Enfim sós…
Logo que entramos no hall espaçoso da nossa casa, avisto sete empregados uniformizados. Eles estão de frente para nós, um ao lado do outro, para nos receber, embora seja muito tarde.
Hassan apresenta para mim cada um deles. Desde o jardineiro até a cozinheira. Ele conhece o nome de cada um. Todos eles me cumprimentam sorrindo com uma reverência e nos felicitam pelo casamento.
Hassan então dispensa a todos e, pegando a minha mão, me conduz até o nosso quarto.
Deus! Lindamente preparado para nos receber, com o backur aceso perfumando o ambiente. Ele está iluminado por três candelabros. Pétalas de rosas fazem uma trilha até a nossa cama.
Hassan fecha a porta e se vira para mim…
Engraçado que sempre quando ficamos sozinhos tudo acontece facilmente, aquela química entre nós. Mas agora que sei que finalmente serei dele estou nervosa, coisa que eu não ficava quando nos beijávamos e trocávamos carinho.
Hassan parece entender isso, ele olha para mim relutante também. Depois de um momento de hesitação, vem em minha direção e, erguendo suas mãos, começa a desmanchar o coque dos meus cabelos, que caem como cascata sobre meus ombros.
Seus olhos passam por eles, como se ele gravasse minha imagem. Eu tremo da cabeça aos pés quando uma quantidade incerta de tempo passa e seus olhos continuam viajando pelo meu rosto, parando em meus lábios.
Eu estou quase sem respirar, de frente para ele. Meu coração trovejando no meu peito e meu corpo formigando em todos os lugares. Ele me traz então para mais perto de si e se inclina para mim, sua testa se encosta à minha, seu nariz ao meu. Suas mãos procuram as minhas e as mantêm presas às suas.
Ele parece estar saboreando cada momento, cada gesto…
— Faremos agora um ritual, celebrando nossa união. É um rito que celebra a intimidade do casal e também sua entrega.
Eu ofego me perguntando como é feito esse ritual.
Hassan se afasta, vai até uma mesa e arrasta uma cadeira grande. Sobre a mesa há uma bacia, toalha e um jarro de água. Ele se vira para mim com um lindo sorriso:
— Vem, sente-se aqui.
— O que você fará?
— Vou lavar seus pés.
Deus! Que estranho! Eu assinto constrangida e faço como ele mandou. Caminho até ele com passos hesitantes e me sento.
Hassan tira meus calçados com cuidado e delicadeza. Então coloca uma bacia de prata debaixo deles. Pega meu pé e joga água sobre ele. Faz isso com o outro também. O tempo todo seus polegares me fazem carinho.
Enquanto enxuga meus pés com a toalha sob seu colo, ele diz:
— Com esse rito, eu te recebo como minha esposa e me mostro humilde, demonstrando meu cuidado por você. Em troca, você confiará em mim, pois sempre farei o melhor por você, por nossa família.
Tudo isso é muito constrangedor, fico corada ao ver Hassan assim, tão serviçal. Quando finaliza esse rito, ele se levanta e me estende a mão. Sorrindo, me conduz para perto da cama.
— Vou te ajudar com o vestido — ele diz, com rouquidão na voz, o sotaque carregado.
Eu assinto para ele, achando lindo seu jeito tão cauteloso comigo. Seu toque é leve quando ele começa a abrir os pequenos botões em forma de pérolas nas minhas costas.
Foi então que cedemos a tudo o que estivemos nos guardando desde o momento em que nos conhecemos… Com a ausência do vestido que escorrega para os meus pés, só de calcinha e sutiã, eu me afundo em Hassan. Ele sorri com meu gesto, aprecia minha timidez.
Ele me envolve com os braços e me beija carinhoso nos ombros e pescoço e diz:
— Não faremos sexo, hoje faremos amor…
Eu sorrio com as falas dele e o aperto nos meus braços. Ficamos assim por um tempo, ambos com a respiração pesada. Hassan então ergue meu queixo e me beija lentamente, mordiscando cada parte do meu rosto.
Permanecemos assim, abraçados, beijando-nos à luz das velas durante muito tempo, sem pressa nenhuma, apenas nos sentindo, nos provando.
Parece que estamos a sonhar…
Hassan me abraça novamente, me puxando para os seus braços, depois se afasta ligeiramente para me olhar. Cada expressão de seu rosto é de adoração e desejo. Ele aproxima sua boca da minha novamente e a língua dele a toca e foge, me provocando, me fazendo procurar a dele, ávida de desejo.
Finalmente nossas bocas se unem em mais do que um encosto de lábios e nosso beijo se torna fervoroso, tanto é que tremo em antecipação. Suas mãos correm por meu corpo, agora visitando lugares antes proibidos. Eu estremeço de desejo com aquelas mãos tão suaves, mas tão experientes em dar prazer.
Ele então me afasta e com os olhos fixos em mim começa a tirar minhas roupas íntimas. Até eu ficar totalmente nua.
Hassan faz o mesmo com suas roupas, as retira peça por peça, procurando sempre meus olhos, até ficar completamente nu. Seu corpo é absurdamente lindo, seu membro é enorme, ereto e duro. Envergonhada por reparar, coro e procuro seus olhos. Ele sorri para mim, e eu estremeço com sua imagem linda e sedutora.
Caminha então na minha direção como um felino, com o andar de uma pantera. Segurando minha mão, me faz deitar na cama. O algodão frio da cama me faz estremecer, mas Hassan logo vem sobre mim e me envolve. Instintivamente, meu corpo começa a se movimentar na procura do seu calor.
Eu o abraço, correndo meus lábios por seu pescoço, passo minhas mãos por todo o seu corpo, explorando cada pedacinho dele.
Ele suga, lambe e mordisca meus seios, agitando mais meu coração, me fazendo ofegar de prazer…
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O Egípcio
Muito bom, amei....