Quando o velho Chevette estacionou em frente à casa, Antonela viu Adam brincando no quintal enquanto Fabrício o vigiava. Aquela havia sido ordens de Henrico enquanto eles estivessem no funeral, vigiar o pequeno Adam para que ninguém ousasse chegar perto dele novamente e o sequestrar.
Os olhos dela encheram-se de lagrimas. Antonela não suportaria viver longe do filho. O caminho de volta para casa foi silencioso, era como se todos tentassem digerir os últimos acontecimentos, onde mal haviam enterrado Fred e agora teriam que se despedir de Adam.
Ela saiu do carro, enxugou as lagrimas e prometeu a si que não choraria na frente dele. Quando Adam viu Antonela correu para encontrá-la e ela nunca havia percebido o quanto o pequeno abraço dele era valioso.
— Onde está o papai? – a pergunta dele fez o coração dela se afundar no peito.
Antonela o soltou e olhando em seus olhos se perguntou como faria aquilo. Como explicaria para Adam de um modo que ele entendesse que a partir daquele momento ele moraria com Benjamim?
— Seu pai precisou ficar para resolver alguns problemas de adulto – Adam balançou a cabeça, indicando que entendia o que aquilo significava – mas ele virá buscá-lo para passar mais alguns dias com ele.
— Vou ficar com o papai mais alguns dias? - os olhos dele faiscaram e ele voltou a abraçar Antonela – e você vem conosco?
Quando ele voltou a olhar nos olhos da mãe, ela estava com a testa franzida. Antonela demorou mais do que deveria para responder aquilo a ele porque o nó que se formou em sua garganta a impediu de continuar. Ela queria chorar até seus olhos ficarem inchados, mas ela não podia. Adam precisava que ela fosse forte, por ele também.
— Eu não posso ir – ainda assim a voz saiu embargada – mas sempre que eu puder vou passar lá para ver você.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O filho secreto do bilionário