O estrangeiro romance Capítulo 2

Nunca pensei em pisar fora de meu país, eu estava bem na Alemanha vivendo minha vida, entretanto era necessário que eu começasse a viver a minha vida depois que meus pais morreram e eu perdi tudo. A vida após a morte dele passou a me cobrar mais, eu tinha que arrumar uma forma de esquecer os fantasmas do passado.

— Prometa que vai me ligar todos os dias, Hunter! — Maya, minha namorada, encosta nossas testas e indaga com olhar de sofrimento. Me doía deixa-la, mas ela tinha uma vida além de nosso namoro, eu precisava de um tempo para mim.

— Vou ligar. Não esqueça de que quando puder, volto para cá. Não esqueça de mim. — Eu deposito um beijo leve demorado em seus lábios, percebo uma lágrima vacilar de seus olhos. — Ei, ei, não vamos deixar isso mais doloroso. É apenas um ano, meu amor.

— Eu sei mas vai ser difícil ficar aqui sem você. — Ela sorrir com dor no olhar. — Tudo bem, vá.

"─ voo ..., destino Manhattan, decolará daqui há 19 minutos". Uma voz feminina ecoa pelo aeroporto.

— Já vou. Tio, tia, me desejem sorte. Amo vocês. — Digo apertando as mãos de minha tia.

— Tenha uma boa viagem, meu querido. — Minha tia fala enxugando as lágrimas.

Meu tio se aproxima de mim, ele sempre estava com uma expressão fechada, eu não me surpreenderia se ele não movesse um musculo.

— Não seja idiota, aqueles americanos não são se iluda com eles. — Ele indaga seguido de dois tapinhas em minhas costas.

Dei um beijo nas mãos dos meus tios e parti para meu avião. Aquela era a primeira vez que andava em um, mas eu me mantive calmo, coloquei meus fones e deixei que a música me envolvesse para não ficar mais nervoso.

Ouvir os álbuns do Nirvana, lembrava-me da minha adolescência bem vivida, da minha mãe adentrando que eu diminuísse o volume do som. Após a morte dos meus pais me obriguei a tornar um homem mais duro e maduro. Tive que trabalhar duro durante 8 meses para juntar dinheiro e vir aos estados unidos, graças aos contatos de meu tio consegui um trabalho meio expediente que posso conciliar com a faculdade. Com o pouco dinheiro que tenho, pude pagar uma pensão. Estou ansioso para as novas conquistas que devo fazer, mas claro, não será fácil.

[...]

Assim que o avião pousou, respirei e me senti bem, era como se eu estivesse em outro planeta, o clima era diferente, até os cheiros eram.

Graças ao meu inglês arranhado, eu consegui pegar um táxi que me levaria até o meu novo "lar", mas não pude evitar de passar um grande vergonha.

Assim que cheguei em frente a pensão, tive certeza de que era bem melhor do que nas fotos, era no subúrbio de Manhattan mas era a maior casa que tinha naquele quarteirão, com três andares e um quintal extenso. Toquei a campainha, e uma mulher com sorriso doce no rosto veio me atender, já era uma forma agradável de ser recepcionado.

— Hunter Lins? — Indagou arrumando os fiapos soltos de seu cabelo com uma mão e limpando a outra em seu avental.

— Hunter, na verdade. — Eu a corrijo sorrindo.

— Ou, me desculpe. É um prazer conhecê-lo, pode entrar. — Ela abriu a porta. — Pode me chamar de Donna, sou eu que conversei com o senhor por mensagem, sou eu que gerencio o lugar. Venha, não fiquei tímido, vou lhe mostrar a casa e por último o seu quarto.

Chegamos em um corredor que dava direção a uma escada, a cozinha e a sala de jantar. A mulher não parava de falar por um segundo, eu quase não entendia nada.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O estrangeiro