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O filho secreto do bilionário romance Capítulo 141

Caminhar nas ruas exigia esforço e paciência. Antonela evitava a todo custo essa tarefa. Desde o dia em que revelara a Benjamim que Adam era seu filho, já não tinha um dia de paz. O pior eram as narrativas criadas sobre ela e acusações de que era uma péssima mãe, que estava apenas tentando assassinar o próprio filho.

Deixou a fábrica e entrou em um táxi. O taxista a reconheceu e percorreu o caminho olhando de esgueira para ela, como se Antonela fosse uma criminosa. Uma sensação de impotência tomou conta dela, assim que desceu do carro e se esgueirou para o outro lado, entrando em outro setor do hospital para não ser vista pelos jornalistas.

Ela odiava ter que ficar se escondendo como se fosse uma criminosa. Claramente, ela estava muito assustada e com razão. Arriscava perder Adam, que seria entregue a uma mulher completamente desconhecida por ele. O seu coração se partia quando ela imaginava o que Adam sofreria vivendo aquela situação.

O que ela temia mais do que qualquer coisa era viver longe do filho e ver Carlota destruir gradualmente o vínculo que havia entre eles. Para onde quer que ela virasse, havia um problema a esperando. Um problema pior do que o outro.

Girou para entrar no corredor que dava acesso ao quarto de Adam, quando avistou Benjamim carregando o menino no colo. Ela se assustou e, apressando o passo, quase corria na direção deles.

— O que está acontecendo aqui? - Perguntou Antonela, assustada.

Benjamim virou-se assim que ouviu a voz dela e os dois sorriram, fazendo Antonela se afundar na confusão.

— Estamos de alta – ele respondeu, olhando para Adam, sentindo-se o homem mais feliz do mundo – veja, não há mais agulhas no braço dele e o rosto está até mais rosado.

De repente, o rosto de Antonela se iluminou. Era uma sensação de felicidade com gratidão por ver Adam bem. Ele voltaria para casa e não poderia haver notícia melhor do que aquela. Benjamim estava certo, ele estava até mais corado.

— O papai vai morar conosco? – a pergunta do menino fez os sorrisos desaparecerem dos lábios de ambos.

Benjamim encarou Antonela, agora com o rosto vermelho, e depois desviou o olhar para Adam, procurando as palavras certas para explicar aquilo para ele.

— A tia Carmélia não vai gostar nada de ouvi-lo dizer isso – finalmente Antonela conseguiu dizer algo - não podemos morar com o seu pai, entendeu?

Ele não entenderia, porque na cabeça dele nada parecia claro. Quando Carmélia se aproximou, tomou Adam nos braços. Ela amava o menino como se fosse seu neto. De todos os presentes, ela parecia a mais feliz em levá-lo de volta para casa.

Se preparavam para partir, quando a felicidade foi interrompida por uma sombra que corria pelo corredor em direção a eles. Os olhos de Antonela perderam completamente o brilho quando ela avistou Carlota. Um pensamento anterior passou pela sua mente: ela estava ali para levar Adam com ela.

Quando Benjamim avistou a mãe se aproximando, colocou o corpo na frente de Antonela e Adam como se fosse protegê-lo dela. Carlota tentou passar por ele e tocar Adam, mas ele não permitiu.

— Você não vai chegar perto do meu filho – Benjamim declarou em um sussurro – por favor, Carmélia leve o Adam para o carro. O Fred está esperando por vocês.

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