O CEO sem coração romance Capítulo 90

LINDA

— Toma um copo d'água, Linda. — o Gustavo me entregou e foi um sacrifício segurar o copo do jeito que eu estava me tremendo. Bebi a água e acabei ainda me molhando.

— Você acha que ele vai ficar bem?

— Vai sim.

— Você já o viu tendo alguma reação alérgica assim? — acabei quebrando o copo por causa da tremedeira.

— Não. Eu nem sabia dessa alergia dele. — ele estava mexendo no telefone. — Linda, eu tenho que ir e terminar a reunião. Ele vai ficar bem. Você fica aqui para quando o médico sair.

— Mas eu não sei o que fazer. — fiquei aflita.

— Só fica aqui e espera as notícias. Pega o celular dele e liga para a mãe dele, caso ele precise ficar internado.

— Internado? Ai meu Deus… — fiquei mais nervosa ainda.

— Qualquer coisa você me liga. Assim que eu terminar a reunião venho aqui pra ver, caso ele não tenha melhorado.

— Tá bom. — eu balancei a cabeça com o coração na mão.

Assim que ele saiu, eu fiquei sozinha no corredor e sentei na cadeira olhando para a porta da sala onde ele estava.

Estou com tanto medo.

Tô com medo de ele morrer.

Eu já perdi a minha mãe, já perdi o meu pai… eu não posso mais perder ninguém.

Comecei a chorar com medo.

Isso não pode acontecer comigo de novo.

Eu tenho tentado ser forte e ignorar a falta do meu pai nesses últimos dias. Até que esse namoro e as consequências dele tem me tomado os pensamentos e me distraído, mas agora, me vendo nesta situação o luto e o medo da perda me tomaram de novo.

E agora?

E se acontecer alguma coisa com ele?

Eu sei que nós não nos damos tão bem, mas as coisas estavam mudando nesses últimos dias. Ele está até me tratando diferente! Me propondo coisas que me fizeram acreditar que ele esteja interessado em mim.

Talvez ele tenha deixado de ser o Ceo sem coração.

E logo agora ele vai morrer?

Não pode.

Levantei e puxei um papel toalha para enxugar as minhas lágrimas. Então o médico saiu da sala e eu fiquei com medo do que ele iria dizer.

— A Srta é a acompanhante do Sr. Rômulo?

— Sim. — balancei a cabeça, tentando controlar as minhas emoções. Respirei fundo.

— A Srta faz parte da família?

— Da família? Bem, eu sou namorada dele.

— Certo. — ele balançou a cabeça, anotando alguma coisa no prontuário.

— Como ele está?

— Ele está em observação. Já foi medicado e vamos esperar a resposta da medicação no organismo dele.

— Mas ele vai ficar bem?

— Provavelmente.

Provavelmente não é um sim!

— Mas ele pode… pode não resistir?

— Vocês o trouxeram rapidamente para cá. Se tivesse demorado mais, sim.

Ele não respondeu se ainda pode.

Uma enfermeira chegou o chamando e ele pediu licença e saiu.

Eu aproveitei para entrar na sala. Mesmo sem perguntar.

Ele estava deitado no leito, com aquele cateter no nariz e um negócio no dedo.

— Enfermeira, você pode ver se a minha namorada está lá fora? Manda ela entrar. — ele pediu com um pouco de dificuldade na fala.

Eu fui para perto do leito dele. Ele estava com os olhos inchados, o rosto todo vermelho, os lábios também inchados. Nossa. Nem parece o Rômulo.

Meu nervosismo voltou.

— Sou eu. — sussurrei.

Ele não abriu os olhos, mas mexeu a mão até encontrar a minha e segurá-la.

— Sua mão está gelada. — ele sussurrou.

— É. — eu tentei me acalmar. — Você se sente melhor?

— A minha cabeça está doendo muito. Você pode apagar a luz?

— Posso. — soltei a minha mão da mão dele e fui apagar a luz, depois voltei para perto da maca e ele abriu um pouco dos olhos.

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