O CEO é Meu Pai romance Capítulo 58

Com carinho, Moira passou a mão na cabeça do filho. "Tá tudo bem. A mamãe tava andando no gramado depois de estacionar e acabou caindo."

"O tombo foi feio?" Perguntou a criança, ainda nervosa.

No entanto, o homem atrás do filho olhou para ela com desdém. Talvez ela conseguisse enganar o menino, mas ele conseguia ver com clareza que essa mulher parecia ter brigado com alguém na grama e tinha até alguns arranhões no rosto.

Ela não era mais jovem e ainda brigava como uma criança? E pensar que uma mulher com uma mente tão imatura era a mãe do filho dele. Isso o fazia se preocupar com o desenvolvimento da inteligência do garoto no futuro.

Moira ergueu os olhos. Quando ela percebeu que o homem a encarava, não conseguiu evitar sentir-se culpada e encará-lo de volta. "O que você tá olhando?"

Ela teve que passar um pouco de pomada nos pés. Infelizmente, parecia que não ter kit médico em casa.

"Mamãe, o que você tá procurando?"

"Me ajuda a achar um kit de primeiros socorros”, pediu Moira, vasculhando as caixas.

O belo homem atrás dela lançou-lhe um olhar frio. Em seguida, virou-se e caminhou em direção à porta.

O menino procurou junto com a mãe, mas não conseguiram encontrar nada.

No momento, Moira estava agachada na frente de um armário, vasculhando com cuidado dentre dele. De repente, alguém colocou um kit de primeiros socorros no chão, ao lado dela.

"Lucas, onde que você achou?" Moira no mesmo instante levantou a cabeça, alegre.

Quando ela viu quem estava ali, ficou atordoada por um instante. Foi Sage quem trouxe o kit. Aquilo certamente não pertencia a ela.

"Mamãe, esse é o kit do papai! Passa logo o remédio!"

Moira não se importava mais de quem era. Ela levou as coisas até o sofá e levantou as calças com gentileza. A parte de baixo do joelho esquerdo dela estava ralada e sangrando.

"Mamãe, como que você caiu? Como machucou o rosto e as pernas?" Perguntou o garotinho.

Moira pegou a pomada e passou na pele, mas não fez mais do que isso.

Nesse momento, o homem não aguentava mais. O que essa mulher estava pensando?

Ela não tinha nenhum conhecimento de medicina?

"Deixa comigo", disse Sage em voz baixa, antes de se aproximar de Moira.

Ao vê-lo chegar perto, ela ficou nervosa. "O que você tá fazendo?"

Sage segurou a perna esguia da mulher sem se importar com os sentimentos dela. Ele colocou a mão sobre o hematoma roxo e começou a massagear com força.

"Ai... Ai, ai... Por favor, toma mais cuidado, Sage. Tá doendo muito!" Moira estava sentindo uma dor insuportável. Os olhos dela ficaram vermelhos e começaram a lacrimejar no mesmo instante. Considerando que esse homem queria ajudá-la, será que não poderia pelo menos ser um pouco mais gentil?

"Aguenta", ordenou Sage com frieza.

"Ah... Hmm... Ah... Ai..." Moira estava tentando aguentar, mas não conseguia! A dor era grande demais para ela.

A seguir, foi ao quarto para trocar de roupa e então voltou ao sofá, onde ficou descansando um pouco. Ao olhar a hora, viu que eram quase 21h30. Era hora do garotinho dormir.

Mas, nesse momento, alguém abriu a porta. Era Lucas, que se aproximou dela parecendo preocupado. "Mamãe, você ainda tá com dor?"

"Já tô muito melhor. Tá tudo bem, eu só caí. Da próxima vez a mamãe vai tomar mais cuidado."

"Hm! Espero que sim... Vou arrumar uma lanterninha pra você colocar na sua bolsa e usar quando estiver escuro demais." O menininho estava muito preocupado com a segurança da mãe.

Moira apertou os lábios e sorriu. Ela olhou com gentileza para o filho, comovida. "Não se preocupa! Da próxima vez, a mamãe volta mais cedo. Vá dormir! A gente ainda tem que ir pra escola amanhã!"

"Hm! Por que você não vai dormir cedo também, mamãe? Boa noite", disse ele ao sair.

"Boa noite." Aí, Moira lembrou-se do encontro com Molly e ficou com tanta raiva que quis ver Morgan. Por que ele cancelou o noivado? Isso estava causando tantos problemas a ela.

No entanto, Moira não queria causar ainda mais confusão. Se ela dissesse a Morgan que a meia-irmã veio comprar briga, e ele fosse atrás de Molly, Moira não conseguiria se explicar de jeito nenhum para a outra mulher.

Naquela noite, Molly voltou para casa com o cabelo desgrenhado.

Vendo isso, Melissa logo perguntou com quem ela havia brigado, e Molly contou que foi a meia-irmã quem bateu nela. A mãe sentiu ainda mais ódio por Moira.

"Você vai ver só, Moira", ameaçou Melissa, amarga.

Elias esteve trabalhando até tarde nos últimos dias. Se ele descobrisse que as duas filhas tinham se agredido, não saberia o que fazer.