Fiquei me sentindo mal por estar sozinha. Mas as minhas amigas não precisavam saber. Eu fiz a minha escolha, aliás com exceção da bebida, hoje era um comportamento meu comum, como em outras festas. Eu cansei de não aceitar convite de nenhum carinha que queria estar comigo. Eu só não conseguia porque eu realmente havia desenvolvido uma obsessão nociva pelo Luck. Não, isso não era saudável, mas fodasse, a maioria das pessoas no fundo não era.
Não passou dois minutos e eu decidi que não sabia de onde estavam saindo aqueles pensamentos, eu não sou assim...provavelmente era a bebida pensando.
— Gim com tônica, por favor — pedi, — Minha voz arrastando e meu estômago meio embrulhado. Fiz o pedido para um cara que preparou bebida para algumas meninas que estavam na mesa de sinuca. Eu sabia que ele não era um barman e nem meu subordinado, mas a bebida aparentemente me deu coragem para abrir a boca sem vergonha. Ele era um amigo de Luck, acho que se chamava Antony, sei disso porque lembro dele sempre andando com Luck nas outras festas.
— Acho que vou precisar da sua identidade. — Um homem de cerca de vinte anos disse com um sorriso brincalhão, empurrando-me o copo da bebida.
Eu ri secamente. Não estava com paciência. Era provavelmente a única noite de liberdade que eu teria antes que Madeleine voltasse e eu fosse para faculdade de Wharton, na Filadélfia cursar finanças e gestão de investimentos. Em seguida, iria dirigir junto com Madeline a Diamonds Enterprises, e eu estava ali sozinha, bebendo, ignorando variadas cantadas para ficar sonhando com alguém que eu não poderia ter.
— Você não deveria dar em cima dos clientes. — Seu tom é divertido. — Vai dar em cima de mim também se eu quiser uma bebida?
— Chupa meu pau Luck. Tá achando que eu sou seu empregado? Eu só sirvo garotas bonitas. — Antony, sorri para mim. Ambas as covinhas aparecendo em seu rosto moreno.
Virei surpresa para Luck. Ele estava sentado ao meu lado, com um dos braços apoiados na bancada. Sorriso maroto, ele estava me olhando com os olhos azuis mais lindos que eu já havia visto.
Você não parece menor de idade. — Ele sorriu para mim, degustando a sua bebida da garrafa.
Olhei para ele por um instante e não soube identificar se era comigo que ele falava. Admirei seus lábios tocando a bebida, as veias do seu pescoço levemente saltadas, seu peito que subia e descia lentamente.
— Ou, talvez, seja? — Ele me olhou semicerrando os olhos e me deixando sem ar.
— Como isso já tivesse importado para você. — O amigo, Antony interrompe. Risonho e sai do bar.
— Cala a sua boca, filho da puta! — Luck xinga, e não sei identificar se ele estava realmente sendo zombeteiro.
Parecia brincadeira a fala do seu amigo, mas me deixou tensa.
Quando ele se vira para mim, completo — Sim, quer dizer, não, não sou menor.
Sim, era uma mentira, mas convenhamos que dezessete não era uma idade tão ruim, eu faria aniversário em breve, acho que era isso que ele falava sobre ser menor. Afinal de contas eu sabia que Luck era mais velho que eu sete anos.
Ele sorriu de novo parecendo satisfeito.
— E o que uma garota linda como você faz aqui, sozinha?
Eu não havia percebido que estava prendendo a minha respiração até soltá-la profundamente. Admirei-o por alguns minutos antes de responder. Será que estava imaginando ou aquilo estava realmente acontecendo?
— Desculpe-me, eu não queria incomodar, mas você estava aqui sozinha.— Suas sobrancelhas uniram-se em desaprovação, ele levantou e se virou.
Instintivamente, levantei-me e segurei o seu braço. Ele me encarou com um olhar surpreso e, então, aproximou-se.
— Não vá. — Foi a primeira coisa que eu consegui pensar e falar.
— Ok — ele deu um espaço nas palavras para que eu me apresentasse.
— Nicole... me chamo Nicole.
Ele se aproximou do meu ouvindo e sussurrou:
— Estou te olhando há muito tempo, N-i-c-o-l-e — ele disse pausadamente. — Eu me chamo Luck e, a propósito, você tá muito gostosa.
Porra, aquilo não podia estar acontecendo! Não comigo! Ele nunca me olhava, e justamente hoje, veio falar comigo. Tudo bem, a roupa ‘programa por 20 dólares’’ está chamando atenção para cacete, mas cara, é o Luck Petrelli!. E ele está flertando comigo. Tentei sorrir o mais normalmente possível para não parecer tão boba.
— Bom, e pretende ir para que faculdade, Nicole?
— Wharton. — Digo.
— Na Filadélfia. — Ele completa. — O lar dos podre de ricos
Dou de ombros, um sorriso curvando sobre meus próprios lábios
— Eu estudei lá, — Completa. — Finanças.
— É, eu sei. — Falo com empolgação substituindo a bebida pela água da Alice. Se isso fosse acontecer eu gostaria de estar sóbria.
“Eu sei quase tudo sobre você”, pensei.
— É mesmo? — A sugestão de um sorriso cruzou o rosto
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Os comentários dos leitores sobre o romance: O bebê do bilionário
Cadê o resto dos capítulos?...