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O filho secreto do bilionário romance Capítulo 162

Benjamim sentia um enorme vazio. Ele nunca havia sido rejeitado por uma mulher, ainda mais a mulher que ele amava. Entrou na casa, que desde a morte de Fred, ele não havia retornado, viu a presença de Adam preencher o vazio, ainda assim parecia faltar algo.

Fred não estava ali para ajudá-lo, para aconselhá-lo. Benjamim não sabia como faria para cuidar de Adam sem ajuda. Já estava comprovado que ele não levava jeito com crianças. Embora fosse bilionário e tivesse centenas de pessoas ao seu redor, Benjamim sempre preferiu ficar sozinho. Fred foi o único que ele realmente deixou se aproximar.

Benjamim sabia que teria que se ausentar. Ainda tinha suas empresas para cuidar. Com quem ele deixaria Adam? Precisava resolver aquela situação imediatamente. Mas naquele dia ele apenas resolveu aproveitar a companhia do filho, que se divertia sem saber realmente da verdade. Ele havia acabado de enterrar o melhor amigo e se declarado para a mulher que amava. Ele precisava lidar com o vazio no peito e com a dor da rejeição.

Naquela noite, Adam não deu trabalho para dormir, parecia cansado de correr pelo pequeno apartamento. Acordou no outro dia com o barulho visceral do alarme do celular. Quando se preparava para sair, viu Adam abrir a porta do seu quarto e entrar correndo na sua direção.

— O que aconteceu? – ele perguntou enquanto observava o menino ainda sonolento esfregando os olhos.

— Podemos sair para passear? – ele diz e em seguida boceja.

Benjamim olhou para ele, sabendo que iria decepcioná-lo. Ele não podia ficar o dia inteiro passeando. Precisava sair para trabalhar, mas Benjamim não havia pensado nisso quando levou Adam da casa de Carmélia apenas para castigar Antonela pela sua rejeição.

— Preciso ir trabalhar – Benjamim tentou arrumar o cabelo do garoto, mas Adam ficou irritado – vamos deixar o passeio para outro dia.

— Estou com fome – Adam disse – quando a mamãe vem me buscar?

Benjamim não imaginou que Adam se entediaria tão depressa e que sentiria falta de Antonela no dia seguinte. Ele também não calculou isso, aliás, ele não havia pensado muito nas consequências de levar Adam repentinamente e agora ele não sabia o que fazer.

Massageou as têmporas e pensou que conselho Fred daria se estivesse ali. Lembrou-se no segundo seguinte sobre o plano B, que, no início, Benjamim considerou uma grande loucura. As palavras de Fred ainda estavam frescas em sua mente, como se ele estivesse as dizendo naquele exato momento.

Adam o fez voltar à realidade quando puxou sua mão para que ele se levantasse. Benjamim foi até a cozinha e deu cereais para o menino comer, mas seus pensamentos continuavam presos nas lembranças de Fred. A ideia ainda era uma grande loucura, mas tinha grandes chances de dar certo.

Quando voltou ao quarto para pegar o celular, viu o aparelho ser tomado por notificações que não paravam de chegar. Todos já sabiam que ele havia ficado com a guarda de Adam depois de um sequestro malsucedido que culminou na morte de Fred.

Mas tinha algo a mais nas notícias, algo sombrio e maldoso. Uma foto de Antonela ao lado de Dante e a matéria de que o governador do estado estaria tendo um caso amoroso com Antonela.

Aquilo o arrasou tão profundamente que Benjamim ficou petrificado com o celular em mãos e o olhar perdido, enquanto seu coração se afundava, submergindo na dor. Ele achou que nunca sairia daquele estado de espírito deprimente.

Ele havia se declarado a ela e, no momento seguinte, Antonela assumia para todos as suas escolhas. Ela ficaria com Dante. Havia algo mais cruel do que isso?

Foi o vibrar insistente do celular que o fez voltar de volta à realidade. Sua caixa de e-mails estava lotada com mensagens de sua secretária avisando sobre as reuniões que ele teria naquele dia. Há dias Benjamim não aparecia na empresa. Há dias ele vinha adiando seu retorno, dessa vez ele não podia mais fugir.

Ligou para a primeira pessoa que veio em sua mente. Duas chamadas apenas e a voz de Henrico ressoou do outro lado, abafada e com um tom de preocupação.

— Preciso da sua ajuda – foi quase como uma súplica – ligue para a Carmélia e peça que ela venha até a minha casa ficar com o Adam para mim.

— Por que não leva ele de volta? – A pergunta pareceu um absurdo – não acha que a decisão de tirá-lo de lá foi precipitada?

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