O estrangeiro romance Capítulo 18

Quando lembrava de suas mãos em mim, subiam arrepios na minha espinha, ele era extremamente perfeito. Era melhor do que em meus sonhos, eu estava feliz demais pela noite anterior. Agora eu pensava apenas nele.

— Eu estou em choque. — Emma comenta. — Mas e a mulher que ele saiu no sábado?

— Eu tinha até esquecido disso. — Digo.

— Pois deveria lembrar, por favor Charlie, não se iluda demais com isso. Vocês estão apenas ficando. — Ela fala preocupada.

— Eu sei, e está tudo bem. — Repito.

— Eu não acho que tudo ficará bem, mas prometo ser mais otimista. — Adam argumenta.

Emma, por sua vez revira os olhos e volta sua atenção para mim.

— Diga-me, usaram proteção? — Perguntou.

Hesitei em falar que não, mas eu não queria mentir para minhas amigas, então resolvi omitir, por mais parecido que fosse com a mentira.

— Sim, usamos...— digo envergonhada — e por favor Emma, você tem que se acalmar. Eu estou bem.

Mentira, eu sabia muito bem como enganar alguém e me enganar. Para ser bem sincera, eu queria muito me sobressair nessa situação e parecer desapegado e madura o suficiente para entender a situação.

— E agora, como vocês vão ficar? — Adam interroga.

— Não tem como ficar, Adam. Eles estão apenas ficando. — Emma intervém.

Reviro os olhos, minha vida íntima estava sendo tão exposta, de certa forma eles me faziam sentir como uma criança.

— Ele disse algo? — Adam pergunta.

— Não, Hunter é um cara mais velho, eu nem sei se vai acontecer mais vezes — suspiro —, acredito que ele deva ter se arrependido uma hora dessas.

O horário de almoço acabou, nós nos separamos para as próximas aulas.

Estava prestes a chegar em casa e vi o carro dos meus pais, finalmente eles voltaram. Fui para casa e encontrei minha mãe na cozinha já preparando o jantar, numa tentativa de fazer surpresa eu a abracei por trás com força e ela sorriu, estava com saudades daquele sorriso.

— Olá querida, estava com saudades de você! — Ela vira para me abraçar.

— Também estava, pensei que vocês não voltariam mais. — Resmungo.

— Mas estamos aqui, como se comportou?

— Não fiz nada demais, pergunte a senhora Rigs e ela lhe dirá.

— Vou perguntar a ela, eu conheço você, Charlie. — Disse com os olhos entre abertos.

Rapidamente me lembro de tudo que fiz nesses dias na ausência de meus pais e na lerdeza de Rigs. Eu realmente não era uma filha descente, e por algum motivo eu tinha esquecido do acidente e de Dylan com quem eu tive aquele encontro agradável.

— E papai, onde está? — Mudo de assunto.

— Ele está em seu escritório se atualizando das coisas que perdeu esses dias.

— Vou vê-lo, estou com saudade dele.

Caminho até o escritório e vejo a porta entreaberta, ele estava lá com aqueles óculos caídos sobre o nariz, com dois dedos sobre a têmpora e o computador em sua frente. Entrei pela porta e fechei a mesma atrás de mim fazendo barulho propositalmente para que ele percebesse minha presença. Fui até ele e sentei em seu colo.

— Você está bem grandinha para fazer isso com seu velho pai. — Ele fala sorridente.

— Está melhor, papai?

— Sim querida, sua mãe me ajudou muito.

— Imagino. Senti sua falta, era estranho ver a casa sem vocês. — Digo.

— Deve ser mesmo — ele diz —, se me der licença, preciso terminar um relatório. Conversamos mais no jantar.

Depositei um beijo em seu rosto e o deixei trabalhar. Desde que era criança meus pais sempre foram tão presentes comigo.

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