Resumo de Capítulo 42 – O estrangeiro por Winnie_welley
Em Capítulo 42, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance O estrangeiro, escrito por Winnie_welley, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de O estrangeiro.
Eu o ouvi esmurrar a porta, tampei minha boca após o susto e as lágrimas escorreram. Corri para o elevador e apertei o botão, Emma me esperava na recepção. Assim que sai, fui para seus braços, ela segurou em minha mão e fomos para um parque pequeno que tinha por lá, sentamos no balanço e eu voltei a chorar.
— Ele nem ao menos me pediu desculpas.
— Nem sempre vamos ter, no seu caso, ouvir aquilo que queremos.
Encosto minha testa na corrente que segurava o velho balanço.
— Eu imaginava que nós dois teríamos um filho juntos e... esquece. Me sinto tão boba. — Reviro meus olhos.
— Não é bobeira, é normal pensar isso, eu mesmo quando namorei o Samuel pensava isso, mas depois daquela foto vazada eu só queria esquecer ele. Demorei para perceber que o problema não era eu e que pensar assim era normal. — Ela olha para mim. ─ Hunter nunca mereceu você.
— Eu estou me sentindo um caos. Eu queria colocar fogo em um carro e sumir. — Empurro meu banco com os pés e jogo minha cabeça para trás.
Chegamos em casa com uma garrafa de bebida escondida na mochila. Era apenas um vinho barato que não nos deixaria mais do que alegres.
Durante o jantar, eu apenas revirava a comida com meu garfo. Pensar em Hunter fazia meu estomago embrulhar.
— Eu liguei para sua mãe, Emma. — Minha mãe diz com receio no tom de voz.
— E então, o que ela disse? — Emma perguntou.
Minha mãe bebeu um gole da água em se copo e sorriu com conforto. Emma parecia triste.
— Bem, pela considerando a resposta dela eu acredito que você possa ficar o quanto puder.
— Obrigada. É muita gentileza de vocês, e eu pretendo trabalhar mais para ajudar a pagar o quarto.
— Imagina, insistimos que guarde seu dinheiro. Será um prazer ter você morando conosco. — Meu pai diz. Aquilo me deixou muito feliz, o sorriso de Emma aqueceu meu coração. — Por que está tão cabisbaixa hoje, Charlie?
— Estou cansada, papai. — Respondo e automaticamente sou levada para os acontecimentos anteriores.
Minha mãe olhou para meu pai com as sobrancelhas arqueadas.
— Tem dormido bem pouco ultimamente, Charlie? Ouvir você conversando com alguém por telefone.
— Vamos começar justo agora, mamãe?
— Acalme-se, ainda sou sua mãe.
Levanto da cadeira sem dizer mais nada, subo as escadas e vou para meu quarto. Ouço Emma vindo atrás de mim, quando ela entra no quarto eu tranco a porta e me jogo em minha cama.
— Não acha que foi muito rígida com sua mãe? — Perguntou ela.
— Eu não aguento mais ela, todos os dias são assim! Se estou muito feliz é problema, se triste. Estou cansada.
Emma revira os olhos com uma expressão de compreensão.
— Queria que minha mãe se importasse assim comigo.
Eu olho seu semblante triste e levanto.
— Me desculpa, Emma. Eu estou sendo tão egoísta.
— Tudo bem, todos temos nossos problemas. Mas agora, vamos esquecer tudo que aconteceu
Nós bebemos em segredo de meus pais, e quando já estávamos completamente embriagadas dormimos finalmente.
1 mês depois:
Olhei meu reflexo no espelho e suspirei, já fazia um mês que não o via. Já não doía como antes, agora eu conseguia ficar bem com toda a situação, de qualquer forma eu evitava pensar em tudo. Passei as mãos em meu vestido e coloquei um batom vermelho para combinar com meu vestido dourado. Era a primeira vez que eu me sentia uma mulher, provavelmente minha mãe morreria, mas hoje seria uma noite especial. Estava me arrumando para o jantar que minha mãe resolveu dar em comemoração do natal. Emma ainda estava na minha casa, sua mãe não retornava suas ligações até que um dia ela desistiu. Meus pais providenciaram o antigo quarto de Hunter para ela, e nós vivíamos bem como uma família.
— Você está um arraso! — Indagou ela adentrando meu quarto.
— Obrigada.
— Está parecendo uma mulher. — Ela segura em minhas mãos.
— Você também está excelente!
Ela fez poses com seu vestido magnífico. Seu corpo era de dar inveja, tinha curvas de mulher adulta.
— Meninas, vamos? Sua mãe está me ligando do salão de festa. — Meu pai resmunga olhando para seu relógio. Emma limpa sua garganta e o mesmo volta sua atenção para mim e sorrir. — Está linda, querida.
Emma segura em meus ombros de forma rígida.
— Não, você não vai! Pare de ser frouxa, você não fez nada, ele que foi o babaca — ela enxuga a lágrima que descia em minha bochecha —, quem deve se envergonhar é ele.
Eu assenti ainda com o coração pesado.
— Venha, vamos.
Emma segurou minha mão e nós voltamos para o salão. Eu percebi olhares, mas depois não me importei.
— Eu vou entrar em pânico! Por que diabos ele tinha que estar aqui? — Viro o suco em minha boca.
— Respira, a noite já está acabando. — Ela disse. — Venha, vamos dançar.
Nós fomos para a pista de dança, em poucos minutos eu esqueci a vergonha e resolvi aproveitar minha noite de natal. Meu primo convidou Emma para dançar com ele uma música lenta, eu a deixei e fui para minha mesa. Meus pés estavam doendo por conta de meus sapatos, tirei o mesmo e coloquei encima da mesa. O salão estava escuro com luzes girando em torno da pista de dança. Acompanhava a música com movimentos lentos. Ouvir a cadeira ao meu lado sendo arrastada, não ousei olhar para aqueles olhos. Me ajeitei em meu acento e virei meu rosto.
— Festa bonita. — Disse ele. Já estava desacostumada com sua voz rouca. Aos poucos ele perdia aquele sotaque forte alemão.
— Você não tem vergonha ou tem sangue de barata. — Digo ríspida.
— Bem, já sabe que eu vim aqui apenas por sua causa. — Ele vira para olhar-me.
— E por que, você já não fez toda merda que queria comigo? — Viro para seu encontro. Eu não havia percebido que estávamos tão próximos. Seus olhos estavam completamente focados em mim.
— Apenas quero me explicar.
— Não, Ashley já fez isso por você. ─ Volto minha atenção para a pista de dança.
Ele segura meu queixo e ne obriga a olhar para seu rosto. Engoli a seco.
— Apenas deixe eu me explicar.
— Meus pais podem nos ver, se não vai embora eu vou.
Levanto da mesa, levo a palma de minha mão para frente de meus lábios por conta do enjoo que sentia. Meu estômago revirava ao imaginar ele com Ashley.
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