O estrangeiro romance Capítulo 9

Havia sentido algo que nunca senti, uma explosão dentro de mim e minhas pernas amolecerem. Mas ele estragou tudo, não se importou comigo apenas com a moral dele. Eu estava furiosa e triste ao mesmo tempo. Corri para casa e subi as escadas rapidamente, entrei no meu quarto e deitei em minha cama. Por que eu sentia isso por ele? Era tão errado assim ele ser anos mais velho que eu? Mas eu queria, eu fiz acontecer. Minha mãe costumava dizer que desde criança eu gostava do perigo, tudo o que me fazia sentir medo me trazia excitação. Hunter agora era a prova disso.

─ Eu quis, eu quero.

A raiva passou e eu comecei a lembrar do quão bom foi e de como eu queria aquilo mais vezes, eu pensei: "estou apaixonada por ele", eu estava apaixonada em menos de duas semanas. Ninguém nunca me fez sentir essas coisas, talvez a adrenalina dos meus pais saberem contribuía para essa sensação, essa paixão platônica ser tão avassaladora. Meu celular vibra, era Emma, eu comentei com ela sobre o que aconteceria hoje mas resolvi não atender, respirei fundo e fui tomar banho para esfriar meu corpo quente.

Molhei os cabelos, estava constantemente lembrando do que aconteceu. Senti o bico dos meus seios enrijecerem, talvez eu nunca esqueceria das mãos dele segurando firme meu quadril. Terminei meu banho e resolvi descer para jantar, como eu já imaginava ele não estava lá era típico de fazer isso sempre. Comi em silêncio e fui para o meu quarto, passei a noite quase toda acordada tentando dormir, parecia que nenhuma posição era tão boa para eu finalmente pregar meus olhos. Fitei meu olhar no teto, como eu o queria agora. Mordi o lábio inferior com força. Os braços dele tatuados envolva de mim faziam a minha espinha arrepiar. Peguei sua camisa e finalizei o que ele não fez mais cedo, mesmo assim, meus dedos não chegavam nem perto do que seus poderiam fazer por mim.

Acordei, desci até o andar de baixo e ele estava no quintal com a sra. Rigs, eles estavam limpando e arrumando algumas coisas no jardim. Coloquei um copo de leite e virei rapidamente, a senhora Rigs entrou e sorriu para mim.

─ Olá meu bem, vai querer café? ─ perguntou ela.

─ Quero sim, não consegui pregar o olho a noite inteira. ─ resmungo.

Ela foi para a cozinha e eu continuei observando Hunter pela porta de vidro que ia em direção ao quintal. Ele estava cavando um buraco para plantar uma muda. Usava uma regata suja de terra e uma calça jeans. Eu quase o comi com os olhos, era tão lindo, ainda mais com aqueles cabelos grudados em sua testa.

Rigs voltou da cozinha com uma bandeja de limonada em suas mãos, colocou café para mim, pôs seu chapéu e voltou para o quintal.

No dia seguinte, acordei cedo e me aprontei para a escola. Eu já estava melhor, queria que a semana começasse bem então me arrumei o melhor que pude e desci para tomar café. Sentei ao lado de Rigs e ela me serviu o café e algumas torradas.

─ Eu vou leva-la de carro hoje, tenho que ir na igreja.

Assinto. Ouvimos passos na escada e logo Hunter apareceu muito bem vestido, com aquelas camisas e calças sociais que ele sempre usava quando ia para a faculdade e o blazer no braço, acho que ele sempre usava aquelas roupas para não mostrar suas tatuagens.

─ Não vai tomar café? ─ pergunta Rigs.

─ O, não, obrigado, eu estou atrasado. ─ ele sorrir. ─ Até mais tarde Rigs, Charlie.

"Charlie", adorava quando ele falava meu nome em voz alta, era sempre em um sussurro muito sutil. Terminei meu café e Rigs me levou para a escola. Nós não conversamos muito, ela percebeu meu mau humor por trás de meu óculos.

Desci do carro e fui para minha primeira aula do dia.

─ O que você acha pior, uma semana no meio do mato ou ficar sem internet por três dias? ─ Emma pergunta sentando em seu acento.

─ Anho, eu não sei. ─ respondo.

Ela olha para mim e respira fundo.

─ Conta, o que aconteceu?

─ Não aconteceu nada, Emma. ─ respondo.

─ Eu te conheço faz anos! Eu sei quando alguma coisa está errada com você. Brigou com sua mãe de novo?

─ Não, eles estão viajando. ─ respiro fundo ─ sábado, eu e Hunter, nos beijamos, ele ficou morrendo de medo.

Emma arregala os olhos.

─ Eu pensei que isso não fosse para a frente, meu deus Charlie! ─ ela diz. ─ Mas foi bom?

─ Foi bom, mas esse não é o ponto. Ele acha que fizemos algo extremamente errado.

─ Eu não tiro a razão dele, tem tanto garoto da nossa idade que é legal e... ─ ela percebe minha tristeza. ─ você não tem maturidade suficiente para uma relação assim. Charlie, está na hora de você seguir em frente, faz menos de duas semanas que você o conhece e já está sofrendo assim. Esqueça esse cara.

─ Eu já estou bem, vou superar. Hunter foi apenas mais um. ─ digo com um sorriso falso. ─ Que tal você ir na minha casa depois de aula? Podemos fazer algum doce e jogar conversa fora.

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