O estrangeiro romance Capítulo 43

Na terça-feira enquanto estava em horário de almoço, resolvo mandar mensagem para Charlie, ela deveria estar muito ocupada pois não mandou mensagem durante o dia inteiro. Mordi um pedaço do meu sanduíche de peito de peru e observei aquele lugar aonde estava. Após iniciar meu estágio, comecei a ser muito menosprezado pelos outros, até mesmo no horário de almoço. Por isso, encontrei um lugar que ficava no prédio ao lado, havia um terraço com vista para o centro da cidade.

Meu celular vibrou, era Charlie respondendo minha mensagem. Com um tom sério disse: "precisamos conversar". Meu cenho franziu por conta própria, essas coisas estavam cada vez mais recorrentes. Não era o que eu esperava, mas respondi de volta. Marcamos de nos encontrar de noite no meu apartamento. Confesso que fiquei ansioso, mas não me deixei abater. Seguir o meu dia mesmo pensando em Charlie.

Após o horário que sai do trabalho fui ao mercado mais próximo de casa comprar mantimentos e fui para meu apartamento. Para minha surpresa, quando entrei na recepção ela já estava lá.

— Venha, vamos. ─ Passo minha mão em suas costas.

— Não, Emma está me esperando.

— Se é algo sério, prefiro que seja dito em um lugar com mens pessoas ao nosso redor.

Ela não diz mais nada, nós entramos no elevador e a tensão estava no ar. Chegamos em meu apartamento e ela nem mesmo deixou sua bolsa em algum lugar.

Sentei em um sofá e ela em outro, de frente para mim. Seus olhos azuis estavam vermelhos, era um misto de raiva e um sentimento que eu não conseguia decifrar.

— Eu não sabia que era tão sério assim. Você está bem? — Pergunto me aproximando dela.

— Por que não me contou? — Disse em um tom baixo.

— Não sei do que está falando.

Ela levou a costa de sua mão até seus olhos e enxugou a lágrima que escorria.

— Sobre Ashley está grávida de você!

Eu fiquei completamente sem reação, como ela sabia daquilo? Respirei fundo para me recompor, mas de nada adiantou.

— Quando pretendia me contar?

— Eu não sei...

— Quando?! — ela se exalta.

— Eu fiquei sem jeito de falar isso para você, Charlie. Não tive tempo.

Ela gargalha sarcasticamente e caminha pela sala. Enxuga mais uma vez suas lágrimas.

— Tempo, você teve de sobra. Como tem coragem de dizer isso. Sabe o que foi pior que ter escondido isso de mim? Você ter mentido. Eu como a bela tonta que sou, acreditei em tudo que você disse. — Ela se aproxima de mim.

— Eu pensei que você não entenderia. Tem muitas coisas que você ainda não entende...

— Como pode chamar a mãe do seu futuro filho assim! — Disse ofendida.

— Me diga, você me deve isso.

— Sim, eu disse apenas a verdade. Resolvi fazer isso por você.

Meu rosto pegava fogo, eu estava com ódio daquela mulher.

— E quem lhe deu esse direito! Eu sou apenas o pai de seu filho, por que fez isso?!

— Nosso filho precisa de uma família, Hunter.

— Você pensa que com o meu término eu iria ficar com você? Eu tenho pena de você, pena.

— Você está me ofendendo!

— Eu não ligo. Saiba agora que se eu tinha algo além disso com você, acabou! Nosso único contato vai ser por conta dessa pobre criança que tem uma mãe tão... — respirei fundo para não falar mais besteiras. Desliguei o telefone e o pressionei em minha testa.

Ela ter ido embora daquele jeito, era tudo culpa minha. Talvez se eu tivesse contato tudo de uma vez, sua reação fosse melhor. Charlie foi embora de minha vida, agora fazia parte do vasto cemitério que tenho em meu peito, dessa vez por culpa apenas minha.