O estrangeiro romance Capítulo 46

Resumo de Capítulo 44: O estrangeiro

Resumo do capítulo Capítulo 44 de O estrangeiro

Neste capítulo de destaque do romance Romance O estrangeiro, Winnie_welley apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Quando arrumei coragem para sair do banheiro, a maioria das pessoas já tinham ido embora, talvez eu tivesse demorado muito tempo limpando minhas lágrimas.

Emma estava sentada em nossa mesa com meus sapatos em mãos. Caminhei até seu encontro e a mesma balançou a cabeça negativamente quando me viu.

— Aonde estava? — Perguntou sussurrando.

— Conversei com Hunter.

— Seus pais estavam procurando você. Não me diga que depois de tudo aquilo estão bem? — Ela me olhava com curiosidade, eu tinha medo de falar algo que ela não gostasse.

— Não, desta vez foi ele resolveu sair. Foi embora há quase trinta minutos. — Pego meus sapatos e os calço novamente.

— É melhor assim, vai por mim. — Ela pega seu telefone e entrega para mim, era a mensagem de um de seus irmãos postiços. — Eu acabei de descobrir que minha mãe se separou novamente daquele monstro.

— E você acha que desta vez vai durar? — Entrego seu telefone de volta.

— Sinceramente não, eu já nem espero que isso aconteça. Foram tantas vezes em que ela falou mal dele, e depois voltou. — Ela disse seguido de um suspiro.

Eu a puxo para meu colo.

— Minha sorte é ter você e a sua família. —

— Nós somos uma família agora, Emma. — Aperto suas bochechas.

Saímos do salão de festa com o porta-malas cheio de restos da ceia. Eu estava levemente adormecida no banco de trás, e quando chegamos em casa me joguei e minha cama e apaguei.

Acordei e me preparei para tomar café, coloquei uma roupa simples e desci. Meu pais já estavam comendo, eu sentei e percebi um clima feliz.

— A noite foi linda. — Minha mãe comenta.

— Hunter estava diferente, não achou Rick?

Eu engasgo com meu café, sentir o líquido arder em meu nariz. Comecei a tossir exageradamente, talvez aquilo me tirasse da conversa.

— Está bem, filha? — Minha mãe pergunta.

— Sim, sim, foi apenas um acidente.

Após me recuperar, eles continuam me olhando com preocupação, mas depois voltamos a conversar normalmente.

— Ele comentou comigo que está estagiando, vejo um grande futuro nele. — Meu pai comenta. — E você, Charlie?

— Eu, o que? — Meu coração disparou.

— Percebeu a presença dele? Eu não os vi conversando ou algo desse tipo, viviam juntos quando ele morava aqui.

Droga, mamãe.

— Conversamos poucas vezes, e pelo contrário do que você diz, nós não ficávamos... juntos quando ele morava aqui. Hunter é apenas um cara. — Finjo dar de ombros.

Mamãe olha para meu pai com as sobrancelhas arqueadas e der repente forma um sorriso em seu rosto. Ela sai da mesa e volta com duas sacolas nas mãos, uma ela entrega para mim e a outra para Emma.

─ Feliz natal, meninas.

Olho para Emma e sorrio. Abro a sacola e dentro tinha um calor com um pequeno ponto de luz, parecia ter sido caro. Emma ganhou um igual.

─ Não precisava... ─ ela diz com os olhos marejados. ─ Eu adorei!

Emma dá um abraço nos meus pais e logo em seguida eu faço o mesmo.

— Não comentamos, mas seu pai e eu ganhamos uma viagem para Hoboken! — Minha mãe fala animada.

— Uau, que incrível. Quando vão? — Emma pergunta.

— No final de semana que vem. — Meu pai diz. — Eu e a sua mãe precisamos de um tempo sozinhos.

— Por favor, não diga que a senhorita Rigs virá para cá. — Pergunto receosa.

— Não, querida. Confiamos em Emma, ela cuidará de você.

Emma joga um beijo no ar para mim e eu reviro os olhos.

Passamos o domingo no jardim, eu lia um livro enquanto Emma pegava um sol com seu biquíni de bolinhas.

A semana já começou chuvosa, fomos para escola, meu pai foi nos deixar de carro. Me sentia como uma irmã mais nova.

— E quanto tempo mais vai ficar na casa de Charlie? — Adam perguntou.

— O quanto precisar, me sinto bem lá.

Adam olhava de uma forma tênue para Emma. Eu percebendo a situação, saí deixando os dois se resolverem. Coloquei meus fones de ouvido e fui para a sala, somente agora eu voltei a pensar em ontem. Aquele mesmo enjoo no estômago havia voltado, nervosismo e raiva. Eu não podia continuar naquilo mesmo após seus pedidos de desculpas, me sentiria uma boba se acontecesse novamente. Eu não o teria mais e muito menos ele a mim, esperava que ele fosse feliz com a sua nova família.

Meu professor de português entrou na sala e finalmente começamos mais um dia de aula.

Na quinta à noite, ajudávamos meus pais a fazerem as malas. Eles sairiam cedo no dia seguida, eu e Emma iremos ficar sozinhas o fim de semana inteiro.

— Para quê mais blusas? É apenas um fim de semana. — Meu pai reclama.

— Querido, blusas nunca são de mais. Não quero parecer pobre para a tia Clotilde. — Ela disse aborrecida.

Minha mãe sempre se importou muito com a opinião da família dela. Minhas tias, eram fofoqueiras e não ficavam fora de uma bela fofoca.

— Não ligue para suas tias intrometidas, vamos ficar em um hotel. Apenas nós dois, e sem internet. Vale ressaltar. — Ele diz guardando suas meias.

— Leve aquele vestido cor de mel. — Emma diz.

— Tem toda razão, o hotel tem um resort maravilhoso. — Minha mãe corre para seu closet.

Eu continuo mexendo em meu celular enquanto eles brigam e falam. Nas redes sociais uma nova foto de Hunter e uma mensagem, era de Dylan. Nós não conversamos muito depois da última vez que nos vimos, ele sempre estava ocupado. Desta vez ele estava me chamando para sair. Segurei o celular firme contra meu peito. Eu gostava do Dylan, mas não queria deixar transparecer que eu estava usando-o para esquecer o Hunter. Mesmo assim, aceitei.

Na sexta pela manhã, meus pais já estavam com as malas no andar de baixo. Meu pai levava as coisas para o carro e minha mãe dava as instruções para Emma.

— A dispensa está cheia, mas vou deixar esse cartão de crédito de emergência. Charlie sabe a senha. — Ela entrega o cartão para Emma. — Ah, Emma, não deixe Charlie sair para longe, você sabe como ela é. Fique de olho.

— Sim, senhora. Vou ficar de olho. — Ela coloca seus braços para trás e balança a cabeça.

Eu reviro os olhos e eles sorriem.

— Tomem cuidado, tranquem as portas e comam direito. — Eu a abraço e ela retribui com um beijo em meu rosto. Também abraça Emma.

Meu pai entra em casa para chamar minha mãe e eu o abraço também. Eles finalmente vão embora eu e Emma nos sentamos no sofá.

— Ouviu seus pais, eu estou no comando. — Ela diz em um tom de brincadeira, ambas rimos com a situação.

— Dylan me mandou mensagem, finalmente. — Comento.

— Por que todos os homens que você conhece são tão bipolares? — Ela pergunta com os olhos entreabertos. — Acho que você tem um imã.

— Dylan não é um interesse amoroso, somos amigos. — Ela olha para mim e arqueia uma sobrancelha. — Ele me chamou para sair.

— Ai meu deus, Charlie. É uma boa chance de esquecer tudo e dar um passo para frente.

— Eu não estou pensando nisso, Emma.

— Estava ocupado.

— Não, eu sei que não.

Foco meus olhos na paisagem novamente.

— E como está com o cara que você gosta? — Perguntou sendo direto também. Eu demorei mais do que ele para responder, estava pensando nas palavras certas.

— Bem, não deu certo. Dylan, ele era hóspede dos meus pais.

Ele arregala seus olhos azuis.

— Eu acho que sei quem é, eu senti isso das vezes que fui lá. A forma que ele te olhava entregou tudo, você também olhava assim para ele.

Sinto minhas bochechas pegarem fogo.

— Agora não importa, ele vai ter um filho com outra mulher. Não nos veremos mais, nunca.

Ele parecia não saber o que dizer, eu ouvia seu all star batendo freneticamente no chão da cabine.

— Vocês deveriam se gostar mesmo. ─ Senti que sua voz enfraqueceu.

— Eu não quero mais falar sobre isso, quero esquecer que um dia tivemos algo. — Tento forçar um sorriso, ele continua me olhando ameno, e então, eu desisto.

─ Então você quer esquecer ele vindo nesse encontro comigo?

Balanço a cabeça freneticamente e apoio minha mão em seu braço.

─ Não é nada disso. Eu só estava com saudades de você, Dylan.

Ele não olha para mim. Seus olhos azuis se perderam na paisagem, ele quase não piscava.

— Eu sumi porque estava me apaixonando por você, Charlie. — O silencio constrangedor reinou, meu peito ardia, eu não poderia dizer que não sentia algo por ele, seria mentira. Naquele caso, seria bom pensar, pensar muito bem no que eu iria dizer. — Eu não queria me intrometer na sua relação com esse cara, e eu não quero. Eu só achei que seria bom falar logo isso de uma vez.

— Dylan...— ele me interrompe, não conseguia olhar em meus olhos.

— Não precisa se forçar a dizer o mesmo, eu não vou morrer por causa de uma paixão não-correspondida. — Ele fala seguido de um sorriso nasal forçado.

— Eu sinto o mesmo, mas talvez não na intensidade que você deseja. — mais uma vez o silêncio. Aquela cabine estava ficando apertada para a tensão lá dentro.

Sua mão tocou meu rosto, de uma forma delicada. Ele levantou meu queixo, me encarou por alguns segundos e me beijou.

Eu estava acostumada com os lábios de Hunter, beijar Dylan, era diferente. O beijo calmo, sem muitos movimentos e pouca intensidade, assim como da última vez. Meu estômago revirava, me sentir bem por não ter comido nada.

Após a roda gigante resolvemos ir embora. Dentro do carro a tensão entre nós aumentou e eu sentia urgência em beijá-lo. Dylan olhou para mim por alguns instantes, eu voltei a beijá-lo, desta vez com mais intensidade. As mãos dele pareciam não saber o que fazer, então eu as puxei para os meus seios, pude sentir seus dedos trêmulos me apertando.

Por um completo impulso, fui para cima de seu colo, os olhos azuis dele brilhavam em meio as luzes do parque.

Eu sentia um nó se formando no nosso meio, meu estômago revirou ao imaginá-lo dentro de mim. Com movimentos no quadril, eu demonstrei a ele o que realmente queria.

— Charlie... — ele parou o beijo em meio a um sussurro — tem certeza disso?

Apoio minhas mãos em seu pescoço, via seu desejo por mim dentro de seus olhos. A camisa com poucos botões aberto lhe deixava selvagem.

— Por que ainda está perguntando?

O calor dentro do carro me deixava com mais vontade do Dylan, eu sabia que ele sentia o mesmo pois suas unhas arranhavam minhas nádegas por debaixo da saia. Parei o beijo apenas para abrir o cinto dele, o carro parecia cada vez menor para a proporção do que iríamos fazer.

O membro do Dylan praticamente pulou para fora de sua peça íntima, não era como eu estava acostumada, mas eu senti uma onda de eletricidade percorrendo minha espinha.

Sentei encima sem pestanejar, ambos gememos em uníssono.

Histórico de leitura

No history.

Comentários

Os comentários dos leitores sobre o romance: O estrangeiro