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O filho secreto do bilionário romance Capítulo 114

Benjamim ainda estava refletindo sobre Antonela ter aceitado fazer o teste de paternidade sem o questionar por uma única vez. Ele havia chegado ao hospital naquela noite, mas ela não estava. Ao invés disso, encontrou Dominique no seu lugar, o aguardando enquanto Adam dormia.

Ele franziu o nariz para ela, como se não tivesse gostado de encontrá-la no lugar de Antonela, porém foi cordial, dizendo que queria vê-la de volta à empresa no dia seguinte.

Dominique o encarou com seriedade.

— Não acha que está exagerando? – Perguntou Dominique com cautela.

— Sobre admiti-la na empresa? – Ele fingiu não entender a pergunta – é um pouco exagerado, sim, mas você fez tudo isso por uma boa causa.

Ela sorriu. Ao menos Benjamim parecia de bom humor.

— Não me faça ter que dizer o que penso sobre tudo isso, porque o senhor não vai gostar.

— Então, não diga – ele riu.

Benjamim estava sorrindo e era raro vê-lo tão confortável diante dos seus funcionários. Embora Dominique não tivesse na empresa, ela era sua funcionária.

— O senhor ama a Antonela – ela sussurrou após se aproximar, sabendo que a atitude era arriscada demais – e se continuar agindo assim, vai perdê-la.

O sorriso desapareceu de repente dos lábios dele, como se as palavras de Dominique atingissem seu coração e o fizessem parar de bater. Ela não disse mais nada. Sorriu provocativamente, como se já tivesse cumprido sua missão e depois partiu.

Benjamim entrou no quarto de Adam com o rosto vermelho. Quando o garoto o viu, sorriu. Benjamim leu uma história para ele e tentou distraí-lo, mas sua mente sempre voltava para as palavras de Dominique. Esses pensamentos duraram a noite inteira até que ele pegasse no sono.

Antonela foi o primeiro pensamento que ele teve quando acordou. Tinha certeza de que a veria naquela manhã, porque só sairia dali quando ela chegasse, mas não foi o que aconteceu.

— A Antonela não veio ficar com ele? – sua voz saiu aborrecida.

— Ela veio, sim, senhor – respondeu ela – mas preferiu sair cedo e pediu que eu esperasse o senhor chegar.

Ela está fugindo de mim, ele pensou, ou teve quase certeza. Esse pensamento ardeu dentro dele e o foi consumindo rapidamente até, enfim, transparecer em seu semblante. Pensou em pedir o endereço de Carmélia, porque concluiu que Antonela estaria morando com a mulher, mas desistiu em seguida. Ele não se submeteria aquilo, não se rebaixaria ao ponto de transparecer o seu desespero em vê-la.

Ele estava desesperado para vê-la, mas jamais admitiria.

Saiu do hospital, dessa vez sem informar que momento ou dia voltaria. Ele apareceria a qualquer momento e encontraria Antonela. Para quê? Nem mesmo ele sabia.

O dia já se esvaziava, foi para a casa, mas não conseguiu descansar. Ficou sentado na beira da cama, olhando para o céu entre as cortinas do quarto, por dois, dez minutos, completamente imóvel. Chegou a pegar o celular e visualizar o número de Antonela, mas não ligou. Depois verificou suas redes sociais, mas não havia nenhuma nova atualização, já havia semanas e ela estava offline há mais de dois dias.

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