O Duque que me amava - Série Capman's, Livro 1 romance Capítulo 3

Resumo de Capítulo 2: O Duque que me amava - Série Capman's, Livro 1

Resumo de Capítulo 2 – Uma virada em O Duque que me amava - Série Capman's, Livro 1 de Hellen Heveny

Capítulo 2 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de O Duque que me amava - Série Capman's, Livro 1, escrito por Hellen Heveny . Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

Marcel viu, ao longe, o começo das terras de seu pai.

Estava feliz por retornar para casa, principalmente por saber que, logo logo, a região seria o berço da recepção do mais novo nobre da coroa de Kent. O Duque de Gloucester, recém condecorado após seu desempenho mais que exemplar na guerra, havia escolhido o condado de FoxSparepara encontrar uma esposa, ai sua vida de nobreza começaria.

Sabia que o Duque de tinha muitas posses além de ser muito bem quisto pelo rei, que lhe dera tal título por ter sido um exímio líder de guerra. A família real era pequena, não haviam muitos nobres que, de fato, estivessem aptos para governar caso o príncipe viesse a falecer e, por isso, diante a instrução dos Adsumus, o rei o nomeou, afinal, era um homem de respeito.

Quando a carruagem passou pelo umbral de entrada, não demorou mais que alguns minutos para estar em frente a casa principal. Sua família não sabia da sua chegada que, certamente, pegaria todos de surpresa, mas aquilo não o incomodava. Adoraria ver suas irmãs e encontrar seus pais.

— Marcel? — a voz de Chelsea chegou aos seus ouvidos assim que pisou os pés para fora da carruagem.

Ele ergueu os olhos, o tempo havia feito muito bem a sua pequena irmã, que já não era tão pequena assim. Dois anos tornaram Chelsea uma bela jovem e, certamente, aquilo lhe taria muitas preocupações. Porém, seu sorriso desmanchou completamente a postura séria que Marcel tentava manter, então, ele somente abriu os braços, recebendo-a com todo carinho que podia.

— Olá, pequena! — falou, deixando um beijo entre os cabelos loiros. — Também estava com saudades.

— Mamãe não disse que você estava vindo, se eu soubesse, teria colocado um vestido mais bonito e arrumado meus cabelos! — ralhou a mais jovem, unindo as sobrancelhas claras enquanto olhava para o irmão.

Chelsea sempre foi muito ligada a aparência física, Marcel sabia o quanto ela odiava que a vissem mal arrumada, mas chegar de surpresa havia lhe dado a oportunidade de observá-la brincar com os cães, mostrando que ainda era a mesma garotinha levada que ele ajudou a criar, mesmo que não demonstrasse isso tanto quanto ele gostaria.

— Está linda! Não se preocupe com isso, e eu trouxe presentes, arrume-se com eles — ele tentou melhorar o humor da garota, puxando uma mala mediana e mostrando para ela. — Vamos, tenho presentes para você e para nossas irmãs!

— Presentes! Trouxe para mim um vestido da capital? — ela perguntou, animadamente, entrelaçando seu braço ao do irmão. — Brista está tocando piano, ela vai se apresentar no próximo baile, já Charlotte… — A loira se calou por alguns instantes, sua voz, normalmente aguda e muito animada, se tornou um tanto quanto triste. — Não a vejo desde o casamento, mamãe diz que a vida de esposa dela é muito ocupada e…

— Não a vê desde o casamento? — Marcel a interrompeu, deixando a mala no chão da sala de estar. — Como assim não foi visitá-la? Brista também não? Já faz dois anos!

— Mamãe não nos deixa ir, mas ela sempre vai — Chelsea parecia completamente insatisfeita enquanto falava. — Disse que Charlotte não tem tempo para nós.

Momentaneamente, Marcel decidiu não questionar mais, certamente, teria tempo para falar sobre isso com a mãe e ele mesmo iria visitar a irmã. Por dentro, irritava-se com o fato de Judith não levar as duas mais novas para visitar Charlotte em sua companhia, sua irmã ficou isolada por todo esse tempo?

Aquilo não lhe parecia nada bom.

Quando entrou na casa, ouviu a voz de Judith, sua mãe. Nunca teve um bom relacionamento com ela, normalmente, Judith era controladora demais para com suas irmãs e, apesar das garotas acharem que aquilo era normal, Marcel não concordava com as atitudes da mãe, que manipulava tudo para arranjar para as meninas propostas vantajosas. Teve medo de voltar de viagem e encontrar até a própria Chelsea, que tinha somente 16 anos, casada.

— Chelsea! O que eu disse sobre receber visitas como um animal selvagem? Olhe seus cabelos! — a voz de Judith soou por toda a casa, o grito foi alto o bastante para fazer a mais nova encolher os ombros.

Marcel suspirou ao notar a irmã murchar, vendo toda a animação e euforia ir por água abaixo. Odiava aquilo, odiava a forma como sua mãe as obrigava a manter a compostura até nos momentos mais íntimos. Sabia que a educação das moças era importante, mas sentia que suas irmãs eram cobradas demais e aquilo o machucava.

— Não ligue para isso, vá chamar Brista, quero vê-la! — falou, abaixando-se para deixar um beijo na testa da irmã e vendo-a e sumir de vista, indo em busca de sua irmã do meio.

Nesse mesmo instante, chegando à sala de estar, Marcel viu sua mãe de pé na escada. Judith nunca mudava, seu porte elegante e altivo estava ainda mais presente, assim como o olhar de julgamento, afinal, ele estava fora há dois anos e aquilo a irritava profundamente, afinal, a vida boemia que levara se espalhou até ali e chegou aos ouvidos de sua mãe.

— Resolveu lembrar que tem uma família, Marcel? — ela perguntou, com uma expressão fechada.

— Achei que era melhor voltar antes que casasse Brista e Chelsea com algum velho fazendeiro — alfinetou o rapaz, fazendo a mulher unir as sobrancelhas. — Também senti sua falta, mamãe.

— Marcel! Estou tão feliz que voltou! Soube do Duque? — ela disparou as perguntas rapidamente enquanto o soltava.

— Também estou feliz em vê-la! — respondeu o mais velho, tocando as madeixas loiras, surpreso pela noticia já estar nos ouvidos de sua irmã. — Sim, inclusive, ele virá passar a temporada em nossa casa!

— O QUE? — perguntaram as três mulheres em uníssono.

Então, toda a sala se tornou uma confusão de vozes e Marcel se viu num longo interrogatório sobre o visitante que chegaria dali a alguns meses.

***

Quando a noite já ia longe e a lua estava alta no céu, Judith se levantou de sua cama silenciosamente, vestindo o hobby de seda perolado e ajeitando a touca nos cabelos. Saiu silenciosamente, ouvindo os roncos de seu marido e revirando os olhos, resmungando como ele roncava feito um porco no meio da noite enquanto deixava seus aposentos, não sem antes pegar o saco pequeno de moedas que guardava em sua gaveta de roupas íntimas.

Caminhou silenciosamente até o escritório do marido, pegando papel e caneta, escrevendo um breve bilhete, dobrando-o e pondo num envelope. Judith não demorou a deixar o escritório e seguir em direção as escadas, ouvindo o ranger da madeira e amaldiçoando o linóleo velho enquanto caminhava, não podia chamar atenção de ninguém.

Seguiu para os fundos da casa, chegando à porta que levava até os jardins traseiros e ao pequeno casebre, onde sabia que os trabalhadores solteiros ficavam jogando cartas até tarde da noite. Sem vergonha ou timidez alguma ela se aproximou, recebendo um olhar de surpresa dos dois capatazes que jogavam xadrez e bebiam cerveja.

— Preciso que um de vocês leve isso até a fazenda dos Griffin — anunciou, com uma postura firme. — Meu marido e meu filho não devem saber, esse é o pagamento.

Ela jogou um saco de moedas de ouro sob o tabuleiro, bagunçando todas as peças. Os homens pegaram o saco e um deles o abriu, sorrindo ao ver a quantidade generosa de moedas. Então, ambos se levantaram e, aproximando-se, um deles pegou a carta de sua mão e disse:

— Com todo prazer, minha senhora.

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