O Egípcio romance Capítulo 44

Resumo de 44- Ah o amor é lindo: O Egípcio

Resumo do capítulo 44- Ah o amor é lindo do livro O Egípcio de Sandra Rummer

Descubra os acontecimentos mais importantes de 44- Ah o amor é lindo, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance O Egípcio. Com a escrita envolvente de Sandra Rummer, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Estou morrendo de vontade de perguntar mais coisas sobre ele, mas acho que não é o melhor momento para isso, então me recosto contra o assento de couro confortável.

Ele foi traído, é natural que fique assim. Eu digo para mim em um esforço para desculpá-lo e me sentir melhor.

Eu então o encaro. Hassan está pensativo, olhando para frente. Quando sente que estou olhando para ele, sua cabeça vira para mim e ele me puxa para os seus braços. Eu respiro fundo e apoio minha cabeça em seu peito, ouvindo as batidas fortes de seu coração. Isso, por incrível que pareça, me acalma, e eu me permito esquecer o mundo lá fora.

Pouco tempo depois, chegamos à mansão. Hassan dispensa o motorista e vira seu corpo totalmente para mim e me encara. Eu mantenho meus olhos nos dele, observo enquanto sua expressão endurece.

— Helena não sabe de nós. E, por mim, ela irá continuar na ignorância.

Eu me sinto confusa. Não entendo essa atitude de Hassan.

— Mas ela me verá com você.

— Ela pode até nos ver juntos, mas não entenderá minhas intenções com você.

Um homem que fez questão de pedir autorização para meu pai para ficarmos juntos agora tem essa atitude?

— Por que tudo isso, Hassan? Só porque ela quer te ver casado?

Ele funga.

— Raissa então te contou?

— Sim, ela me disse que Helena só irá receber a herança deixada por seu pai caso você se case. E eu acho um absurdo isso.

— Depois de tudo que aconteceu, meu pai ficou com medo de que eu nunca mais me casasse. Ele me via como um garoto revoltado.

Meu coração se agita, meus olhos fixam-se no rosto sombrio de Hassan querendo saber mais.

— O que acon…?

Hassan acena um não e coloca o dedo indicador nos meus lábios.

— Karina, não vamos estragar nosso dia. Não é nada que valha a pena ser contado, e esse assunto me faz muito mal e o simples fato de lembrar me queima como um ácido.

Assinto para ele como uma criança obediente, sem saber o que dizer.

Deus! Hassan é um vulcão adormecido?

Pois ele parece sempre prestes a explodir, tenho medo de estar muito presa a ele nesse dia para conseguir me libertar. Preciso conhecer essa amargura que ele guarda dentro dele se eu quero aprofundar nosso relacionamento.

Como uma bonança, afastando as nuvens cinza, o rosto dele de repente suaviza e um sorriso o transforma.

— Karina. Você é meu oásis, sabia? Você não tem ideia do quanto você me faz bem.

Eu assinto para ele, mas não falo nada; minha mente trabalha tentando atinar o que pode ter acontecido entre Hassan e Helena.

Ele coloca sua mão no meu rosto e me puxa ao seu encontro. O sangue queima embaixo da minha pele, meus lábios se abrem nos seus. Minha respiração sai em um suspiro selvagem. Meus dedos se fecham então nos cabelos dele, apertando-o contra mim, seus lábios tomam os meus em um beijo para lá de bom. Logo estou esquecida de tudo que me aflige.

Quando nos afastamos, vejo muito mais do que paixão, vejo tanto amor em seus olhos, que fico sem ar. Então ele dá um sorriso surpreendentemente travesso.

— Vem, vamos.

Logo que entrei na mansão, vi Raissa. Ela me espera na sala. Corre em minha direção e me dá um abraço apertado. Emocionada.

— Estou muito feliz por vocês — ela diz baixinho, de um jeito tão emocionado, que eu me senti muito mais do que namorada de Hassan, mas como se tivéssemos acabado de casar, e me sinto especial. Com certeza eu sou a primeira mulher que ele apresenta à Raissa, ele parece estar bem-intencionado.

Só que, mesmo me sentindo assim, eu retruco no mesmo tom baixo:

— Espero não estar enganada com seu irmão. Que ele realmente esteja me levando a sério.

— Pode apostar que sim! Hassan não é dissimulado. Se ele quisesse apenas te levar para a cama, teria te falado. Ele sempre foi um homem de palavra. O que faltava em compromisso, ele compensava com a verdade.

Hassan se aproxima.

— O que tanto vocês cochicham aí? Já estou sentindo minha orelha quente. Estão falando mal de mim?

Raissa solta uma risada.

— Consciência pesada?

Hassan me envolve pela cintura.

— Não, não tenho nada a esconder. Aliás, nunca tive.

— Está certo! — Raissa diz, sorrindo para o irmão. — Que tal passarmos o dia lá fora? Está um dia lindo.

— Para mim tudo bem — digo para ela, e olho para Hassan para ver o que ele acha.

— É claro!

Hassan me solta quando ouve passos, então vejo Helena entrando na sala.

— Eu espero vocês lá fora — ele diz e sai.

Helena para e espera ele sair, e caminha em nossa direção.

— Karina, meu anjo, não sabia que viria hoje.

Eu dou um sorriso sem graça.

— Eu a convidei — Raissa diz, com um sorriso. — Vamos passar o dia juntas. Karina, vamos lá para fora, então?

— Sim — digo para Raissa, e encaro Helena. — Bom dia para a senhora.

— Ah, tá explicado!

Hassan surge do outro lado da piscina. Consigo ver uma energia nova nele, como se ele estivesse envolto em uma nuvem negra. Seu semblante está pesado.

Saudades de sua terra?

Por causa do enterro?

Acho que uma somatória de tudo.

— Tudo bem? — pergunto a Hassan.

Hassan ergue seus olhos pensativos e se senta ao meu lado.

— Sim — diz, e pega a minha mão, leva aos lábios e a beija.

Então, é claro, eu reajo sorrindo presa àqueles olhos negros. Hassan tem a capacidade de me deixar nas nuvens.

— Ah, o amor é lindo… — Raissa diz.

Eu olho para Raissa e sorrio dizendo:

— E você? Por que ainda não está namorando?

— Eu…

— Tudo tem o momento certo. E não quero que Raissa saia com esses mundanos. Quero que ela conheça alguém do nosso povo. Já tenho pensado nisso. Estou sondando algumas famílias. E no nosso casamento ela terá oportunidade de conhecer gente nova — Hassan diz, autoritário.

Deus! Eu acho tão errado isso!

Acho que as coisas devem acontecer naturalmente. Nada arranjado ou imposto.

Um riso nervoso ameaça escapar quando considero o quão ridículo é essa situação. Se eu fosse Raissa, estaria revirando os olhos, indignada. Eu me oporia, nem que eu transformasse minha vida em uma promissora novela mexicana.

Volto meus olhos para Hassan. Seus lábios estão cerrados em determinação. Os olhos dele estão estreitados sob as sobrancelhas. O desprezo que ele sente pelos homens de outras culturas irradia em seus olhos.

Eu tento manter a respiração regular, mas uma aura de constrangimento me invade. Meu coração está tão acelerado, que quase dói.

Encaro Raissa, que parece confortável com isso. Ela não se importa com a atitude ridícula do irmão, e isso faz com que, aos poucos, esses conturbados sentimentos fiquem menos pesados dentro de mim, afinal a vida é dela, por que eu vou me preocupar?

Pouco tempo depois, a empregada surge e nos chama para o almoço. Hassan se levanta e me estende a mão. Logo que chegamos à sala de jantar, vejo Helena à nossa espera. Ela não ocupa um lugar de destaque, e sim a lateral da mesa. Sinto um arrepio no corpo, pois conheço a hostilidade entre Hassan e ela. Observo então a expressão de Hassan. Ele está com o semblante fechado, irradiando hostilidade.

Ele afasta a cadeira para mim, e eu me sento de frente para Helena e ao lado de Raissa. Ele ocupa a cabeceira, se senta como um chefe de família.

Almoçamos em completo silêncio. Raissa já tinha me orientado uma vez que na hora de comer não se conversa à mesa. Pensei que Helena ia fugir às regras e falar algo, mas pelo visto Hassan de alguma maneira a tem nas mãos.

Na minha casa Hassan foi bem-falante, acho que entendeu que as coisas lá não funcionam assim. Ainda bem! Seria difícil conter minha mãe, ela costuma falar pelos cotovelos à mesa.

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