou de me dizer que ela trepou no seu sofá.
A cor dos lábios dele sumiu, e ele foi logo se explicando feito um desesperado.
Bruno: Amor eu posso explicar, não significou nada pra mim, eu...
Os olhos dela já estavam grandes, e quando ele se entregou, ficou ainda maiores.
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