— Está com ciúmes – a voz de Benjamim pareceu tirá-la do profundo medo e levá-la direto para a irritação.
— O quê? – Antonela olhou ao redor e sorriu como se quisesse zombar dele – acho melhor eu ir procurar Dominique para tomar uma bebida.
Ela revirou os olhos antes da tentativa frustrada de fugir dele, mas Benjamim a agarrou pelo braço a forçando ficar.
— A Dominique está trabalhando essa noite – Ela arregalou os olhos para ele – e você precisa ficar aqui me fazendo companhia.
De repente Antonela sentiu os olhos presos nos dele, como se não conseguisse se mover ou falar qualquer coisa que o convencesse que não estava com ciúmes, apenas curiosa para saber quem era a mulher ao lado dele.
— Vamos dançar – ele voltou a segurar na mão dela e a conduziu rompendo a multidão.
— Eu não sei – ela gaguejou enquanto ele continuava a levando – eu não sei dançar.
— Eu também não sei – ele disse virando-se novamente na direção dela e agarrando pela cintura – vamos fingir que sabemos. Estamos fingindo tudo até agora.
Antonela congelou quando sentiu o corpo dele colando no seu. Ficou um pouco constrangida sentindo o sangue escapando de suas veias lentamente, mas quando percebeu já estava balançando o corpo de um lado ao outro.
— Ela é muito bonita – por um instante ele pareceu não a ouvir, quando os olhos dele se encontraram com os seus de repente.
— Está falando de quem? – ele piscou como se estivesse vendo-a naquele exato momento – da senhorita Hellen Benedetti?
Ele parecia estar achando graça enquanto a provocava.
— Vai fingir também que não a achou a atraente?
— Não vou fingir – desviou o olhar, embora quisesse ver o ciúme fervendo em suas bochechas – mas eu já conheci mulheres bem mais bonitas do que ela e sinceramente, nenhuma se compara a você.
O olhar dele encontrou com o dela novamente e ele ficou a observando, seu rosto ganhando formas diferentes e uma cor avermelhada como se o comentário dele tivesse feito seu corpo entrar em ebulição.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: O filho secreto do bilionário