O Egípcio romance Capítulo 75

Resumo de 78- Sei que é coisa de homem árabe: O Egípcio

Resumo de 78- Sei que é coisa de homem árabe – O Egípcio por Sandra Rummer

Em 78- Sei que é coisa de homem árabe, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance O Egípcio, escrito por Sandra Rummer, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de O Egípcio.

Karina

Abro meus olhos com dificuldade. Agora acordo no mesmo horário de Hassan. Ele já está desperto, olhando para mim. Quando nossos olhos se encontram, ele sorri.

— Sabah alkhayr — ele diz “bom dia” na sua língua.

— Sabah alkhayr.

Ele se inclina e me beija, um beijo suave e profundo. Isso transborda meu coração de felicidade. O inverno está rigoroso, é difícil sair da cama sabendo que teremos de enfrentá-lo quando formos para o nosso trabalho. É sempre uma luta sair da cama.

— Você sabe que se quiser não precisa trabalhar, não é?

Eu sorrio.

— Sei, você sempre me lembra disso.

Ele suspira.

— É, eu sei. Às vezes acho que ainda não se deu conta disso.

— Não gosta de me ver independente? — pergunto, examinando sua expressão.

Hassan sabe que tenho um bom salário, se eu quisesse poderia morar sozinha em um bom apartamento. Eu só morei com meus pais por puro comodismo.

Ele faz uma cara desapontada.

— Não, não é isso. Eu quero o melhor para você. Temos tudo que precisamos, até mais do que podemos gastar, e você insiste em levantar cedo e sair nesse frio. Fico pensando quando você engravidar do nosso filho.

Eu estremeço. Não contei para ele ainda que tomo anticoncepcional. Na verdade, escondo muitas coisas para vivermos bem. Hassan parece tão pé-atrás com a vida, que ele pode enxergar coisas que não existem.

— Quando eu engravidar do nosso filho, vou continuar trabalhando. Gravidez não é doença.

— E quando ele nascer? Como será? — ele pergunta, preocupado.

— Eu não o deixaria com estranhos. É isso que te preocupa?

A minha resposta desfaz a ruguinha que formou na testa dele, mas ele não parece muito contente.

Sei que ele se segura para não mandar na minha vida, e sei que trabalho justamente para mostrar a ele que sou dona de mim mesma e que ao mesmo tempo somos uma só carne.

Hassan

Não quero pôr limites para Karina, mesmo que eu não concorde pelo fato de ela trabalhar ainda. Eu gostaria de ser o suficiente para ela se sentir feliz. Mas já vi que não sou.

Allah! Isso me desagrada. Não consigo evitar. Sei que é coisa de homem árabe.

Karina gosta do seu trabalho, é nítido isso. Toda vez que volto para casa, a encontro no estúdio que fiz para ela no meio de suas criações. Isso porque ela diminuiu sua carga horária de trabalho. Três horas a menos.

Ela me puxa e me beija nos lábios. Eu a beijo de volta, um beijo quente, ansioso. Não demora muito, eu me afasto, atordoado e embriagado. Tenho que controlar o desejo de fazermos amor. E a droga de tudo isso é que, apesar de poder chegar a hora que eu quiser no trabalho, tenho que respeitar o horário dela, e isso me faz sair logo da cama, duro como uma pedra.

Eh! O negócio é tomar banho.

Tomo um banho demorado, aos poucos vou acalmando o grandão.

— Habibi, estou indo. Salaam Aleikum.

Solto o ar resignado e respondo:

— As-Salamu Alaikum.

Karina

Chego ao trabalho oito horas em ponto. Demoro um pouco para sair do carro, ele está quentinho pelo ar-condicionado ligado. Essa Mercedes é novinha, Hassan me deu de presente logo depois que voltamos do Egito.

Entrei exatamente no momento em que Cleo está fazendo café no pequeno refeitório. Vou atrás de uma xícara, movida pelo aroma que ele deixou no ambiente.

Hoje levantei muito tarde, nem consegui tomar café com Hassan. Sempre nos demoramos muito à mesa. Bem, mas a culpa é dele, ele que não me acordou no horário, já que tinha acordado antes de mim. Penso carinhosamente, pois sei que ele me deixou dormir, pensando em mim.

— Bom dia, Cleo.

— Bom dia — ela despeja o café pronto em uma xícara. E a estende para mim. — Fiz agora.

— Eu sei, senti o aroma longe.

Ela sorri.

— Bem, vou agilizar meu trabalho.

Cleo, além de ser responsável por fazer o café, é faxineira. A loja tem que estar limpa até as dez horas, antes que abra. Já para as outras dependências ela não tem horário.

— Bom trabalho — digo.

— Para você também.

Tomo o café tranquilamente e como algumas bolachas. Quando estou saindo do refeitório, escuto barulho do motor de um carro. Olho pelas portas de vidro e vejo Vitor saindo de sua Mercedes.

Deus! O que ele está fazendo aqui?

Instintivamente, dou um passo para trás, mas ele me vê. Sua expressão muda imediatamente: ele me olha como um macho avaliando sua fêmea. Estaco e fecho a cara. Ele abre a porta de vidro e entra na loja.

— Bom dia — ele fala, em um tom ameno, e depois me dá um meio sorriso.

— Posso saber o que você está fazendo aqui?

— Te ver, falar com você.

— Vitor, não temos nada para falar.

— Deus! Você está tão diferente. Nem parece a mulher que eu um dia conheci.

— Verdade? Agora que reparou? Será que não se deu conta de que o que me fez mudar é isso? — mostro para ele minha aliança.

— Não vou te desrespeitar, não vou avançar o sinal. Não precisa me tratar desse jeito. Eu só queria falar com você. Eu precisava falar com você.

— Isso está errado. Você não percebe?

— Errado é você sair da minha vida assim.

— Eu nunca estive em sua vida. Nunca te iludi.

Vitor passa a mão nos olhos.

— Eu te amo. O amor é sofredor, é benigno; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

Que palavras são essas? Elas me assustam. No começo achei que tivesse escutado errado.

Ele está usando uma passagem bíblica para justificar sua vinda aqui?

— Fala do amor ao próximo, e não do amor carnal de um homem por uma mulher. Você esqueceu de mencionar que o amor não se porta com indecência, não busca os seus interesses. Não folga com a injustiça, mas folga com a verdade — eu cuspo as palavras.

Vitor se aproxima muito rápido e toca a minha mão. Eu pulo, puxo-a para trás. Ele cheira à bebida.

— Vai embora, Vitor.

Seus olhos estão pesados, carregados.

— Parece um pesadelo. Em um dia eu não tinha mais você, em um mês você se casou. Deus! Eu me sinto traído. Será que você consegue entender?

— Traído? Mas não tínhamos nada um com o outro. E você sabe que ultimamente até a nossa amizade estava superficial, pois eu não queria alimentar suas esperanças — eu digo, angustiada.

Quando ele paira sobre mim, eu o puxo e o beijo, ele se deita na cama e cerra os olhos quando eu exploro todo o seu corpo com a minha boca. Ele está tão envolvido com o que eu estou fazendo, que só arregala os olhos quando vê onde a minha boca está. Como se ele não acreditasse que eu fiz isso. Eu sorrio e fico ali, alimentando sua sofrência, ele se segurando para não gozar.

Ele assiste extasiado.

— Allah! Ainda bem que não casei com uma mulher árabe cheia de não me toques — eu rio e continuo minha tarefa. Então seu semblante vai ficando pesado como se uma nuvem negra pairasse sobre ele. — Pare.

Eu paro e olho para ele. Rápido como um raio, ele me pega e me joga na cama de costas.

— Como você sabe fazer isso?

Eu pisco aturdida.

— Como?

— Você ouviu o que eu disse?

Eu ainda custo a entender. Respondo:

— Instinto. Pera aí! Você acha que eu liberava tudo e só não permitia que tirasse minha virgindade?

— Você que está dizendo.

— Não, Hassan! Você que sugeriu isso.

O semblante de Hassan fica confuso.

— Não, não sei. Ah! Xara!

Não sou de chorar, mas acho que juntou a situação que vivi hoje com Vitor e Hassan agora. Minhas lágrimas vêm à tona.

— Allah! Perdoe-me — ele diz, angustiado, e me beija nos olhos, na boca, no rosto inteiro. Então me abraça apertado.

— Nos casamos cedo demais, essa é a verdade. Você não me conhece o suficiente e por isso me enxerga assim.

Eu estou para dar as costas para ele, mas Hassan me segura pelos ombros.

— Karina, ouça bem. Eu errei. Allah! Perdoe-me. É claro que você não é assim. Sou impulsivo às vezes. Preciso aprender a me manter calado até avaliar melhor a situação. E, quanto ao casamento, quero te dizer que eu nem sabia o que significava a palavra amor antes de te conhecer. Você me fez um homem melhor, e cada pedacinho do meu coração ama você, mais do que eu posso descrever, por isso nos casamos. Não vamos fazer disso uma raiz de amargura, ou uma tempestade.

Eu suspiro, ainda magoada.

— Tudo bem. Mas não quero que me toque hoje.

Hassan solta o ar.

— Está certo.

Eu fecho os olhos como se fosse dormir. Sinto os braços de Hassan me envolvendo. Ele me dá pequenos beijos. Parecem realmente ser beijos inocentes.

Seu perfume é maravilhoso. Penso enquanto o cheiro.

— Se passar seu nariz assim no meu pescoço, não vou aguentar me portar como um ermitão.

Eu o encaro cheia de desejo.

— Então me ame, Hassan. E nunca mais faça mau juízo de mim.

Hassan não diz nada e toma meus lábios com paixão. Assumindo o controle, ele segura o meu quadril e ajusta o ângulo para me penetrar e nos levar ao prazer, rumo ao êxtase.

Jogo minha cabeça para trás, e nossos quadris se encaixam. Isso é muito bom, penso quando Hassan me penetra e começa a se movimentar.

Ele é lindo. Solto um gemido. E uma soma, a visão do seu corpo lindo, com seus músculos tão definidos, e o prazer que ele me dá.

Só demora alguns minutos e estou gozando.

Hassan sabe quando isso acontece, e ele se agarra à cabeceira desesperadamente e seus movimentos ficam mais e mais rápidos, sua respiração mais errática, até que ele para e goza, soltando um longo gemido em meu pescoço.

Ficamos abraçados ainda cheios de prazer esperando as ondas passarem. Hassan então se vira, se deita ao meu lado e me abraça. Solto um longo suspiro, cheio de felicidade.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O Egípcio