Sofia:
Depois daquele quase beijo passo a tarde toda pensando nesse homem maravilhoso que é meu vizinho.
Senhor, ele é velho.
Digo para mim mesma tentando achar alguns resquícios de repugnância. Não, ele é gostoso de mais.
Se precisar até compro uma cadeira de rodas.
Rio com meu próprio pensamento.
Meu celular vibra em cima da bancada e eu o pego.
Uma mensagem no WhatsApp de um número desconhecido me chama atenção.
Abro a conversa.
Número salvo.
Abro a foto de perfil e sorrio ao ver a foto do meu vizinho com uma garotinha.
Será que é filha dele?
Salvo também sr. Cross.
Espero mais alguns segundos antes da resposta vir.
Já disse para não me chamar de senhor, Sofia.
Sorrio antes de o responder.
É sinal de respeito
já que o SENHOR é mais velho que eu.
E mais uma mensagem sua vem em seguida.
Ai sofi, não me faça querer mostrar do que esse velho aqui é capaz.
É uma ameaça?
Mando a mensagem perguntando.
Um aviso. – Ele responde.
Respiro fundo e conto até três.
Não sirvo para flertar, meu coração é muito fraco.
Ao passar do tempo começo a conversar com Angela que me fará uma visita amanhã aqui em casa.
Vou assistir um filme e quando acaba vejo que já escureceu e a casa esta toda escura.
Já esta tarde e vou fazer algo para comer antes de tomar um banho e dormir.
Quando vou me deitar em minha cama o interfone toca e eu vou atender
- Alo. - Digo
- Boa noite senhorita, aqui é o Celso, desculpe por incomodar, mas a sua vizinha de cima pediu para eu avisar os moradores ao redor que o bichinho de estimação de sua filha fugiu, se a senhora vir algo, poderia nos avisar ou levar diretamente para elas? - ele pergunta.
- Claro sr. Celso. - Digo para ele.
- Obrigada senhorita, boa noite.
Após desligar o interfone volto para minha cama e me deito.
Passo uns 20 minutos olhando para o teto até que começo a me sentir com sono.
Mas o sono vai rapidamente embora quando sinto algo andando em minhas pernas por debaixo da coberta.
Antes que eu possa pensar em fazer algo sinto uma picada dolorida e quando vejo já estou gritando.
Saio da minha cama pulando numa perna só e chacoalhando as mãos e a perna que foi picada.
A dor que sinto em minha perna é enorme, mas meu coração quase para quando sinto duas mãos me segurando.
Eu grito com o susto antes que tapem a minha boca.
- Ei calma, sou eu, você está bem? - ouvir a voz de Dylan acalma meu coração.
- Ai meu deus, eu quase morri de susto. - Digo quase chorando.
- Quem quase morreu de susto foi eu, ouvi você gritando e pulei a sacada. Tem alguém aqui? - ele pergunta olhando para todos os lados.
- Um bicho enorme, está na minha cama. - Digo para ele que ergue a sobrancelha.
- Teve um pesadelo, por isso estava gritando? - ele pergunta.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O cara da porta ao lado
Amei. Eu só queria que Davina tivesse sobrevivido....