Após minutos ele desfaz o abraço e beijou minha testa, subiu as escadas lentamente e eu ouvi a porta de seu quarto se cerrou. Fui para o meu quarto e tirei meu pijama e roupa íntima, coloquei a camisa dele e me deitei, deixei meus pensamentos me lembrarem de sua boca e meus dedos se guiaram até minha intimidade, arrancando um gemido de meus lábios. Movimentos de zig-zag me fizeram gozar pensando em Hunter Lins.
Acordei feliz, estava sol e era tudo o que eu mais queria, olhei minhas redes sociais e tinha uma mensagem de Dylan. Conversamos bastante, ele era engraçado e gentil. Não pensava em levar isso muito adiante, eu não estava interessada nele. Vesti um biquíni e me cobri com um vestido, calcei minha sandália favorita e desci para tomar café. Hunter diferentemente de ontem, conversava com Rigs, os dois riam bastante e quando cheguei suas atenções se voltaram para mim.
— Bom dia, Charlie. — Rigs disse.
— Bom dia, hoje está um dia lindo, não é mesmo? — Digo sorrindo.
Servi suco e qualquer outra coisa para me manter de estômago cheio, Hunter se distraiu com seu celular quando Rigs saiu. Já era de costume ele me ignorar, então eu fazia o mesmo.
— Rigs, poderia me ajudar com a piscina? — Digo indo em sua direção.
— Tenho que sair para fazer compras logo, logo. Não quer vir comigo?
— Não, gostaria de tomar banho de piscina. — Digo sorrindo.
— Não vou deixar você tomar banho de piscina com um hóspede homem, Charlie. E muito menos sem a minha presença. — Rigs responde quase que sussurrando. — Sem querer ofender Lins, mas Charlie já está virando uma moça, você entende?
— Perfeitamente. Não fiquei chateado. — Hunter responde indiferente.
Reviro os olhos, por um momento pensei que eles não fossem mais voltar.
— Eu já sou uma mulher, sei me virar sozinha. Fora que se o "senhor"— fiz aspas com os dedos — Hunter ver maldade nisso o problema é dele! Eu só quero me refrescar no provavelmente dia mais quente do ano!
Eles me observam por instantes.
— Por favor...— resmungo.
— Está bem, Charlie. — Ela se exalta. — Volto rápido. Lins poderia ajudar Charlie a encher a piscina?
— Claro, seria um prazer.
Rigs sai para o mercado com uma lista enorme de compras, eu vou até a casinha de jardinagem pegar minha piscina inflável. Meu pai comprou quando eu era criança, e até hoje ela estava inteira, usava apenas quando queria pegar uma cor, minha pele normalmente era bem branca pálida, parecia que eu estava sempre doente.
— Aqui está, pode ser que tenha poeira, mas nada que eu não possa resolver depois. — Jogo a caixa enorme no chão.
Hunter toma a caixa em mãos e começa a encher com a bombinha ar, em seguida ele liga uma mangueira com água. Eu tiro a vestido que envolvia meu corpo, eu não fiz com intuito de provocá-lo, mas ele quase quebrou o pescoço ao olhar para mim. Cruzei os braços em frente aos seios para que eles parecessem maiores. Hunter sorrio e voltou sua atenção para o que estava fazendo.
— Está melhor? — Pergunto.
Ele hesitou em falar comigo.
— Sim, estou. — Ele diz sem olhar para mim. — Não leve aquilo para o pessoal.
— Uhum, não pensei que fosse um pedido de namoro. — Respondo colocando meus óculos de sol. Saio de perto dele e sento em uma cadeira.
Após mais de 20 minutos ele finalmente termina.
— Está feito. — Ele diz.
Eu entro na mesma com delicadeza, a água estava gostosa. Ele me observava da borda e eu me aproximo.
— Não quer entra comigo? Parece está com muito calor. ─ tento parecer sexy.
— Não gosto de piscina. — Ele diz ríspido.
Tiro meus óculos e fixo meus olhos nos dele.
— Mas gosta de me ver apenas de biquíni, não é? — Chegou mais perto, quebrando seu espaço pessoal. Me apoio na borda vendo seu olhar escorrer até meus seios. — E se fosse sem?
Ele engole a seco, estávamos a polegadas de distância de um beijo. Eu podia sentir sua respiração quente sobre o meu rosto. Der repente ele recua.
— Aproveite por mim.
Hunter sai em seguida me deixando sozinha, ele me encara por segundo e vai embora. Era incrível como quase tudo que ele fazia me afetava tanto e parecia não sofrer nem um arranhão com tudo isso. Mesmo que eu tentasse, nada abalava aquela muralha de escrúpulos que ele tinha.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O estrangeiro