O CEO sem coração A nova fase do Rômulo

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LINDA

Nada demais aconteceu no sábado. Felizmente. Eu só fiquei assistindo o dia todo. No domingo a mesma coisa e quando chegou o domingo à noite eu fiquei pensando em ir para casa, pois tinha que trabalhar no outro dia, então depois de tomar um banho, colocar um vestidinho gola V que mostra o colar e o pingente que ganhei.

Penteei meus cabelos de lado e passei um creme hidratante. Então eu saí do quarto com a intenção de falar ao Rômulo que era melhor me levar embora.

Eu não vou dizer que não estou gostando de ficar na casa dele. Aqui tem comida boa e uma tv com séries maravilhosas, que aliás me deixaram viciada por esses dois dias de um jeito que eu nem lembrei que estava sentindo alguma coisa além de os surtos com os personagens, mas é a casa dele e eu acho estranho ficar aqui nessa folga toda.

Eu bati na porta do quarto dele e esperei.

Depois de algum tempo, a porta se abriu e eu o vi com uma camiseta preta (apertada nos bíceps), uma calça de moletom preta e estava esfregando a toalha nos cabelos.

— Olha só! Ela bateu na porta! — ele falou surpreso e ergueu um leve sorrisinho debochado. — Isso significa que nosso namoro terminou?

— Quem dera. — respondi em grande lamentando.

Ele abriu espaço e eu entrei no escritório.

— A que devo o prazer da sua visita?

— Que visita? Eu moro no quarto do lado. — fui direto para uma poltrona que parecia bem confortável e sentei nela. Ela era confortável.

Ele fechou a porta e veio para onde eu estava.

A poltrona ficava atrás da mesa dele.

Então é assim que se sentem os empresários? Emocionante. Fiquei até com o peito inflado.

— Mora? Então quer dizer que vai ficar por aqui? — ele se encostou na mesa e apoiou a mão esquerda nela.

— Muito pelo contrário. — me balancei na poltrona.

Além de confortável ainda é divertida! Gostei!

— Eu achei que você nunca iria sair daquele quarto. Já estava preocupado.

— Sério? Estava preocupado comigo? — fiquei surpresa. — Que lindo! Isso tem no contrato também? — ergui a sobrancelha o encarando e ele deu uma risada rápida e depois olhou pro meu decote.

— Tira o olho dos meus peitos, seu tarado! — cobri o local com a minha mão.

— Pelo visto gostou do presente.

Ah, ele estava olhando pra isso…

Eu segurei o pingente. — É. Até que foi sensível da sua parte.

— Eu espero que as coisas tenham servido de alguma forma para… você sabe… o luto. — ele se afastou da mesa e passou por outra porta que estava aberta ali.

— É. É muito bom ter as coisas do meu pai. Cada uma daquelas coisas tem um significado. — eu levantei da poltrona e fui até a porta.

Era o quarto dele.

E que quarto! Coisa chique. Quarto de dono. De empresário.

Uma cama enorme e alta, cores chiques, portas que eu não sei para onde davam, uma janela enorme. Tudo minimalista (tirando a cama que deve ser maioralista, se esse termo existir).

— Então… — ele estava arrumando os cabelos.

Lembrei do que vim tratar.

Então eu estava pensando que era melhor eu ir embora. Amanhã eu tenho que trabalhar. — me escorei na porta de braços cruzados.

Eu já falei com o Gustavo. Amanhã você não precisa ir. Assim se recupera por completo.

Você falou com ele mesmo? — fiquei curiosa e também surpresa com a

Falei. — ele se virou com o cabelo arrumado daquele jeito impecável de sempre. Dividido de lado, todo cheio de gel e todo no lugar. — Não precisa se preocupar com

Ah, tá bom então. — me afastei da

Meu Deus, que cama grande. Parece a cama do "Are you the one?".

— Tá olhando o quarto onde você já dormiu?

— O que? — eu fiquei assustada com a história.

— Quando você desmaiou a minha mãe me fez te trazer pra cá, depois que meu irmão levantou a história de que você era a minha namorada na frente dos policiais. — ele saiu do quarto, passando pela porta onde eu estava parada.

Nossa, como ele está cheiroso!

Mas essa história da cama eu não sabia.

— Apois… só estando desmaiada mesmo. Porque consciente eu não deixaria isso acontecer. — fui para a saída do escritório e ele me acompanhou.

Já fez coisa maior consciente.

Não fui eu que fiz. Eu sofri. — abri a porta e saí primeiro. Ele saiu logo depois, mas eu não olhei para trás, só andei na direção das escadas para ir para a sala.

Sofreu um beijo e um abraço? — ele perguntou rindo

Vai tomar onde o sol não bate, Rômulo! — desci as escadas e depois fui até a cozinha, ver se tinha alguém por ali, para assim o Rômulo sair do meu pé. Não achei ninguém. Nem o Sérgio que está em todo canto não estava por ali. — Cadê todo

Aqui. Nós dois. — ele sentou no sofá e ligou a tv.

E cadê a secretária e o Sérgio? — indaguei preocupada.

É domingo à noite. Eles estão na casa deles.

— E isso é comum?

— ele ficou mexendo no controle da tv.

do que? Só sobrou nós dois? — juntei as sobrancelhas e fui até a sala.

— E os seguranças.

Que estão lá fora. Então é melhor eu ir pra minha casa se aqui não tem a única coisa que me prende, que é a comida da sua

olhou pra mim. — Se você for, eu também vou e no apartamento só tem uma cama. — avisou.

— Você volta.

— Não.

— Dorme no sofá.