O estrangeiro romance Capítulo 8

A semana passou voando, a faculdade e o trabalho estavam me puxando muito e Maya estava chateada comigo, segundo ela eu não estava dando a atenção devida. Às vezes penso em terminar por conta dessas coisas infantis, mas penso no quão difícil está sendo para ela também. Sem contar o fato da Charlie me deixar duro com apenas um sorriso, por isso eu resolvi me afastar dela. Eu sabia muito bem da minha capacidade, eu mudei, mas o Hunter de anos atrás que não pensava duas vezes antes de fazer besteiras, ainda estava presente em mim.

No trabalho eu estava fazendo sucesso, não era um bicho de sete cabeças montar todas aquelas caixas, a moça que me ajudou naquele se chamava Ashley, ela estava sendo bem prestativa, eu e ela conversamos muito sobre ambições e trabalho.

Meu celular vibrou, era uma mensagem de Ashley, ela me mandou uma foto em um bar. Estava com algum dos nossos companheiros de trabalho.

Ashley me convidou para a social que ela fez na casa dela, porém tinha muito o que estudar, início de semestre é sempre mais puxado.

A tarde chegou rapidamente e eu já estava pronto para sair, olhei meu reflexo no espelho, vestir uma camisa e uma calça, nada muito esperançoso. Arrumei meus cabelos e respirei fundo, peguei minha carteira e desci. Charlie estava sentada no sofá, quando meu viu sorriu e levantou animada. Me arrependi de ter vestido uma calça tão apertada, o vestido estupidamente curto que ela usava, me possibilitava ver muita coisa.Deixei ela ir na frente, depois caminhei ao seu lado. Aqueles cabelos loiros caídos sobre o ombro e aqueles lindos olhos azuis me deixaram confortável rapidamente.

— Meus pêsames pela sua avó. — Digo quebrando o silêncio que se formou desde que saímos de casa.

— Obrigada. Mas está tudo bem, eu não era tão próxima dela, a vi uma vez na vida, isso quando ainda era um bebê. — Ela suspira. — Ela não gostava muito de mim e da minha mãe, implicava, sabe? Isso não justifica eu estar bem mesmo com a morte dela... enfim, eu falo demais.

— Gosto disso em você, já eu sou bem preciso nas palavras, principalmente porque não sei muito bem o seu idioma. — Ela gargalhou, eu apenas soltei um sorrisinho nasal. Até mesmo sua risada era gostosa, contagiante.

— Não é estranho para você vir para um país diferente sozinho? Eu me sentiria muito só. — Ela diz com um cenho franzido, assim que parou de rir. Aquilo me fez pensar, realmente, era difícil.

— Durante toda a minha vida eu fiquei sozinho. Eu gosto de experiências novas, é sempre muito bom. — Dei de ombros.

— Que deprimente. Se não fosse por minha amiga Emma, eu ficaria sozinha o jardim de infância inteiro. — Disse distraída.

─ Por que?

Ela pareceu pensar.

─ As crianças me odiavam, diziam que eu era estranha demais.

— Não acho, você é notável.

─ Notável? Em que século isso foi um elogio?

Dou de ombros. Eu não queria dizer que ela era linda, gostosa e parecia ter uma boca perfeita para me devorar.

─ Eu não sou bom com elogios.

— Como fez para Rigs gostar tão rápido de você?

— Eu não sei, as pessoas gostam de mim de primeira. — Limpo a garganta. — Talvez seja um dom.

Ela sorrir.

— Ou talvez você é bonito demais para não gostarem de você. — Minhas bochechas ficaram vermelhas. Eu franzi o cenho e sorrir, o que diria numa situação assim? — E-eu não quis dizer que... deixa isso para lá.

— Tudo bem, você também não é tão feia. — Tento quebrar o clima.

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