O Egípcio romance Capítulo 71

Resumo de 70-Por que você brigou com eles? Deixasse para lá: O Egípcio

Resumo de 70-Por que você brigou com eles? Deixasse para lá – Capítulo essencial de O Egípcio por Sandra Rummer

O capítulo 70-Por que você brigou com eles? Deixasse para lá é um dos momentos mais intensos da obra O Egípcio, escrita por Sandra Rummer. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

No dia seguinte, como ele prometeu, Hassan e eu saímos para conhecer os pontos turísticos do Egito. Nada melhor do que ter um nativo, um verdadeiro egípcio, para me apresentar tudo.

Em Gizé, vi três pirâmides, as maiores (Quéops, Quéfren e Miquerinos), e outras seis menores. Quando fiquei de frente às famosas pirâmides, senti-me sem falas, sem ar. A sensação é de estar dentro de um livro de História.

Construída aproximadamente em 2.500 A.C., sua construção é símbolo da riqueza de um país que até hoje guarda em sua arquitetura as marcas de uma civilização avançada para o seu tempo.

Hassan me explicou que as pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos foram construídas para servir de tumba para os faraós de mesmo nome, que eram pai, filho e neto.

Diferentemente do que a maioria das pessoas pensa, as pirâmides não ficam em meio ao deserto, mas em uma região cercada de areia a 18km de Cairo.

Entrei nas pirâmides, o interior é semelhante a uma tumba, onde você também desce por uma estreita passagem até chegar à câmara mortuária.

No dia seguinte foi a vez de eu conhecer a Esfinge, a milenar escultura com cabeça de humano e corpo de leão. Depois fomos ao Museu do Barco de Queóps, que abriga a barca usada para cruzar o Nilo com a múmia do faraó. Está enterrada próximo à pirâmide para servir de passagem para a vida após a morte.

Tirei foto com meu celular de tudo que eu pude, e principalmente de nós dois nessas paisagens. Sempre tinha alguém que colaborava conosco para registramos o momento.

No outro dia, andei a camelo.

Deus!

Imperdível!

As dunas são lindas. O que me incomodava mais era o calor.

No outro dia, andamos pelo Cairo, pelas ruas vendo lojas, artesanatos.

No outro dia, Hassan me levou para almoçar fora. Depois de deixarmos nosso carro, caminhamos por um labirinto de ruas até uma que é repleta de restaurantes. Ele pega a minha mão e me conduz até essa encantadora rua estreita e muito comprida, cheia de mesas nas calçadas.

— Esta rua é conhecida por comportar todos os restaurantes do mundo. Brasileiro, italiano, português, espanhol, alemão e tudo que você imaginar de país, e os nossos, é claro. Onde você quer comer, habibi?

— O que você sugere?

— Acho que poderíamos experimentar algo diferente. O que acha do brasileiro? Porque nossas comidas típicas você já conhece, e está comendo em casa, e minha tia cozinha muito bem.

— Eu nunca comi comida brasileira.

— Ótimo. Então é para lá que vamos.

Andamos uns quinze minutos para achar o restaurante com a placa de um papagaio com a palavra Brasil.

Quando entramos no restaurante, sentimos o ambiente fresco do ar condicionado. As mesas todas revestidas com toalhas amarelas e verdes. O azul está no vaso no centro delas. Ele está bem cheio. Muitos turistas de todas as nacionalidades.

O maître nos indicou uma mesa perto de um lindo jardim de inverno.

Hassan me conduz até lá com um toque nas costas, e depois, como um cavalheiro que ele é, puxa a cadeira para eu me sentar. Observo algumas mulheres usando lenço. Graças a Deus, Hassan não me fez usar, mas estou vestida com uma abaya branca que cobre tudo.

Nem me dou o trabalho de pegar o cardápio, está escrito em árabe-egípcio e em português. O garçom se aproxima e explica os pratos para Hassan, que traduz para mim:

— Ele disse que feijoada é um prato muito saboroso, mas muito pesado caso fôssemos enfrentar o calor do dia, mas, como vamos voltar para casa, podemos comer se quiser. Ele é composto de feijão e eles adaptaram a receita acrescentando carne de cordeiro, pois não comemos carnes de porco. Tem a Moqueca Capixaba, que consiste em peixe cozido, com vegetais e frutos do mar. O prato é acompanhado de arroz e pirão, que é feito com uma farinha com camarão e peixe.

Com muita paciência, ele me explicou mais pratos. Quando ele terminou, eu disse:

— Meu Deus! Que infinidade de pratos!

—Brasil é um país com uma extensão territorial muito grande, por isso essa diversidade de pratos. Podemos visitá-lo um dia. O que acha?

Eu sorrio com a ideia.

— Acho maravilhoso.

Ele pega a minha mão que está sobre a mesa.

— Quem sabe com nosso filho em seus braços?

— Quem sabe — digo com um leve sorriso, mas louca para escapar de seus olhos perspicazes. O garçom nessa hora pergunta algo para Hassan.

Hassan olha para o garçom e pede os pratos.

— Eu escolhi pato assado com molho feito à base do tucupi, que é um sumo amarelo de uma mandioca. E você, o que deseja comer de tudo que descrevi?

Eu nem me lembrava mais dos nomes, são tantos prantos.

— Eu gosto muito de peixe.

— Hum, então vou pedir para você moqueca capixaba.

Hassan fala para o garçom, que se afasta com nosso pedido.

Meu marido é absurdamente lindo, maravilhoso. Vale a pena me esforçar para seguir seus costumes, e eu o amo muito, não é um vestido curto que vai me tirá-lo de sua vida. Penso de repente.

Ele me pega olhando para ele, o seu sorriso branco cresce em seu rosto. Ele estende a mão e pega a minha novamente, a acaricia me olhando intensamente. São lindos seus olhos negros e os mais expressivos que eu já vi na vida.

Eu lhe dou um sorriso tímido, quando ele não desvia seus olhos dos meus.

— Eu definitivamente gosto de ver você sorrir. Eu gosto de ver você rir, e gosto de você debaixo de mim gemendo e chamando meu nome — ele diz baixinho com uma voz extremamente sexy, com aquele sotaque que eu adoro.

Sinto meu rosto pegando fogo.

— Hassan, assim você me deixa sem graça, devo estar vermelha — eu choramingo.

— Você fica linda vermelha. E, para registro, eu me considero o homem mais sortudo deste restaurante. Estou com uma mulher linda.

— Beleza acaba. Só linda?

Hassan sorri jocoso.

— Verdade. Digamos que você é um conjunto de coisas que me agradam muito, e gosto do jeito como olha para mim. Mesmo com essa imensa atração entre nós, você sempre me olhou de igual para igual, isso me atraiu, sabia? — ele diz, apertando minha mão na mesa.

Hassan fala algo para ela.

Abiá ri. Ela então comente algo com muito gesto, Hassan ri com vontade. Se levanta e vem na minha direção.

— Vamos tomar um banho e descansar.

— O que você disse, que ela riu?

— Que é mais um corte para a minha coleção. Fui um garoto muito levado. E ela me lembrou do dia em que corri com um vidro atrás de uma borboleta, tropecei e me cortei feio no vidro. Quase perdi o dedo anelar da mão.

Eu sorrio para ele, imaginando-o correndo pela casa.

— Vem, vamos — ele diz, com voz cansada.

No quarto, Hassan tira seu tobe, que era branco, mas que agora está sujo com seu sangue.

E eu, acalorada, retiro o meu vestido.

— Você não está com fome? — pergunto, me lembrando que ele vomitou tudo que comeu.

Ele sorri predador.

— Estou. De você!

Eu não sorrio com isso. Ainda estou pensativa sobre tudo que aconteceu.

— Perdoe-me. Eu…

Ele me interrompe:

— Tudo bem. Já passou.

Ele se aproxima de mim só de cueca. Eu estremeço.

— Por que você brigou com eles? Deixasse para lá — questiono Hassan.

— E deixar que eles te chamassem com nomes depreciativos? Não, habibi. Se eles me xingassem tudo bem, mas você não!

Eu o abraço com carinho.

— Hassan, eu não entendi nada do que eles falaram.

— Não interessa, ninguém xinga minha esposa e sai ileso. Allah! Eu não me canso disso… — ele diz, antes de nossos lábios se juntarem em um entrelaçado aquecido de línguas e lábios, morrendo de fome um do outro.

Ele me pega no colo e me leva para o banheiro.

Deus! Eu tenho a impressão de que este vai ser um longo banho quente, o meu tipo favorito de banho.

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