— Casar-se? – Adam indagou – o que é casar-se, mamãe?
Antonela olhou com grande reprovação para Dominique e viu-se em uma situação completamente constrangedora. O que ela poderia dizer para Adam? Nunca se imaginou ter que explicar aquilo para o próprio filho.
— Significa que a sua mãe vai morar com o papai – Benjamim tomou a frente e respondeu à pergunta de Adam – vamos morar juntos como uma família. Eu, você e a mamãe.
Adam vibrou de felicidade e era exatamente aquele sentimento que Antonela desejava ver o filho sentindo. Só de ver o sorriso genuíno no rosto dele já valia a pena seu sacrifício.
Eles se despediram de Dominique e Carmélia e foram embora. O caminho foi silencioso. Enquanto Adam dormia no banco de trás, Benjamim e Antonela permaneceram agindo como dois estranhos. Ela ainda acreditava que ele havia se juntado com Carlota para tirar o seu filho e só estava forçando se casar com ele por puro capricho. Já Benjamim acreditava que Antonela o odiava e que só se casaria com ele devido a Adam.
Antonela sentiu um imenso alívio quando chegou ao prédio onde Benjamim morava. Viu-o pegar Adam nos braços e seguir o caminho silenciosamente. Quando ela entrou no apartamento pela primeira vez, entendeu por que Adam sentia-se tão entediado naquele lugar. Não havia espaço ali para uma criança. Acompanhou Benjamim até o quarto e se surpreendeu ainda mais com o tamanho do comodo.
— Você pode dormir aqui com ele – Benjamim disse, tentando manter uma distância segura.
Ele já se preparava para sair, ir para o seu quarto e fingir que Antonela não estava em sua casa, quando ela o impediu, chamando-o para que pudesse ouvi-la.
— Quero pedir outra coisa – ela sussurrou, sentindo o rosto esquentar imediatamente – depois que nos casarmos, vamos precisar morar em outro lugar. Aqui é muito pequeno para nós três.
Benjamim concordou quase que imediatamente. Era estranho para ele ouvi-la dizer que se casaria com ele.

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