O Egípcio romance Capítulo 69

Resumo de 68-Não sabia que você seria tão malvisto por ter se casado comigo.: O Egípcio

Resumo do capítulo 68-Não sabia que você seria tão malvisto por ter se casado comigo. do livro O Egípcio de Sandra Rummer

Descubra os acontecimentos mais importantes de 68-Não sabia que você seria tão malvisto por ter se casado comigo., um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance O Egípcio. Com a escrita envolvente de Sandra Rummer, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

Eu me viro e deixo Hassan no meio do quarto me olhando enquanto eu caminho forçando meu rebolado até o banheiro, como uma verdadeira europeia.

Agora estou em frente ao espelho.

Com a roupa, pareço uma egípcia de cabelos claros. Faço uma maquiagem leve. Valorizo a cor dos meus olhos com sombra cinza-claro, delineador e rímel preto.

Quando entro no quarto, Hassan está lá parado olhando a janela. Ao longe, já dá para ouvir o som de música árabe.

— Hassan — eu o chamo. — Estou pronta.

Ele se vira para mim e me avalia, depois anda em minha direção com a segurança e a determinação que são sua marca registrada. Meu coração dispara como sempre acontece quando ele se aproxima.

Um perfeito egípcio.

— Está linda — ele me diz.

— Linda como uma egípcia?

— Com seus traços? Por mais que você se esforce para se parecer com uma, seu rosto, seus cabelos e seus olhos entregam suas origens.

Eu dou de ombros.

— Está certo. Não queria me parecer com elas mesmo.

Uma mão segura meu queixo de modo firme, porém suave. Ele me olha com seriedade.

— Vou te dar um aviso. Sem muitos sorrisos para os homens. Toda seriedade possível. Seja muito mais séria do que as mulheres que estão aqui. Por você ser estrangeira, logo vem na mente que você é uma mulher fácil. E você é uma mulher casada, seus sorrisos são para o seu esposo. Você vai conseguir se lembrar disso?

Eu solto o ar.

— Sim, vou me lembrar disso.

Sua expressão suaviza.

— Ótimo. Então vamos.

Abraça-me com força e me dá um beijo na boca. Sei que ele está tentando apagar qualquer coisa ruim que tenha ficado entre nós.

Logo que colocamos nossos pés na sala principal com teto em abóbada, as mulheres soltam a língua com o zaghareet, demonstrando alegria.

Fico boquiaberta com o tanto de pessoas que estão na sala. Fora a arrumação tão linda e feita em tão pouco tempo.

O ambiente está perfumado com as essências, em aromatizadores de ambiente espalhados pela grande sala.

Os arranjos de flores são gloriosos, e o cenário não poderia ser mais lindo, com todos aqueles véus coloridos presos às pilastras, almofadas festivas espalhadas pelo chão. Mesas arrumadas com doces, outra de salgados e outra de bebidas não alcóolicas.

O lugar perfeito para as boas-vindas a Hassan. A música animada se inicia e todos batem palmas. Hassan começa a dançar com um sorriso no rosto e vai até o meio da sala. Ele então abre os braços enquanto dança lindamente com precisão em seus passos. Reparo que até as convidadas mais jovens egípcias ficam com sorrisinhos olhando para ele.

Sim, ele é lindo de se ver.

Ninguém tinha me visto ainda. Estou em um cantinho, vendo tudo. Quietinha, vendo meu marido se exibir.

Ô, mundo machista.

Hassan então se vira e me procura com os olhos. Quando me vê, estende a mão em minha direção.

Deus! Lá vou eu…

Eu lhe dou um sorriso tímido e caminho até ele com passos inseguros, e pego sua mão. Hassan então começa a dançar para mim. E, agitando meus braços, me faz entrar em sua dança.

Passo os olhos pela sala. A maioria dos convidados me olha com a expressão de choque.

Acho que eles não sabiam que Hassan tinha se casado com uma estrangeira.

As mulheres, então, cochichavam entre si com cara amarrada, olhando para mim. Com certeza criticando a atitude de Hassan por impor a mescla de culturas.

Enquanto danço, passo meus olhos por outro grupinho formado por homens. Eles cochicham entre si enquanto me olham dançar.

— Não se preocupe com eles — Hassan diz alto para mim, e eu olho para ele. — Estão morrendo de inveja de mim.

Meu coração se agita com as falas de Hassan. Eu sorrio para ele em satisfação. Feliz por ele não se incomodar. Faz questão de mostrar que está comigo.

Posso sentir a hostilidade com que eles me olham. É claro que são contrários à escolha de Hassan.

Eu tomo um gole de suco, pensativa.

— Iris, Kérfera e suas tias me aceitaram bem, por quê?

— Por que elas sabiam que eu tinha me casado com uma estrangeira. Então se prepararam psicologicamente antes de te receber. Então, quando você chegou, não foi um choque para elas. Mas com certeza quando souberam da minha escolha fizeram essas caras que você está vendo nos convidados. Devem ter me xingado muito antes, falado mal de mim. Mas você agora é minha esposa, e o que elas poderão fazer senão aceitá-la como da família?

— Entendo.

Hassan bebe um gole de seu suco e me dá um sorriso doce e genuíno, como se o sol surgisse depois da tempestade.

— Mas não se preocupe, a bronca de todos é comigo, não com você. E eu estou feliz com a minha escolha. Não me arrependo nem um segundo de ter me casado com você, embora me chateie bastante essa situação.

As palavras dele foram tão calorosas, que eu tive a mesma sensação de quando nosso corpo está gelado, com frio e nos afundamos em uma banheira com água em uma temperatura muito agradável, tirando toda a friagem do corpo.

Ele então segura a minha mão, mas não para apertar. Pega-a gentilmente e depois a solta, quase com relutância, nossos dedos se demorando apenas um instante a mais.

Eu o amo, eu não tenho dúvidas disso, e sei que ele sente isso por mim. E cada dia entendo que ele é a pessoa certa para mim, a pessoa com quem quero dividir cada dia da minha vida.

— Vamos comer agora? E você precisa se alimentar bem, pode ser que já esteja gerando o nosso filho.

Engulo em seco e estremeço como se um ar frio gelasse meus ossos. Aceno com um sorriso e desvio rapidamente meus olhos dos dele e olho para a mesa de salgados.

— Já experimentou esse prato, habibi? Chama-se Koshari, é feito com arroz, lentilhas e um molho picante. Posso te servir?

— É claro, estou louca para experimentar.

Hassan sorri, pega uma cumbuca de barro e coloca um pouco para mim.

— E vamos por um Kebab, que é um espeto de carne de cordeiro que fazemos na brasa.

— O cheiro está maravilhoso.

Sorrindo, ele me entrega o prato e se serve também. Então me convida:

— Vamos nos sentar ali — indica almofadas em um espaço vago à mesa.

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