O CEO sem coração Ele tem interesse em mim

LINDA
Ele estava me beijando, assim, chegou com essa conversa, segurou meu rosto e me beijou!
Não como aquele beijo da festa, desta vez ele movimentou os lábios. Não tinha língua, mas ele movimentava os lábios.
Não é ruim, mas eu só não entendo porquê o Rômulo iria querer me beijar desse jeito.
Não tem polícia aqui nem mais ninguém pra gente fingir. Então ele não está fingindo.
Ele queria mesmo me beijar.
Ele tem interesse em mim.
Meu coração disparou mais com esse pensamento do que com o próprio beijo, que rolava ali e eu não podia fazer nada. De um lado o copo de refrigerante, do outro uma pilha de pizza e eu não pretendia desperdiçar nem um nem outro jogando no Rômulo.
Estava de mãos atadas naquela situação. Não tinha como pará-lo. A não ser que… eu vou aproveitar o beijo primeiro e depois eu faço isso.
Era bom de verdade. Do jeito que eu imaginava que fosse um beijo (com qualquer outra pessoa). Então ele acariciou a minha nuca e eu quase despenquei para trás. Me desequilibrei quando senti o quão gostoso era um carinho naquela região. Aí ele passou a mão pela minha cintura e me puxou para perto de seu corpo, deixando o beijo se afastar só por segundos. Então ele voltou a beijar a minha boca e desta vez eu senti a sua língua na minha boca (e com gosto de pizza. Tão romântico…) mas me deixou intimidada demais, então eu tive que fazer. Afastei meu quadril e levantei o joelho.
Isso. Naquelas partes.
Ele me soltou na hora e colocou as mãos no lugar, se encolhendo. — Linda, sua desgraçada!
Eu nem bati com força. Não foi um "Me solta!", foi tipo "Me solta, por favor".
— Isso é pra você aprender a não se aproveitar de mim. — eu fui em direção as escadas.
— Se aproveitando, o que? Você estava gostando! Deixou rolar. Se não quisesse já tinha parado no início! Agora faz uma porra dessas!
Ele tem muita estima a seus culhões.
Eu, gostando?
Tá. Eu gostei. Mas nunca vou admitir isso.
— Volta aqui. Não foge não. — ele falou e eu me apressei na escada. — Linda, a gente tem que resolver isso!
— Resolver o que, Rômulo? Não tem nada pra resolver. — fui para o meu quarto.
Meu Deus, eu já tô chamando de meu!
Desse jeito eu vou acabar fazendo o que ele quer daqui a pouco!
— Linda! — pelo barulho dos seus pés no chão eu imaginei que ele estaria vindo atrás de mim. Entrei no quarto, coloquei o refrigerante no chão e tranquei a porta de chave.
Agora eu quero ver ele entrar.
Peguei meu refrigerante e sentei na cama com a pilha de pizza. Comecei a comer na pilha mesmo. Mordendo as três de uma vez.
Deus, como estou nervosa.
Eu tô comendo a pizza junto com o beijo dele.
Ele me beijou! O Rômulo!
Sem dúvidas ele está fora de si. Deve querer mesmo alguma coisa comigo. O Rômulo que eu conheci não era assim.
Ele deve estar agindo por impulso e sendo nada racional.
Ele bateu na porta e eu dei um gole no refrigerante para não engasgar.
não foge. Esse assunto é sério.
— O que você quer dizer com isso? Nem tenta entrar porque eu passei chave na porta.
— Você está com medo de mim?
— Deveria.
— Linda, você ouviu o que eu disse?
— O que?
calado e depois acho que deu um soco na porta. Vou o que eu entendi do
Linda, nós podemos… Você… eu… Arg! Nós estamos mais próximos e já que somos namorados mesmo… você entende? É bom pra você e pra
que ele está sugerindo? Que isso seja de
não pode me dar um chute no meio das pernas toda vez que eu te
me beijou no momento em que eu nem podia fazer nada além disso.
E você achou ruim ou fez isso só pra manter a marra? Eu tô te dando tudo o que você nunca teve.
Eu não te pedi nada disso. — mordi a
que a porta está
Ok. Então tá bom… — parece que ele entendeu o meu recado e depois tudo ficou em silêncio.
comendo a minha pizza, tomando meu refrigerante e tentando não pensar em
Isso é um fora? — ele perguntou do nada. Eu tomei até um susto. Achei que ele já estava em seu quarto faz tempo. — Hein, Linda? Você está me dando um